quinta-feira, 30 de novembro de 2006

'Grande Sertão: Veredas' em pdf

Pra comemorar os 50 anos de lançamento de Grande Sertão: Veredas, as editoras Nonada Cultural, Nova Fronteira e a Tess Advogados estão liberando pela internet o download gratuito do livro de Guimarães Rosa. O arquivo pdf vai ficar disponível até dezembro. São 608 páginas do mais puro deleite lingüístico. Claro que o mais confortável é ler o romance no bom e velho livro de papel - bem devagar, frase a frase, pra demorar a chegar no fim. Mas a versão eletrônica já serve pra saciar a curiosidade de quem nunca teve a chance de folhear essa obra-prima da literatura universal - parece exagero, mas não é, o livro é um monumento.

Um trechinho aleatório que pesquei da página 23 (tive que copiar no método tradicional, porque o pdf não permite Control C + Control V):

O senhor... Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra, montão.
[via Adauri]

Frase da vez


"Haja Hoje para tanto Ontem."

(Paulo Leminski)


De abraço

Quem conta essa é a Fê Medeiros:

minha mãe ligou para o meu sobrinho hj cedo:
- joão, tou ligando para dar um abraço pelo teu aniversário
- abraço é coisa de velho. eu quero é um beijo na boca

Imagina quando ele tiver uns 15 anos... :)

Brasil na mídia alemã


O repórter Geraldo Hoffmann, amigo brasileiro que vive na Alemanha, começou a publicar várias reportagens especiais para a Deutsche Welle sobre o Brasil - parte de uma série que também inclui Bolívia, Chile e Venezuela, países cobertos por colegas dele. Geraldo conta que ongs alemãs apóiam índios em conflito com a Aracruz Celulose no Espírito Santo. Em outra reportagem, mostra que projetos sociais em favelas de Floripa e do Rio de Janeiro podem contribuir com a redução da criminalidade.

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Ajuda Extra

Alexandre Gonçalves, autor do Coluna Extra e meu consultor informal pra assuntos aleatórios ligados à blogosfera, agora oferece um serviço de consultoria especializada pra pessoas ou empresas que querem criar blogs: o Ajuda Extra. Bacana!

Amigo poeta ganha prêmio

Ademir Demarchi, editor da revista de poesia Babel, de Santos, foi meu primeiro chefe no ofício de jornalista aqui em Floripa. Ele coordenava a revisão - função hoje extinta nas redações - no jornal O Estado. Naquela minúscula sala aprendi a consultar dicionário e curti belos momentos com um timaço que incluía Frank Maia, Joca Wolff, Giane Severo, Ricardo Carle, Mara, Denise, Edson e outras figuras bacanas. A gente brincava direto com as palavras, apostando cerveja sobre a grafia correta, fazendo trocadilhos e filosofando.

"Ademonho", como às vezes o chamávamos, era um grande chefe, justo, amigo e divertido. Um poeta cabeção. Depois que se mudou nunca mais o vi, mas vez em quando tenho notícias dele. Acabo de saber pelo Adauri que Ademir ganhou um prêmio na categoria poesia num concurso de edição de livro promovido pela Secretaria da Cultura de SP. Ele vai receber grana pra publicar mil exemplares de "Os mortos na sala de jantar". São 110 poemas que vêm sendo escritos há 15 anos, tendo como tema a idéia de morte na história, na antropologia, na cultura e na literatura. Uma amostra:

FIAT CÉSIO

ademir demarchi

como aura divina os lábios azuis-claros resplandecem
a radioatividade do cérebro e do lixo
apagando o vermelho intenso do coração
beijam sentidos calcificados que se derramam em baba
balbuciam inaudíveis, autômatos de pilha falha
o frio da solidão se intensifica
e os corpos se aproximam uns dos outros
em busca de um calor inexistente
aumentam a luz dos novos cogumelos simbólicos
que se amontoam como o lixo aos cantos
meninos e meninas sentem náusea física da infância
vão perdendo com dor os belos dedos acesos pela luz
definham como a carga de uma bateria e vão morrendo
urrando luz com olhar de ovários arrancados
com tez iluminada de azul celeste
angelicalmente estáticos e passivos
como se assistissem a tevê no domingo em preto e branco

Raindrops falling on my head

Êta chuvinha que não pára. A lista é inevitável: dez coisas boas pra fazer em dias de chuva (tirando as óbvias "comer, dormir e transar").

  • abrir aquele tinto
  • organizar os CDs
  • ouvir os CDs e bagunçar tudo de novo
  • retomar aquele livro que ficou pela metade
  • plantar uma árvore no quintal
  • pegar quatro filmes na locadora, ver e pegar +4
  • montar robôs de lego com o filho
  • tentar mais uma vez fazer origamis
  • tomar banho quente bem demorado
  • acordar de madrugada e escrever uma carta com papel e caneta
Sugestões?

Fotógrafo do Ano

A BBC News divulgou os 12 finalistas e o vencedor da edição 2006.

Homem sobre fundo vermelho

Sou fã do Ivan Jerônimo. Neste quadro ele dá umas pinceladas à la Van Gogh. Clicando na imagem dá pra ver melhor a textura da tela e a expressão dos olhos. Aproveite pra conhecer mais do trabalho dele.

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Viajandona de A a Z

A humanidade não cansa de me surpreender. Uma mochileira inglesa, Victoria, tem um método inusitado pra traçar seu roteiro de viagem. Seu plano: percorrer 26 cidades/lugares europeus, cada uma em um país diferente, seguindo as letras do alfabeto. No post mais recente em seu blog, de 16 de agosto, ela se preparava pra chegar à letra X - Xertigny, na França. Chegará a Zagreb? Eis o X a questão.

[tks Aidan]

As Pelejas de Ojuara

Solino, amigo de Natal, me deu essa dica sobre as filmagens da adaptação de As pelejas de Ojuara, de Nei Leandro de Castro, um dos livros mais hilários que já li e muito bem escrito:

as filmagens das pelejas foram por aqui mesmo, no interior, acari, nesses cantos. marcos palmeira faz o caboclo ojuara e o filme deve se chamar "o homem q desafiou o demônio". naum sei pq naum deixaram o título original, mt mais de acordo com a história e a temática. mas eu conversei com flavio (filho de nei leandro) e ele me disse q uma vez vendidos os direitos, o pai dele naum podia mais pitacar. vamos aguardar a estréia :)
Imagino que mudaram o nome do filme porque "Peleja" é um termo pouco usual fora da região Nordeste. O livro conta a história do caboclo Araújo, pau-mandado pela mulher e pelo sogro, que um dia, depois de muito agüentar, recebe o espírito de um guerreiro índio, muda de nome - Ojuara é Araújo de trás pra frente - e chuta o balde. Aí sai em busca de aventuras que envolvem sexo, poesia, muita risada e vários lances de realismo fantástico.

Tive a honra de conhecer um dos personagens, poeta Luís Carlos Guimarães, com quem fiz um curso de criatividade literária. Também conheci o autor, tio de um grande amigo meu, Marcello Castro. Marcello morava com seu pai, Airton, na frente da nossa casa em Ponta Negra, Natal. Os dois estão entre as pessoas mais espirituosas e pândegas que já conheci. É de família. Nei Leandro, que já colaborou nos tempos áureos do Pasquim, tem outro livro ótimo chamado O Dia das Moscas, em que um personagem tem Síndrome de Down.

~

UPDATE, 30.11.06. Jakzam observa que "peleja" é palavra bem comum aqui no Sul, sim: "Tem um ditado gaúcho que diz: não tá morto quem peleia. Este peleia é do verbo pelejar".

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Jece Valadão

Assim são os desígnios do destino. Foi-se um cafajeste do cinema - mais de cem filmes! -, ficam os da vida real.

Fatos e gatos

A reflexão blogueira da semana é de Gu Cabral, grande fotógrafo e ativista pelo bem-estar dos felinos:

Acho que gosto de gatos porque eles levam a vida que eu gostaria de ter. Tirando partes nojentas como lamber a própria bunda, claro.

Trabalho infantil e multinacionais

Arte: FrankA reportagem sobre trabalho infantil na cadeia produtiva de multinacionais, que publicamos na revista do Observatório Social no começo do ano, teve seu conteúdo confirmado por uma investigação independente do Ministério Público Federal de Minas Gerais. De autoria de Marques Casara com fotos de Sérgio Vignes e editada por este que vos tecla, a reportagem recebeu em outubro menção honrosa no Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos.

Drops domésticos

Ando tão pé no chão que até peguei um bicho-de-pé.
~
Mudas de árvores recém-plantadas no quintal: abacateiro, goiabeira, pinheiro, cajueiro (parece que não resistiu), nin (a árvore milagrosa indiana). Uma amoreira aguarda o transplante.
~
Branquito, o terrível felino preto&branco, trouxe mais um passarinho morto pra dentro de casa.
~
As 5+ do mês nas paradas do sucesso infantil: trilha de Vila Sésamo; Fa-faro-fafá; Bia Bedran; Palavra Cantada; música de capoeira.
~
As 5+ do mês nas paradas do sucesso adulto: João Gilberto; Madeleine Peyroux; The Gotan Project; George Benson; Duke Ellington.

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Minha Vidinha: Barney




Mano Leo nas tirinhas da série Minha Vidinha, do Zé Dassilva.

Miguelices: papo de som

- Pai, esse CD toca música?
- Isso aqui não é um CD não, filho. É um LP.
- LP?!
- É. Coisa antiga, do século passado.
- Toca música?
- Toca. O disco fica rodando e uma agulha passa aqui, ó, nesses risquinhos.
(ele passa o dedo pelo disco)
- A música fica aqui? Maneiro.
- Mas a gente não tem aparelho pra tocar, nem a agulha. Hoje não fabricam mais esses discos.
(ele perde o interesse e vai brincar de outra coisa)
~
p.s.: O LP é de frevos-canções de Olinda.

Esse povo inventa

Deu na Info: um estudante japonês inventou um guarda-chuva que navega na web. Dá pra ver as imagens projetadas no tecido pelo lado de dentro, tirar fotos, filmar, enviar e receber arquivos. Só não sei se agüenta chuva. Ele colocou um vídeo de demonstração no youtube.

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Peitos e puritanismo

Hipocrisia doentia e falso moralismo. Quem conta é a Denise Arcoverde do Síndrome de Estocolmo: nos Estados Unidos, Emily Gillette foi expulsa de um avião (!) por estar amamentando sua filha. A mãe está processando a empresa aérea.

Anteontem, dezenas de mães fizeram uma em aeroportos americanos, pedindo punição à empresa e urgência na votação de uma lei federal de proteção dos direitos civis de proteção ao aleitamento materno.

Denise também traz pro debate a sexualização dos seios, um direito da mulher, tanto quanto o de amamentar:

Para horror de algumas ativistas de amamentação americanas e canadenses (não são todas assim, mas existem exageros em todo lugar), sempre disse que muito me agrada o papel sexual dos meus seios e não abro mão dele.

Não estou falando na exploração da imagem dos seios pra vender cerveja, mas por que teríamos que abrir mão do prazer e da sedução, na qual os seios também têm lugar?

Minha posição é que o seio é meu. O seio é das mulheres, não dos bebês, nem dos companheiros.

Fazemos o que bem entendemos com eles, podem ser fontes de prazer e/ ou de nutrição, cada um na sua hora (ou às vezes até meio mesclado). Mas, a decisão de amamentar ou não, onde, quando e como tem de ser exclusiva da mulher.

A Fome

O cartunista Lukas, de Maringá [dica do Adauri], comenta sobre fome, cita uma lista de bons romances sobre o tema e critica os que acusam o governo de assistencialismo.

(...) "Tio Lukas já passou fome de grudar no colchão de tanta fraqueza. A fome é horrível. Por isso eu digo pra essa turminha: deixa o homem dar comida!!"

Cavaleiros do Zodíaco

Meu irmão Leonardo Camillo no Oscar da Dublagem 2003 - 1º Anime Friends, fazendo a voz de Ikki de Fênix, neste vídeo de um fã com mãos trêmulas.

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Peitos que salvam vidas

Da Dinamarca, país famoso pela liberalidade dos costumes, vem uma idéia inovadora pra reduzir a velocidade do trânsito: loiras com os seios de fora seguram placas indicando a velocidade máxima permitida. Mas a eficácia da campanha está sendo questionada. Em alguns pontos deu baita engarrafamento. Veja o vídeo.

Lista de cinema 3

33) Filme de horror favorito?
Não gosto do gênero, mas O Iluminado é um filmaço.

34) Comédia Favorita?
Adoro comédias. Dos mais antigos, a versão original de A gaiola das loucas. A vida de Brian, do grupo Monty Python. Um peixe chamado Wanda. Tem um ótimo de Fellini que não é propriamente uma comédia, mas rende boas risadas: Os boas-vidas. Também gosto do humor de Woody Allen. E das atuações hilárias de Roberto Benigni em Daunbailó e Uma noite sobre a Terra. O jantar dos malas, francês que vi recentemente, é muito engraçado. Entrando numa fria, com Ben Stiller, é despretensioso e bem bonzinho. Aguardem pra breve o longa brasileiro As pelejas de Ojuara, baseado no romance de Nei Leandro de Castro. Se for fiel ao livro, é de mijar de rir.

35) Ficção-científica favorita?
2001, Odisséia no Espaço, de Kubrick. Também gostei bastante de Inteligência Artificial, de Minority Report e das duas versões de Solaris, embora o clássico de Tarkovsky seja longo demais.

36) Suspense Favorito?
A trilogia O Poderoso Chefão, sem dúvida. Menção honrosa pra Apocalypse Now.

37) Filme açucarado favorito?
Antes do Amanhecer, sobre um encontro romântico de um casal de mochileiros em Viena, e sua continuação feita dez anos depois com os mesmos atores em Paris, Antes do Pôr do Sol. Adorei.

38) Épico favorito?
E o vento levou.

39) A pior coisa de se ver um filme no cinema?
Clichês são irritantes, mas pior que isso são os filmes ruins e pretensiosos - os pretensiosos bons são perdoados.

40) A melhor coisa de se ver um filme no cinema?
O escurinho mágico diante da tela grande.

41) Se você pudesse ser qualquer personagem do cinema, quem seria?
O Homem Aranha.

41) Se você pudesse transar com qualquer personagem, com qual seria?
Satine em Moulin Rouge.

42) Se você pudesse viver "feliz para sempre" com um personagem, com quem seria?
Camila Lopez de Pergunte ao Pó (teria que mudar o final).

43) Crítico de cinema preferido?
Passo.

44) Roteirista favorito?
Paul Auster.

45) Diretor Favorito?
Federico Fellini.

46) Filme brasileiro Favorito?
Bye-Bye Brasil, de Cacá Diegues. Empatado com Cidade de Deus, de Fernando Meirelles.

47) Chaplin ou Keaton?
Os dois, cada um a seu modo.

É melhor ser alegre que ser triste

Ricardo Sabbag, citado pelo Alexandre Inagaki, comenta sobre como é bom não perder o senso crítico sobre o Natal, mas também aproveitar a data da melhor maneira possível com as pessoas amadas.

"Um dia feliz é melhor que um dia triste, independente da data que seja".
Inagaki completa:
O apego à tristeza é escolha de cada um; minha opção é de manter constantemente um viés otimista sobre as coisas. Porque a vida, como reitera meu mantra pessoal, é boa e cheia de possibilidades. :)
E eu balanço a cabeça, concordando.

Arroz de castanha de caju e cenoura

Longa vida à Dadivosa, que nos enche o cotidiano de receitas deliciosas como esta, com ingrediente vindo direto de Natal. Deixei uma sugestão de variante nos comentários dela.

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Xadrez, aula um

Ontem dei a primeira aula de xadrez pro Miguel: os nomes das peças, onde ficam no começo do jogo e como se movem. Ele ficou bem contente - eu tinha dito que a gente ia começar quando ele completasse quatro anos. Se concentrou nas explicações por uns uns dez minutos e logo passou a brincar com as peças que estavam fora do tabuleiro. Gosta especialmente desse lance de o cavalo pular por cima das outras peças. Ensinar xadrez é um dos maiores presentes que posso dar pra ele. Quem conhece esse jogo mágico sabe por quê.

E por falar em cinema...

...morreu hoje aos 80 anos o diretor americano Robert Altman. Vi pouca coisa dele, mas o fantástico Shortcuts, de 1993, é mais que suficiente pra admirá-lo. É uma adaptação de um brilhante livro de contos com o mesmo nome escrito por Raymond Carver, escritor de contos e poemas minimalistas. São histórias de moradores de Los Angeles, que combinam rotina com sensações de inadequação e pequenas bizarrices cotidianas.

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Lista de cinema 2

16) Spielberg preferido?
A lista de Schindler. Também gostei muito de E.T. e Munique.

17) Argentino preferido?
Diretor: Fernando Solanas. Ator: Ricardo Darín, de O filho da noiva, Nove rainhas e O Clube da lua. Três excelentes filmes, aliás.

18) Ator morto favorito?
Marcello Mastroiani. Genial em todos os filmes. Gosto especialmente da atuação dele nas obras-primas fellinianas La dolce vita e Oito e meio.

19) Ator vivo favorito?
Leonardo Camillo. Meu irmão.

20) "Character Actor" preferido de todos os tempos?
Doutor Smith, de Perdidos no Espaço.

21) Atriz morta favorita?
Dina Sfat.

22) Atriz viva favorita?
Fernanda Montenegro.

23) "Character Actress" preferida de todos os tempos?
A que fazia o seriado Jeannie é um Gênio. Na época ela povoava as fantasias sexuais da garotada.

24) Personagem cinematográfico animado favorito?
Papaléguas. Nos tempos mais recentes, a menina japonesa Chihiro (A viagem de Chihiro).

25) Trilha sonora favorita?
Pergunta difícil. Hmmm... O poderoso chefão é marcante. Outras que ficaram na minha cabeça um tempão foram as de Betty Blue, Amélie Poulain, Assédio, Noites de Cabíria.

26) Tema musical preferido de uma trilha sonora?
A música-tema de O poderoso chefão.

27) Canção favorita?
Bye-Bye Brasil, de Chico Buarque, no filme de mesmo nome. A Hard Day´s Night, em Os reis do iê-iê-iê. Que será será, daquele filme de Hitchcock (Intriga internacional, acho). E outras tantas.

28) Filme de Natal favorito?
Não consigo entrar no clima dos filmes de Natal. Deve ser por causa do contraste da neve na tela com o calor do verão.

29) Gênero cinematográfico favorito?
Não importa o gênero - comédia, noir, bangue-bangue, drama, romance, histórico, guerra, ficção científica, documentário -, desde que seja uma boa história. Não curto filmes de violência gratuita e musicais, com honrosas exceções.

30) Filme da Disney favorito?
Fantasia.

31) Faroeste favorito?
Os imperdoáveis, de Clint Eastwood.

32) Musical favorito?
Hair. Dá vontade de virar hippie e se perder por aí.

Lista de cinema 1

Peguei essa lista de perguntas no Mina de Letras, que por sua vez pegou em Tudo que é sólido desmancha no ar. É grande, mas divertida.

1) Primeiro filme que você viu no cinema?
Os Aristogatas. Adorei. Dia desses revi em DVD com o Miguel, que também curtiu bastante.

2) Primeiro ingresso que você comprou para um filme com censura 18 anos?
Lembro não. É curioso eu lembrar dos Aristogatas e ter esquecido disso.

3) Lanche de cinema preferido?
Prefiro comer depois do filme.

4) Melhor sessão de cinema?
Nenhuma em especial que eu me lembre. As que fui bem acompanhado foram as melhores, mas também já peguei sessões ótimas sozinho. Gosto particularmente quando tou numa cidade ou país diferente. Dá a sensação de que o ato de entrar numa sala de cinema me integra um pouquinho mais com o lugar.

5) Melhor coisa que te aconteceu numa sessão de cinema?
A epifania de me descobrir completamente apaixonado por essa arte. Foi aos vinte anos, vendo o ciclo de Buñuel no cinema do CIC: O anjo exterminador, Los olvidados, A bela do dia... Uma tarde, caminhando da faculdade pro cinema, a simples antecipação do ato de comprar o ingresso e entrar na sala escura me deu uma grande euforia. Senti que aquilo era o começo de alguma coisa importante pra mim.

6) Pior sessão de cinema?
Várias. Melhor nem lembrar. Mas em se tratando de cinema, até quando é ruim é bom. Raramente deixei uma sessão antes do fim.

7) Coisa mais idiota que você já fez depois de ter visto em um filme?
Encher a cara e vomitar. O filme era ruim.

8) Filme preferido de zumbi?
Não gosto não.

9) Já pagou para ver um filme e entrou escondido em outro?
Não. Já fui barrado num cinema em Campo Grande (MS) porque tava usando camiseta sem manga. Fui a uma loja, comprei uma camiseta e voltei. Era um filme descartável.

10) Já transou dentro de um cinema?
Prefiro comer depois do filme.

12) Almodóvar preferido?
Tudo sobre minha mãe e Fale com Ela, empatados.

13) Woody Allen preferido?
A Era do Rádio. Encantador.

14) Bertolucci preferido?
Assédio. Pela história e pela trilha sonora lindíssima.

15) Hitchcock preferido?
Difícil dizer, são tantos. Vá lá, Psicose.

Continua.

Worldometers

Amantes de estatísticas atualizadas em tempo real, divirtam-se. Hoje, por exemplo, nasceram até este exato momento 252.139 pessoas no planeta e morreram 103.712. O software traz informações sobre água, alimentos, energia, saúde, desmatamento, livros publicados, páginas de jornais etc etc. Dá pra fazer estimativas pra datas futuras.

[pesquei no bookmark del.icio.us do Rogério Mosimann]

domingo, 19 de novembro de 2006

Vida na floresta

Em janeiro vão se completar nove anos que viajei com Laura à reserva extrativista de seringueiros do Rio Cautário, em Rondônia, perto da fronteira com a Bolívia. Foi uma experiência extraordinária. O Cautário é um dos lugares mais remotos onde já estive e uma das raras comunidades brasileiras que não têm luz elétrica nem tevê. Tão marcante quanto a presença poderosa da selva foi a hospitalidade dos ribeirinhos. Escrevi este relato com fotos de Laura e webdesign de Taíssa Abdala. O garoto da foto de chama Divino e tinha onze anos na época. Gostaria muito de saber como vive hoje.

Aí é luta, patuléia!

A repórter Vanessa Bárbara fez uma saborosa matéria sobre palíndromos na segunda edição da revista piauí. Conta até que existe um medo mórbido de palíndromos chamado aibofobia, palavra que não tem raiz latina nem grega, mas funciona também de trás pra frente. E que há uma desavença fonética opondo a jovem guarda aos tradicionais praticantes dessa arte. Alguns palíndromos citados no texto:

Seco de raiva, coloco no colo caviar e doces.
(Rômulo Marinho)

Rir, o breve verbo rir.
(Laerte)

Até Reagan sibarita tira bisnaga ereta.
(Chico Buarque)

Lá vou eu em meu eu oval.
(Marina Wisnik)

Ô padre, meu, que merda, pô!
(Sofia Mariutti)

Aí é luta, patuléia!
(Paulo Werneck)

Alzira no colo: coloco nariz lá.
(Chico Mattoso)
~
“Para os que amam as palavras, o palíndromo representa uma espécie de felicidade em estado puro: é a frase espelho, a perfeição na simetria, ou a serpente que morde a própria cauda, o ingresso no círculo mágico dos vocábulos que não têm fim”.
Claude Gagnière, poeta francês, citado neste ótimo artigo de Rômulo Marinho.

sábado, 18 de novembro de 2006

Brunitezas: primeiras palavras

Tá tá tá. Tá tá tá.
Quero crer que é "papai".
Laura acha que é "batata".

Brunitezas: alguns apelidos caseiros

  • Brunito
  • Brunocas
  • Bono
  • Pé de pão
  • Xocotó
  • Cheiroso
  • Dingo Diringo
  • Tico-Tico
  • Fraldinha

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Mundo bizarro: celibato obrigatório

Vaticano reafirma o celibato dos padres. Deus proteja as criancinhas.

Como remover odores do microondas

Não tenho microondas nem planejo comprar, mas achei essa dica da Dadivosa muito legal e compartilho com vocês. Aliás, ô blog saboroso o dessa garota prendada.
~
Por que não compro um microondas? Sei lá, gosto do poder do fogo.
~
No feriadão fiz uma roda de fogo no quintal. Cavei um buraco de 1,2o m de diâmetro por 40 cm de profundidadade e forrei as paredes com três camadas circulares de tijolos. Falta conseguir umas pedras bonitas pra colocar ao redor do círculo cabalístico.

Os dez mais no ranking do IDH

Os dez melhores países pra se viver, segundo o Índice de Desenvolvimento Humano da ONU:

  1. Noruega
  2. Islândia
  3. Austrália
  4. Irlanda
  5. Suécia
  6. Canadá
  7. Japão
  8. Estados Unidos
  9. Suíça
  10. Holanda
Conheço superficialmente 1, 5, 7, 8, 9 e 10. Eu não escolheria nenhum deles pra viver. Talvez um tempo em Amsterdã...

My baby this week: 7 1/2 months

Your baby is beginning to understand a lot about how things in his world work. Some of the concepts may seem basic to you, but they're revelations to an infant. One example is "object permanence," or understanding that an object continues to exist even after it disappears from sight. Earlier, he may have been distressed by your disappearance (even if it was just to hide your face in your hands): He didn't understand where you went. But he now knows that when you cover your face, you're still right there — and he's delighted to discover he was right when you move your hands away and gently say "Boo!" You can play a variation of this game by covering a toy with a blanket or holding it behind your back for a few seconds.

Similarly, if your baby drops a toy or his pacifier out of his crib, he may look over the edge for it — whereas in the past he cried for the object because it had "gone missing." This is one more exciting baby step away from the complete helplessness of an infant and toward the increasing self-reliance of an older baby.
[Babycenter]

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Pesquisa na internet

Zotero é uma ferramenta gratuita para organizar e compartilhar pesquisas bibliográficas e outras na internet. É uma extensão do Firefox com vários recursos interessantes. Ainda não testei. Esta resenha é bem elogiosa.

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

5 life quotes

Life is pleasant. Death is peaceful. It's the transition that's troublesome.
Isaac Asimov (1920 - 1992)

Life is what happens to you while you're busy making other plans.
John Lennon (1940 - 1980), "Beautiful Boy"

Life is a sexually transmitted disease.
R. D. Laing

Life is a moderately good play with a badly written third act.
Truman Capote (1924 - 1984)

Life is something that everyone should try at least once.
Henry J. Tillman

[...]

Blogagem interrompida por sons estranhos vindos da goela do Branquito. Debaixo do sofá da sala ele tentava vomitar as penas do passarinho que jantou. Dei-lhe um incentivo pra se mandar pro quintal. Céu estrelado, frio de primavera quase verão. Noite boa pra gato passear. Ele vai superar essa.

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Os Camelos chegaram

Os Camelos, Marcelo e Liz, nos visitaram. Direto da Austrália, onde moram, pra férias na Ilha de Santa Catarina. É bom demais passar algumas horas com gente tão legal e do bem. Estão felizes. Falamos de Sydney, das praias, estradas e desertos. De seu cotidiano - ele numa empresa de software pra games, ela professora de uma pré-escola. Do Australian way of life e da vida de brasileiro em terra estrangeira. De jet lag, de surf, de volta ao mundo, das comparações com o Brasil. De presente e futuro e filhos. E mais um monte de outras coisas. Bruno adorou o colo de Liz. Miguel ficou arredio no começo - ele pensava que eram camelos mesmo. Mas logo botou a timidez de lado e já tava brincando com nossos amigos queridos. Fim de tarde precioso.

Dez pequenos prazeres

  • Escrever num papel macio com uma boa caneta.
  • Ouvir uma música especial e depois o eco na memória.
  • Fazer uma trilha e aspirar fundo o cheiro de mato molhado.
  • Lagartear na praia com a cabeça vazia de pensamentos.
  • Entrar numa livraria e folhear livros, mesmo sem dinheiro.
  • Ir pra cama depois do almoço numa tarde de chuva.
  • Jogar uma partida de xadrez tomando vinho com um amigo.
  • Fazer um clique perfeito com a câmera fotográfica.
  • Olhar as crianças e os animais brincarem.
  • Curtir o ócio num feriado de meio de semana.

Aproveite você também.

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Três sinais da primavera

1.
Miguel: - Olha, pai, que engraçado! Uma mosca em cima da outra.
Eu: - É assim que nascem as mosquinhas, filho.

2.
No sábado, Branquito engoliu um passarinho com pena e tudo. Dessa vez não tive tempo de salvar. Nesta época a quantidade de passarinhos é grande, sempre sobra um distraído que não vê o gato branco se aproximar.

3.
Laura me diz agora que nasceram duas corujinhas, filhotes do casal de corujas que mora num buraco em frente à casa do nosso vizinho. "São lindas, peludinhas e assustadiças", conta. "Quando elas vêem alguém, correm pra toca. E a coruja mãe fica na frente".

Parabéns, filho

Ontem, há quatro anos, num dia lindo de sol sem nenhuma nuvem, nascia nosso amado Miguel. A comemoração foi simples e deliciosa: almoço em família com um dos seus pratos preferidos - camarão - e depois, bolo de cenoura feito pela mamãe Laura. A tarde de brincadeiras junto com a prima Maria Rosa, as amiguinhas Lina e Elis e o mano Bruno se prolongou até 11 da noite, iluminada por uma fogueira no quintal. Amanhã vai ser a festa na escolinha. Tema: homem-aranha, um dos meus heróis preferidos da infância.

Quebrando a rotina antes que ela nos quebre

Se você percorre sempre o mesmo trecho de calçada, experimente um dia ir pelo outro lado. É uma espécie de mini-viagem pra fora do corpo, com resultados surpreendentes.

Exclusão digital e sanitária



Uma brilhante dobradinha de Frank e Nega.

Testando...

Alguém aí está tendo problemas pra visualizar este blog? Foto de abertura desviando pro lado direito, coluna da direita escorregando pra baixo? Por favor informe aqui e diga qual é o seu navegador.

Folhetim em blog

Carlito, do Bobagera, começou a publicar hoje a segunda parte da série de ficção Tempestades, continuação de A Ilha. A história se passa na Ilha de Santa Catarina.

Passo a passo atrás do sonho

O japonês Toru Yamaguchi, de 35 anos, já concluiu mais da metade do seu sonho: ir a pé da Terra do Fogo ao Alasca. Ele se inspira no personagem de cinema Forrest Gump, interpretado por Tom Hanks. Sou um grande admirador de pessoas assim.

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Busquemos o pássaro voando

Alexandre Inagaki, do Pensar Enlouquece, escreveu ontem um texto maravilhoso sobre a presença na internet de pessoas que já morreram, por meio de perfis no orkut e outras homenagens dos amigos, parentes e amantes. É uma pequena jóia escrita sem medo da emoção, que ajuda a refletir sobre como a sociedade da era virtual se relaciona com a vida e a morte das pessoas amadas. Um pequeno trecho:

Afirmou Sêneca: "Morremos mil vezes do medo de morrer". Mais do que a morte, é preciso dissipar em nós o medo de viver. Saber que a vida é um rascunho definitivo é conscientizar-se de que ela não deve ter gosto de obra inacabada. Busquemos o pássaro voando.

Rock Popular Brasileiro

Quer escutar três músicas da banda Coletivo Operante, aqui de Floripa? Clique aqui. Entre os seus integrantes estão meus amigos Caio Cézar, Luís Maia (ambos ex-Stonkas y Congas) e Ulysses Dutra (ex-Phunky Buddha) - todos músicos de alto quilate e belos seres humanos. O quinteto se completa com Guilherme Ledoux e Luciano Py - que, se são amigos dos meus amigos, também são gente fina. Eles se definem assim:

A banda Coletivo Operante orgulha-se de não ter um estilo definido: "é rock-funk-samba-soul-reggae-ska-eletro-blues-de-raiz-psicodélico", tenta resumir - e falha miseravelmente - o guitarrista Ulysses Dutra. Guilherme Ledoux, o homem das baquetas, é quem consegue sintetizar, "Acho que é RPB. Rock Popular Brasileiro".

Arroz pingueiro

Bem interessante essa receita da Dadivosa. Aproveitei pra deixar lá uma receita de pelao, prato caribenho que aprendi com meu amigo Philo, de Trinidad-Tobago.

Mundo bizarro: no dos outros é refresco

O governo de Cingapura anunciou ontem que pretende discriminalizar o sexo oral e anal entre heterossexuais maiores de 16 anos, mas a prática continuará proibida entre homossexuais. A decisão preconceituosa foi criticada por ativistas gays. O ministro das Relações Interiores disse querer modernizar as leis “para estar na linha mais social e dentro das tendências da sociedade emergente”, o que, segundo ele, “não inclui a homossexualidade”.

Não é o cúmulo do autoritarismo legislar sobre os usos do fiofó?

Efemérides: The Doors

A banda liderada por Jim Morrison faria quarenta anos hoje. Ouvi muito - há uns vinte anos - L.A. Woman, Light my Fire, Love her Madly, Strange Days, Universal Mind, The End e outras músicas deles que viraram clássicos do rock.

Brunitezas: my baby this week

Sete meses e uma semana. Beijos babões e tentativas de beber em xícara.

Your baby is learning to recognize emotions and moods, and he's finding new ways to demonstrate how he feels emotionally. One wonderful example: He may start giving you kisses. They may be drooly and gummy at first, but they'll still taste just as sweet! When your baby is bored, he may squawk fretfully or squeal just to get your attention.

He may also be ready to try drinking from a cup, so if you haven't tested that out on him, you might give it a shot. (Consider it a "dry run" for the bottle-fed set: Experts say it's a good idea to wean a baby from the bottle by around age 1, to prevent overattachment to it and help forestall dental problems, and early familiarity with a cup can definitely ease the transition.) A sippy cup with two handles makes learning to use a cup a lot easier, as your baby can grab onto it with both hands. Expect messiness or even resistance at first, but with persistence and practice, he should easily get the hang of it.

[babycenter.com]

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

As feridas da floresta

Iberê Thenório, da ONG Repórter Brasil, mostra nesta reportagem - com imagens de satélite - os cinco pontos mais críticos de desmatamento na Amazônia brasileira: a Terra do Meio, no centro do Pará, a rodovia Cuiabá-Santarém, o extremo norte do Mato Grosso, a margem esquerda do rio Amazonas, próximo a Santarém (PA), e a Rodovia BR-319, no Sudoeste do estado do Amazonas.

A vida é uma piada: fila de banco

Contribuição da Marli Henicka pro nosso sorriso do dia-a-dia:

Uma vez, quando eu trabalhava no setor financeiro da editora, tinha uma pessoa, um fornecedor, cujo sobrenome era Sardá, e com a qual eu precisava resolver um assunto qualquer. Estava eu na fila dos caixas do Banco do Estado de Santa Catarina - BESC e tinha ao meu lado um senhor muito parecido com o dito cujo com o qual eu precisava falar. Bem, meio em dúvida se era ele ou não, me dirigi ao homem e perguntei:

- Sardá?

Ele respondeu:

- Não, depositá.

Sério. Eu quase tive um treco tentando conter o riso...

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

DVeras Awards 2006: ferramenta de pesquisa

Sou usuário satisfeito do Del.icio.us faz um tempo. É uma ótima ferramenta de bookmark social (e anti-social, quando não me interessa compartilhar o link), com interface limpa e fácil de usar. É por meio dela que mostro na coluna aí do lado alguns saites interessantes por onde navego e uma tagcloud com os rótulos mais freqüentes. Por isso, quando testei o Diigo, não tinha grandes expectativas. Mas a surpresa foi boa. A ferramenta faz tudo o que o Del.icio.us faz e um pouco mais. Com a vantagem de a gente poder integrar uma na outra com bookmark simultâneo das mesmas páginas. Depois de instalada a barra de ferramentas, um simples clique com o botão direito do cursor abre vários recursos. Você pode destacar trechos do saite, deixar anotações públicas ou privadas, ler as anotações públicas dos outros, enviar sua pesquisa pra alguém e inserir rótulos com facilidade. O DVeras Awards 2006 pra ferramenta de pesquisa vai pro Diigo.

Varejo em blog

A jornalista Cléia Schmitz, minha colega no blog coletivo +D1 - no momento, fechado pra reformas - acaba de lançar o Blog do Varejo, onde vai compartilhar com os leitores sua experiência como repórter especializada no setor varejista. Texto bom de gente inteligente e antenada é sempre bem-vindo!

Comentários aditivados

Raul, Dadivosa, Ivan, Maurício, Giorgia... Vocês são as primeiras "cobaias" do novo recurso de interatividade que instalei no blog nesta madrugada insone. Vejam no alto da coluna da direita: os comentários recentes aparecem aí com o nome da pessoa e um trecho do que escreveu. Fica mais fácil seguir os bate-papos aleatórios e participar. Faço minhas as palavras do Maurício no Fogo-Fátuo (pô, Maurício, foi comprar uma coca ali na esquina, sumiu por meses e voltou com um neném no colo, hein? Sentimos falta dos teus posts): "Escreva um comentário e concorra ao prêmio de 'Comentário da Semana', que lhe dará o direito de escrever quantos comentários quiser".

O nome desses penduricalhos - uns bem úteis, outros divertidos, outros inúteis e irritantes - é widget. São "componentes de software que viabilizam a interação com o usuário", diz a Wikipedia. Tem gente apostando que nos próximos anos eles vão transformar completamente a maneira como se faz blogs hoje. Os blogs vão ganhar mais e mais ferramentas pra se tornarem páginas iniciais personalizadas segundo as necessidades de cada um. Há vários saites onde até um semi-analfa em informática como eu pode pesquisar e instalar com facilidade essas traquitanas no seu blog. O Widgetbox, por exemplo.

Ducha poética

Água bendita:
banha o baby
e os hibiscos.
[inspirado no regador que Laura botou embaixo da banheira do Bruno]

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Conversa no banco


EU
- Bom dia!
Quero encerrar minha conta.

A GERENTE
(expressão surpresa)
- Bom dia! Por quê?

EU
- Abri conta em outro banco e não preciso mais desta.
A tarifa é muito alta.

A GERENTE
(responde rápido)
- Vamos fazer o seguinte:
dou 100% de isenção da sua tarifa por seis meses.

EU
- Você me convenceu.
Daqui a seis meses a gente volta a conversar.

~
Experimente você também e depois me conte.

DVeras Awards 2006: ferramentas de produtividade

O DVeras Awards 2006 começa começa com ferramentas de produtividade. A campeã é o leitor de RSS Google Reader. Depois de testar o Pluck, o Sage e o RSSReader, há poucas semanas adotei o leitor do Google, que ganha disparado. Nele acompanho notícias em geral, informações de trabalho, atualizações de blogs e das fotos dos amigos no Flickr. Em poucos minutos dá pra ver um resumo do que há de novo em dezenas de saites, abrir só os que interessam e sair pra tomar um cafezinho. Tem várias teclas de atalho no teclado, opções de marcar com rótulos e pode ser acessado de qualquer computador. Outro recurso legal, que ainda não usei, é compartilhar os itens assinados numa página específica gerada pelo programa.

Eco da memória

Que Sera Sera - Doris Day

When I was just a little girl,
I asked my mother, 'What will I be?
Will I be pretty?
Will I be rich?
Here's what she said to me:

Que Sera Sera,
what ever will be, will be;
The future`s not ours to see.
Que Sera Sera,
What will be, will be

When I grew up and fell in love,
I asked my sweetheart, what lies ahead,
will we have rainbows
day after day?
Here´s what my sweetheart said:

que sera, sera,
whatever wil be, will be
the future's not ours to see.
que sera, sera,
what will be; will be

Now I have children of my own
they ask their mother what will I be
will I be handsome?
will i be rich?
I tell them tenderly

que sera, sera,
whatever will be, will be;
the future's not ours to see.
que sera, sera,
what will be, will be.

Que sera, sera

Tela 21: Cadeira Estropiada

O olhar de Ivan Jerônimo captou essa ruína na oficina de pintura e a imortalizou.

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Seis segredos

Costumo deletar sem pena as correntes que recebo. Mas vou abrir exceção pra este desafio de Solino, que contribui pro meu autoconhecimento pessoal de mim mesmo: contar seis coisas sobre minha vida que ninguém ou pouca gente conhece. Deixo as confissões escabrosas pra revelar aos mais íntimos em alguma improvável balada movida a tequila em conjunção astral favorável. Se seis leitor@s resolverem dar seguimento à corrente, estarei livre da mardição e vamos nos conhecer melhor.

  1. Aos cinco anos pulei a janela do quarto onde meu primo taxista tirava uma soneca e peguei dez centavos do bolso dele. Foi o começo e o fim de minha carreira criminal.
  2. Aos dez anos, um colega me agrediu com uma rasteira e não revidei. A decepção foi maior que a dor. Eu achava que o filho da puta era meu amigo.
  3. Aos 14, me apaixonei por uma menina da escola e confidenciei a um colega. O canalhinha contou pra ela e paguei o maior mico. Passei a escolher melhor os amigos.
  4. Já fiquei dois meses isolado, pintando aquarelas e achando que tinha pirado. Depois rasguei tudo e toquei pra frente. As belas artes não perderam nada.
  5. Na borda de um fiorde de 600 metros de altura, tive uma vertigem-epifania sobre o poder do meu livre arbítrio.
  6. Já tive pelo menos duas evidências fortes da existência de fenômenos paranormais. Sem contar as sincronicidades.
~

UPDATE: Maurício acha que o #6 rende um novo post. É, pode ser. Também acho que o 4 e o 5 rendem. Uma hora dessas eu conto.