Esta semana vi o premiado Maria Cheia de Graça, dirigido pelo americano Joshua Marston e protagonizado pela estreante - também premiada - atriz colombiana Catalina Sandino Moreno. Filmão bem bão, falado em um castelhano gostoso de ouvir. Mulher jovem e linda engravida do namorado em cidade do interior da Colômbia, mas eles não se amam. Sem grana, ela decide virar mula de traficantes. Engole umas 60 cápsulas da branca e embarca - "premiada" - num avião pros States. Na aventura conhece outras mulas e passa por várias peripécias.
O roteiro nasceu de pesquisa com personagens reais e foge dos estereótipos criados pela máquina de Hollywood. Na maior parte do tempo, a violência é mais simbólica que explícita: o chefe do tráfico tem ar de paizão protetor, os dois bandidos em NY são meio inseguros. Maria não é completamente boa nem má e tem liberdade pra escolher seus caminhos.
A história também ajuda a combater os preconceitos contra os imigrantes colombianos nos Estados Unidos. E critica a equivocada política de guerra às drogas do governo americano, ao mostrar um lado social que poucos conhecem. Pra completar, os atores - a maioria principiantes - dão conta do recado. Bons motivos pra conferir. Mais um: Catalina foi apontada por uma revista como uma das cem mulheres mais bonitas do mundo em 2005. Se quiser ir além nos bastidores, veja também os comentários do diretor. 96/100.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2006
A graça de Maria
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