Plantio da Aracruz em cabeceira na Bacia Hidrográfica do São Domingos. Foto de Simone Batista Ferreira.
O bicho tá pegando no Espírito Santo. A Aracruz Celulose - aquela da propaganda bonitinha e ufanista na tevê, com famosos chutando uma bola ao som de Gilberto Gil - está usando outdoors numa campanha agressiva para voltar a população contra comunidades indígenas. Um parecer da Funai divulgado em agosto reafirma que 11 mil hectares ocupados pela empresa pertencem aos índios Guarani e Tupiniquim. Esta entrevista com a geógrafa Simone Batista Ferreira é bastante ilustrativa sobre os danos ambientais e humanos provocados pela empresa. Simone é autora da dissertação Da fartura à escassez: a agroindústria de celulose e o fim dos territórios comunais no Extremo Norte do Espírito Santo (2002).
[Com informações do Centro de Mídia Independente]
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Em 1997, eu visitava amigos em Oslo quando recebi de dois índios Tupiniquim um dossiê (ops!) sobre os desmandos dessa empresa. Eles estavam fazendo uma turnê de denúncias por vários países europeus e incluíram a Noruega no roteiro porque havia dinheiro norueguês investido no negócio. Tentei passar a pauta pra dois jornais de circulação nacional - Estadão e Correio Braziliense - mas não demonstraram o menor interesse.
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