quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Neste dia singular

Rubinho Chaves Vargas deixa seu recado rimado:

Neste dia singular/na batida do ponteiro/do berço potiguar/à batida do pandeiro/quantas primas e veras/amigos e fãs/quantos brindes e vinhos/baladas e talismãs/nesta data brindamos este grande brasileiro/filho do Seu Camilo/outro grande guerreiro/e antes que a rima acabe/e a emoção nos embriague/felicidades compadre.

Notas de Viaje

Nicanor Parra *

Yo me mantuve alejado de mi puesto durante años
Me dediqué a viajar, a cambiar impresiones con mis interlocutores
Me dediqué a dormir;
Pero las escenas vividas en épocas anteriores se hacían presentes en mi memoria.
Durante el baile yo pensaba en cosas absurdas:
Pensaba en unas lechugas vistas el día anterior
Al pasar delante de la cocina,
Pensaba un sinnúmero de cosas fantásticas relacionadas con mi familia;
Entretanto el barco ya había entrado al río
Se abría paso a través de un banco de medusas.
Aquellas escenas fotográficas afectaban mi espíritu,
Me obligaban a encerrarme en mi camarote;
Comía a la fuerza, me rebelaba contra mí mismo,
Constituía un peligro permanente a bordo
Puesto que en cualquier momento podía salir con un contrasentido.
* Poeta chileno.
** Um presentão da Adriane Canan.

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

O mundo é mágico

Depósito do CalvinEba!!! Li agora nesta mina de ouro que a Editora Conrad já está fazendo a pré-venda do livro com a melhor tirinha de todos os tempos, Calvin e seu tigre Haroldo. O livro vai se chamar O Mundo é Mágico (formato 22,8 x 30 cm, 168 páginas, R$ 44,90), tradução de um inédito no Brasil, It's a Magical World, lançado nos Estados Unidos em outubro de 96. Seu autor, Bill Waterson, começou a publicar as tirinhas do menino de seis anos e seu amigo imaginário em 1985 e, pra tristeza dos fãs em mais de 2.400 jornais pelo mundo, parou em 31 de dezembro de 95. Você pode encomendar seu exemplar aqui.

Modelos e trabalho infantil

Entrevistas com modelos no SP Fashion Week.

- Você desfilaria para uma grife que explora o trabalho infantil?
- Nossa, com certeza. Com criança, até de graça.
(Marcelle Bittar, 23)

- Você desfilaria para uma marca que usa crianças para fabricar as roupas?
- Ah, se fosse uma marca boa, acho que tudo bem.
(Aline Weber,17)

- Você desfilaria para uma marca que usa crianças para fabricar as roupas?
- Olha, esse é meu sexto Fashion Week e só agora comecei a ter mais visibilidade. Então, se fosse uma marca legal, eu faria, sim. Mas se usasse trabalho escravo, eu não faria, não. Trabalho escravo é meio punk.
(Stefânia,16)

Luisa Alcantara e Silva, Folha de S. Paulo, 26.01.2007.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Fauna campechana

Fauna da Ilha do Campeche
Quati escala árvore. Esses bichinhos foram introduzidos na Ilha do Campeche para combater os escorpiões e servir de caça aos pescadores que ficassem eventualmente ilhados por muito tempo. Terminaram provocando desequilíbrio ecológico, porque não têm predadores naturais. Também se tornaram exímios punguistas: se você bobear com o lanche, eles podem arrastar sua bolsa pra mata.

Sol, riacho, chuva e termas

Sábado curtimos com a criançada - filhos e sobrinhos - um passeio-delícia pra dia de sol escaldante: tomar banho das mais variadas formas. Fizemos um piquenique em Caldas da Imperatriz, a 30 km de Floripa. Lá tem um parte aquático popular - limpinho, organizado e seguro -, com toboáguas e uma piscina d´água corrente no leito do riacho que desce da mata. O calor tava tão intenso que a inevitável chuva de verão veio forte, pra felicidade do meu lado curumim. Pingos grossos ensoparam todo mundo e levantaram aquele cheiro gostoso de terra. Pra fechar o dia, nos molhamos mais nas termas: banho relaxante de banheira a 38 graus. O dia me lembrou muito a infância nos arredores de Manaus, com acampamentos perto de igarapés na mata.

Uma tentativa de arrumar a bagunça

Algumas destas orientações são sistemáticas demais pro meu dia-a-dia, mas não posso negar que ajudam a botar certa ordem na casa. Às vezes a vontade que dá é se abandonar à beleza do caos :)

Nove dicas pra se organizar melhor:

1. Mantenha itens semelhantes juntos.
2. Guarde as coisas onde você as utiliza.
3. Torne facilmente acessíveis os itens de uso freqüente e menos acessíveis os de uso raro.
4. Se você não usa uma coisa, se livre dela. Passe adiante.
5. Estabeleça um lugar para cada coisa.
6. Sempre coloque de volta ao lugar original depois de usar.
7. Use listas: de coisas a fazer, de compras.
8. Faça da forma mais fácil.
9. Desenvolva sistemas e rotinas.

Por Barbara Myers, em Free "50 Ways to Manage Your Time" tips booklet.
www.ineedmoretime.com

A não-morte de Maria Elisa Guimarães

É uma história estranha que o Inagaki, de quem eu soube a notícia da suposta morte da blogueira Meg (repercutida por mais de 50 blogs), explica no Pensar Enlouquece. Também impressionante como o factóide ganhou ares de verdade e foi reproduzido por tanta gente, inclusive eu. Como diz a Cora, eu nem tento entender, porque loucura não é para amadores.

p.s.: Post original deletado.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Lancer de Tatannes

Um esporte nacional do território francês da Nova Caledônia, depois de se consolidar na França, chega ao Brasil em grande estilo: o 1º Campeonato Nacional de Lançamento de Sandálias vai se realizar no dia 10 de fevereiro a partir das 9 horas no Terraço Shopping, em Brasília. O release que recebi dá mais detalhes sobre a atividade:

Relatos apontam para o lançamento de sandálias como um esporte que, em sua origem, foi fator de coesão social. Diz a lenda que, cansados das guerras e disputas violentas entre tribos, os indígenas caledônios criaram o esporte para estimular relações amistosas entre grupos rivais.

Seguindo a tradição, hoje o esporte é uma das principais modalidades de grandes festas folclóricas caledonianas, que levam à capital do país, Nouméa, milhares de turistas todos os anos. Outras variações foram acrescentadas à modalidade como o lançamento de sandálias sobre alvos fixos no solo e a corrida de chinelos enganchados nas orelhas.
Pode ser minha grande chance de virar atleta olímpico.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Desvarios no Brooklyn

Nathan Glass procurava um lugar sossegado para morrer. Aluga um apartamento no Brooklyn, bairro de sua primeira infância. Para espantar o tédio e a solidão, começa a escrever por passatempo O livro do desvario humano, registro de casos engraçados - gafes, vexames e fraquezas dele próprio e dos outros. Mas a vida desse corretor de seguros aposentado de 59 anos, recém-separado e convalescente de câncer de pulmão, toma um rumo bem diferente.

Por uma sucessão de acasos reencontra o sobrinho Tom, jovem brilhante e tímido que abandonara o doutorado em letras para trabalhar em subempregos; faz amizade com o chefe de Tom, Harry - gay de personalidade cativante, dono de um sebo e de um passado malandro; conhece Marina, simpática garçonete portorriquenha por quem arrasta a asa; reencontra a menina Lucy, de nove anos - filha da irmã porra-louca de Tom, - que um dia aparece de forma misteriosa e sem falar uma palavra. Mais personagens entram na história: Nancy, a B.M.P. (Bela Mulher Perfeita), mulher casada com dois filhos por quem Tom tem uma paixão platônica; Rufus, travesti jamaicano soropositivo com o coração de ouro, e outros que são apresentados no devido tempo, numa sucessão de aventuras.

Mais um livro de Paul Auster que me conquistou da primeira à última frase. Flui como água limpa num riacho, com narrativa ao mesmo tempo sofisticada e despojada de frescuras, agudo senso de humor, reflexões sobre viver, escrever e amar. Tanto em meio à fauna urbana de New York como no Hotel Existência, bucólico refúgio imaginário que os protagonistas sonham encontrar. Belo livro!

Caprichos da realeza



Mais uma do grande Laerte, pescada pelo Frank.

Madrugadas insones, molares e caninas

Miguel teve febre por três dias, mas já tá bom. Uma daquelas viroses de verão que chegam e vão embora sem que a gente possa fazer muito além de levar ao pediatra e dar antitérmico. Bruno está resfriado e com os dentes nascendo - ao que parece, todos ao mesmo tempo. Ele reclama bastante à noite e fica repetindo uma das poucas palavras que sabe: "Água, água, água, água..." Quem escuta pensa que é alguém perdido no deserto. Passamos um remédio nas gengivas e esperamos a natureza seguir seu curso. Miguel, interessado no assunto dentição, andou fazendo umas perguntas. Dia desses chegou pra mim e falou, se referindo aos caninos: "Pai, eu tenho dente de cachorro".

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Um lugarzinho no verão


Um lugarzinho no verão, originally uploaded by dveras.

Ilha do Campeche, Floripa, 31 de dezembro de 2006. Essa prainha tem mar de transparência caribenha.

DSNR: o roubo perfeito

Mais uma Da Série Notícias Relevantes, via InfoExame:
Homem que roubou GPS é rastreado e preso

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Leitura de ônibus

Por conta de dois improváveis incidentes com chaves, a do carro e a do escritório, já peguei cinco ônibus hoje - aliás, seis, pois um deles quebrou no caminho e tive que esperar o seguinte. Aproveitei pra adiantar a leitura do ótimo Desvarios no Brooklyn, de Paul Auster.

Entrevista com o autor do blog

Li esse questionariozinho no blog da Giorgia, que leu no da Nalu, que leu no Cherrysoda. Aí vão minhas respostas.

O que você fez em 2006 que nunca tinha feito antes?
Quarenta anos.

Você manteve as resoluções de ano novo de 2006 e fará novas para 2007?
Resoluções?! Fiz não. Pra 2007 fiz dez modestas intenções gerais e cinco intenções culinárias.

Que lugares você visitou?
Trilhas e lugarzinhos na Ilha; interior de Santa Catarina; São Paulo e Brasília. Visitas freqüentes à obra da casa. Já em sonhos e na imaginação estive numa imensidão de lugares fantásticos.

O que você gostaria de ter em 2007 que faltou em 2006?
Mais tempo livre.

Que data de 2006 vai ficar marcada em sua lembrança?
A noite de 3 de abril, quando nasceu Bruno. Marcada pra sempre.

Qual sua maior realização no ano?
Ser pai pela segunda vez.

Qual foi o seu maior fracasso?
Não ter previsto o futuro num momento crucial.

Você teve alguma doença?
Nada que exigisse médico, antibiótico ou canja de galinha.

Qual foi a melhor coisa que você comprou?
Livros. Novos e usados. Grossos e finos. Bons e baratos.

Que comportamento mereceu comemoração?
Todos os sorrisos lindos de Bruno e Miguel.

Que comportamento foi deprimente?
A cabeçada de Zidane. A negociata do dossiê.

Pra onde foi a maior parte do seu dinheiro?
Material de construção.

O que te deixou realmente excitado?
Sexo.

Que canções sempre vão te lembrar de 2006?
Música do Agreste de Pernambuco; as do CD "Lunático", de Gotan Project.

Comparando-se com essa época, no ano passado, você está:
I. mais feliz ou mais triste?
II. mais magro ou mais gordo?
III. mais rico ou mais pobre?
Mais ou menos na mesma pra todas. Posso emagrecer uns 2 kg este ano, mas não prometo.

O que você queria ter feito mais?
Ir ao cinema.

O que você queria ter feito menos?
Pegar fila pra resolver burocracia.

Você se apaixonou em 2006?
Tou sempre apaixonado.

Você odeia alguém hoje que não odiava há um ano?
Ninguém que eu conheça ou possa acertar um canhota.

Qual foi o melhor livro que você leu?
Em 2006, "Dois Irmãos", do amazonense Milton Hatoum. Tocante, muito bem escrito!

Qual foi a sua maior descoberta musical?
Gotan Project. Um jorro de força criativa e inovação no tango.

O que você quis e conseguiu?
Construir a casinha.

O que você quis e não conseguiu?
Dedicar mais tempo à fotografia. Estudar espanhol.

O que você fez no seu aniversário?
Festei com amigos num quiosque na praia. Banho de mar à noite.

O que teria feito o seu ano infinitamente melhor?
A felicidade de todas as pessoas que amo.

Como descreveria seu modo de se vestir em 2006?
Casual relax. Escolhas aleatórias no guarda-roupa.

O que manteve a sua sanidade?
O amor da família e dos amigos.

Qual episódio da política que te deixou mais puto?
O caso do dossiê. Puta que pariu!

De quem sentiu falta?
De muita gente, vivos e mortos.

Quem foi a pessoa mais legal que você conheceu?
Eu mesmo, no dia em que meu eu de 39 encontrou o eu quarentão.

Diga uma lição valorosa que aprendeu em 2006:
Com tijolo sobre tijolo se faz um desenho mágico.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Esquerda festiva

Uysses Dutra, amigão e músico de rara estirpe, entrou na blogosfera. Ele criou o saite Esquerda Festiva pra "falar sobre música, cultura pop, política, futilidades e o que mais der na veneta". Vou já lá.

Auto-retrato 2

Autoretrato DVerasNa praia do Campeche, recém-chegado de um passeio à Ilha do Campeche (fundo). Comentário do Frank no Flickr: "qdo um cara feio fica bonito na foto a minha mãe sempre diz: essa tua máquina é muito boa, hein!"

Miguelices: divindade

- Paiê! Manhê! Eu era Deus.
- E o que você fazia?
- Criava um pára-quedas.

Uma consulta à benzedeira

Aline Cabral, recém-operada, visitou uma benzedeira do sul da Ilha e conta uma historinha engraçadíssima sobre o espírito nativo.

Moacyr Franco, Rita Lee e a impermanência

Tudo Vira Bosta

Moacyr Franco e Rita Lee

O ovo frito, o caviar e o cozido
A buchada e o cabrito
O cinzento e o colorido
A ditadura e o oprimido
O prometido e o não cumprido
E o programa do partido
Tudo vira bosta

O vinho branco, a cachaça e o chope escuro
O herói e o dedo-duro
O grafite lá no muro
Seu cartão e seu seguro
Quem cobrou ou pagou juro
Meu passado e o meu futuro
Tudo vira bosta

Um dia depois
Não me vire as costas
Salvemos nós dois
Tudo vira bosta

Filé 'minhão', 'champinhão', 'Don Perrinhão'
Salsichão, arroz, feijão
Mulçumano e cristão
A Mercedes e o Fuscão
A patroa do patrão
Meu salário e o meu tesão
Tudo vira bosta

O pão-de-ló, brevidade da vovó
O fondue, o mocotó
Pavaroti, Xororó
Minha Eguinha Pocotó
Ninguém vai escapar do pó
Sua boca e seu loló
Tudo vira bosta

Um dia depois
Não me vire as costas
Salvemos nós dois
Tudo vira bosta

A rabada, o tutu, o frango assado
O jiló e o quiabo
Prostituta e deputado
A virtude e o pecado
Esse governo e o passado
Vai você que eu 'tô cansado'
Tudo vira bosta

Um dia depois
Não me vire as costas
Salvemos nós dois
Tudo vira bosta

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Revelações curiosas do Google Analytics

Nos últimos seis meses, 33% das visitas a este blog vieram por meio do Google. Alguns acessos são equivocados (desculpe, minha senhora, não faço idéia de "como fazer mestrado em enfermagem na Itália"; meu caro, não temos fotos da filha de Elis sem roupa, eu citava o título duma matéria de capa da Bizz; também não posso lhe ajudar na pesquisa sobre "mulheres separadas em florianópolis"). Um rápido apanhado das palavras-chave mais curiosas digitadas nas buscas:

  • estrogonoficamente sensível
  • cabriocárica
  • chuck norris peripécias
  • maria rita nua
  • biscoitos amanteigados
  • quinteto armorial
  • como organizar a festa de aniversário de 80 anos de alguém
  • frases curtas e bonitas para se conquista (sic) uma mulher
  • matou o cinema e foi ao governador
  • pinturas em fraldas
  • morfador power rangers
  • pilhas estouradas
  • seu lunga

Google Analytics curious revelations

My special thanks to the readers who visited DVeras em Rede in the last 7 days from United States, Portugal, Malta, Belgium, Germany, Canada, United Kingdom, China, Spain, Netherlands, Italy, France, Uruguay, Switzerland, Saudi Arabia, Finland, Greece, Norway, Peru and India. Some of you are my beloved friends, others are good acquaintances, but I have no idea about most of your identities, or why you found interest in this Portuguese-written blog which is far from being popular.

For a moment I have the flattening idea that you came to appreciate the brilliant and universal language of my photos. Feel free to tell that I´m completely wrong - as I suspect. Probably you came through some of these marvellous misteries of aleatory powers, that confirm us all as part of human race. Or searching the hot video of Cicarelli having sex in the beach (sorry, wrong address, I´ve just commented the censorship episode). Anyway, welcome! If some of you foreign readers react to this post, perhaps I should try writing in English more frequently.

De tolerância, loucura e vício

Li no Coisas Bobas.

"Devemos encarar com tolerância toda loucura, fracasso e vício dos outros, sabendo que encaramos apenas nossas próprias loucuras, fracassos e vícios. Pois elas são os fracassos da humanidade à qual também pertencemos. Assim temos os mesmos fracassos em nós. Não devemos nos indignar com os outros por esses vícios apenas por não aparecerem em nós naquele momento."

Arthur Schopenhauer
Concordo. E também com a observação aguda da Giorgia: "Ser tolerante não é ser complacente". Há certas coisas intoleráveis. O limite entre uma coisa e outra é tênue.

Auto-retrato


Autoretrato, originally uploaded by dveras.

A sombra da bolsa engana, não sou tão gordo assim. ;)

Brunitezas: novas experiências sensoriais

Bruno já engatinha com desenvoltura e ensaia ficar de pé apoiado no sofá. Esses dias foi até a porta dos fundos e chupou um osso da cachorra.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Ventania

Tem dias em que falta assunto. Hoje não. Um golpe de vento acaba de entrar pela janela do Sindicato dos Jornalistas, no mesmo andar em que eu trabalho, e tirou a parede divisória do lugar. Os vidros quase desabaram, estão inclinados. Foi um barulho assustador. Coisas da Ilha.
~
UPDATE 19.01: A ventania de ontem provocou um pequeno acidente no centro - uma plataforma da PM caiu sobre uma mulher. E na Baía Sul, uma draga encalhou na praia em São José.

O conto do seqüestro

Acabam de ligar pra minha casa. Era uma voz de mulher em tom choroso, dizendo coisas sem nexo. A pessoa que atendeu mencionou meu nome. Em seguida uma voz de homem disse que eu tinha sido seqüestrado e que não avisassem a polícia. Golpe velho. Comigo não colou.

Crônicas da violência cotidiana (2)

Em janeiro de 2000, fazia duas semanas que eu me mudara pro Rio. Tinha terminado de jantar no restaurante Bella Blue, em Botafogo, e estava saindo quando me empurraram porta adentro. Três rapazes de uns 18 anos - um branco e dois negros, todos de calção, camiseta e tênis -, armados de revólveres, invadiram o restaurante:

- Perdeu, perdeu!

Foi tudo muito rápido, três ou quatro minutos. Que ninguém reagisse, senão ia ter morte. Fui confundido com o gerente porque estava na entrada. Um ficou na porta, o segundo saiu recolhendo os celulares nas mesas. O terceiro me apontou a arma e mandou abrir o cofre.

Expliquei que eu era só um cliente. Devagar, tirei vinte reais do bolso e botei na mesa. Imitando o garçom, levantei as mãos. Irritado, ele nos disse pra baixar os braços, chutou minhas costelas e mandou deitar no chão. Vi de perto seu Nike novinho e esperei o tiro.

Fugiram rápido, levando 4 mil reais e os celulares - eu tinha esquecido o meu no hotel. Desprezaram meus vinte paus. Um garçom me ofereceu gelo (depois tirei radiografia, tudo inteiro). Ainda tremendo, peguei um táxi e fui pro hotel no Catete. Lá vi que tinha esquecido a agenda. Peguei outro táxi e voltei. No caminho contei a história e o taxista comentou:

- Isso é comum aqui. Eu mesmo tenho uma bala alojada no pescoço faz cinco anos.

No restaurante o movimento tinha voltado ao normal, com novos clientes e comida quentinha. Meia hora depois do assalto, era como se nada grave tivesse acontecido. Peguei minha agenda e fui embora, pensando na banalização da violência e em como as pessoas se adaptam a tudo pra continuar vivendo.

Pensei, tenho duas opções: voltar ou insistir. Teimoso, fiquei. E vivi quase dois anos na cidade maravilhosa, sem presenciar nenhum outro incidente como esse - uma vez, na noite da Lapa, acompanhava um casal de amigos franceses e fomos seguidos, mas percebi a tempo e entramos num bar. Foram tempos divertidos, com muito cinema, samba de raiz e novos amigos. Aí voltei pra cidade-ilha em busca de sossego pra criar filho.

Nunca vou esquecer os olhos daquele rapaz que não tinha nada a perder, me apontando com raiva um 38 que podia ter interrompido toda minha história num segundo. Mas o que mais me chocou mesmo foi a atitude conformada com que as pessoas se submetem a viver um cotidiano desses. Ainda hoje penso nisso e não encontro respostas satisfatórias.

Crônicas da violência cotidiana (1)

Essa é do Fernando Evangelista, nosso correspondente para assuntos aleatórios em Malta.

~

Conto um fato que testemunhei recentemente. É uma história real:

Cheguei na escola e vi os professores e funcionários reunidos. Falavam baixo, estavam muito sérios. Clima pesado. Manhã de chuva.

Pensei no pior: Alguém morreu. Quem será que morreu? Como tem morrido gente ultimamente. Fiz uma listinha de cabeça. Tudo gente boa. Os cacos, aqueles que devem morrer, não morrem nunca. Será que foi o diretor?

Perguntei a minha professora, no meio do corredor, quase pedindo desculpas, quase sussurrando:

-O que houve?

E ela, voz de choro:

-Hoje faz três anos do assalto ao banco HSBC.

-Hummm. Quantos mortos?

- Uma pessoa baleada.

- Era alguém da sua família?

- Não, era o John, o guarda. Todo mundo conhece o guarda.

- Ah, sim, o guarda.... mas quantos mortos?

- Nenhum. O John foi baleado, ela repetiu e eu senti - porque é fácil perceber essas coisas - que o tom de voz estava mudando de choroso para impaciente.

- Ele ficou muito ferido?

- Foi uma bala de raspão.

- Que bom! Que sorte!

E ela, estarrecida:

- Que bom?! Nunca tínhamos tido nenhum assalto aqui, uma pessoa foi baleada e você diz que bom!?! Aqui sempre foi tudo muito calmo, nunca teve dessas coisas. Assalto, com revólver, Meus Deus, só em filme.

- A senhora estava no banco?

-Não, mas o país todo ficou muito traumatizado. Será muito difícil esquecer. Parece que foi ontem.

Falou muito séria e saiu. Eu fiquei o dia inteiro pensando nessa história, pensando no guarda e pensando no Brasil.

Anotação de leitura: o império do consumo

Dize-me quanto consomes e te direi quanto vales. Esta civilização não deixa as flores dormirem, nem as galinhas, nem as pessoas. Nas estufas, as flores estão expostas à luz contínua, para fazer com que cresçam mais rapidamente. Nas fábricas de ovos, a noite também está proibida para as galinhas. E as pessoas estão condenadas à insônia, pela ansiedade de comprar e pela angústia de pagar. (...)

"Gente infeliz, essa que vive se comparando", lamenta uma mulher no bairro de Buceo, em Montevidéu. A dor de já não ser, que outrora cantava o tango, deu lugar à vergonha de não ter. Um homem pobre é um pobre homem. "Quando não tens nada, pensas que não vales nada", diz um rapaz no bairro Villa Fiorito, em Buenos Aires.
De O império do consumo, artigo de Eduardo Galeano.

Você já usa RSS?



Seção Dicas de Bem Viver.

Se você visita diariamente dezenas de saites/blogs e gostaria de ter mais tempo livre no mundo desplugado, seus problemas acabaram. Os leitores de RSS, ou agregadores de notícias, são ferramentas preciosas pra administrar a consulta regular a páginas dinâmicas na web.

Há várias opções de leitores de RSS. A que uso e recomendo é o Google Reader. Fácil de gerenciar e acessível pela web em qualquer micro. Ele me poupa um tempão. Num passar de olhos acompanho blogs, saites ligados ao trabalho, notícias, fotos de contatos no flickr etc.

Se você resolveu testar esse trem, minha sugestão: faça uma assinatura inteiramente gratuita deste blog. Basta copiar o link abaixo e colar no lugar apropriado do seu leitor de RSS. De lá você vai poder acompanhar as idéias e imagens aleatórias que publico aqui quase todo dia.

http://dauroveras.blogspot.com/feeds/posts/default

Chegadas: Nina

Chegou no dia 12 de dezembro às 2h08 da madrugada, no Rio de Janeiro, a menina Nina, filha dos meus amigos Marco Silva e Méa. Mais uma luz pra alumiar o mundão.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Fragmento da metamorfose florianopolitana

Em poucos dias a escavadeira e os caminhões reduziram a reluzente clínica médica a um terreno de barro compacto e plano, cercado de tapumes. A demolição da casa na esquina abriu visão para a lateral da boate vizinha, prédio cinza escuro de dois pavimentos com seis exaustores e quase sempre de janelas fechadas. Uma moça sobe a escadaria do quintal e entra pelos fundos, sem pressa. Chinelos, blusa, cabelos pretos presos, zero glamour. Ali perto, o vendedor de flores aproveita o sinal fechado para oferecer seu produto aos casais com jeito de apaixonados - vende pouco. Na terra arrasada, estruturas de metal com roldanas dão a entender que em breve teremos um bate-estacas martelando nossa paciência e preparando a chegada de mais um edifício. A cidade não pára.

Ouvindo Chico Science na radiola-cachola.

Água na boca

Dadivosa, essa sua salada de rúcula com queijo está simplesmente divina.

Brincadeira noturna


Brincadeira noturna, originally uploaded by dveras.

Crianças jogando futebol no escuro e sem juiz. O portão é a trave.

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Onze microcontos

Mais historinhas de até seis palavras:

Roubaram-lhe o relógio. Ganhou tempo.
~
Para que serve esse botãozim? Ahhhh!!!
~
Perdeu um trem, ganhou o próximo.
~
Clicou sem ler. Perdeu as calças.
~
Muitas páginas depois, percebeu que sonhava.
~
- Desligue esse filme violento ou apanha!
~
- Feche a boca e coma tudo!
~
Abria caminho a foice. Foi ceifado.
~
Minhoca: haverá vida depois da terra?
~
Jogou tudo no vermelho 27. Espera.
~
Humilde, ganhou na mega-sena. Adquiriu mega-empreendimento.

Ouvindo

Coldplay, Santana, Lenine, Roy Orbison, Bob Dylan, Salif Keita, Buddy Guy & Junior Wells.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Anotação de leitura: impermanência

Mesmo que ao meio-dia a rosa perca a beleza que teve na madrugada, sua beleza naquele momento foi real. Nada no mundo é permanente, e somos tolos em desejar que uma coisa perdure, mas mais tolos ainda seríamos se não a apreciássemos enquanto a temos. Se a mutabilidade é da essência da existência, nada mais natural do que fazer dela a premissa da nossa filosofia.
Larry, protagonista de O Fio da Navalha, ao narrador-autor Somerset Maugham.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

A Idade da Pedra, um ano depois

Arte: Frank MaiaAnteontem o jornal O Globo repercutiu a denúncia feita há um ano pela revista do Observatório Social sobre trabalho infantil na cadeia produtiva de multinacionais. A reportagem, de autoria de Marques Casara, com fotos de Sérgio Vignes e editada por mim, ganhou menção honrosa no Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos em 2006.

O jornal informa que Basf, Tintas Coral e Faber-Castell, apontadas como compradoras da matéria-prima, serão intimadas pelo Ministério Público do Trabalho a assinar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). Das três multinacionais envolvidas, só a Basf não reconhece o problema. Tintas Coral e Faber-Castell romperam relações com os fornecedores de talco, tomaram medidas para reforçar o controle dos fornecedores e repudiaram com veemência o uso de trabalho infantil. A Faber-Castell doou material didático para as escolas da região.

O Globo também mostra com exclusividade que a empresa Minas Talco, que pagava pelo minério empilhado pelas crianças, admite, pela primeira vez, não ter nenhum tipo de controle sobre a cadeia produtiva. Mais aqui

Notebooks


Notebooks, originally uploaded by dveras.

Brincar é o trabalho. O escritório dos primos Estéfano, Miguel e João Luiz no quintal dos avós.

Partilha


Partilha, originally uploaded by dveras.

Os primos Estéfano e Miguel estacionaram a Ferrari para compartilhar seus pokemons.

terça-feira, 9 de janeiro de 2007

No mei do mato


No mei do mato, originally uploaded by dveras.

Trilha na Ilha do Campeche, em Floripa. Mata secundária, plantada depois de 1940, quando toda a mata primária da ilha já havia sido derrubada. A natureza é forte.

De boas intenções o forno está cheio

Inspirado na Dadivosa, fiz cinco modestas intenções culinárias pra 2007.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Fato relevante do dia

Nasceu o primeiro dente do Bruno! Laura descobriu agora ao levar uma dentada enquanto amamentava. Comentário do Miguel, depois de colocar o dedo pro maninho morder:
- Mas ele ainda é um bebê.

Sexo, censura e videotape

O caso da perseguida tá virando perseguição. Desde sábado a Brasil Telecom bloqueia o acesso dos usuários de internet ao youtube, atendendo decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo. A justiça acatou pedido do advogado de Daniela Cicarelli pra bloquear acesso ao polêmico vídeo da modelo transando na praia. A BT alegou não ter condições técnicas de bloquear só o motivo da celeuma. Então adotou o método chinês e barrou o saite inteiro com milhões de outros vídeos. Medida inócua, aliás, porque a relada ao ar livre se espalhou pela web. Também já circulam e-mails ensinando como driblar a censura ao portal. Afinal, o que o vídeo da minha cadela brincando com meu gato tem a ver com isso?
~
9.1
Update 1: Começou o boicote à modelo e também à MTV, onde ela trabalha.
Update 2: O juiz mandou desbloquear o youtube.

Horóscopo chinês

Feliz ano do porco pra nós todos!

Túnel do tempo: 6 de dezembro de 2002

Argumento de um conto
Inverno rigoroso, escala de vôo numa capital do Leste Europeu. O avião não pode decolar por causa da neve. A contragosto, os passageiros precisam esperar e são levados a um hotel, pago pela companhia aérea. O homem aproveita para lembrar da família, mulher e filho pequeno que estão em Montevidéu. No dia seguinte, vai ao aeroporto e tenta embarcar, mas a tempestade de neve continua forte. Retorna ao hotel. A noite transcorre parecida com a anterior: banho, jantar e cama. De manhã cedo ele tenta mais uma vez. Novo adiamento. A rotina se repete, como num limbo. Na manhã seguinte ele retorna ao aeroporto e finalmente o informam que seu vôo vai partir. No saguão, fica próximo de um casal de adolescentes de seus 17 anos e escuta a conversa deles. Aparentemente, conheceram-se na viagem e se sentem atraídos um pelo outro. Contam suas vidas. O rapaz diz que é uruguaio e comenta: "Neste mesmo aeroporto, há muitos anos, meu pai morreu de acidente aéreo durante uma tempestade de neve". O homem olha bem para o rosto do rapaz e toma um susto: é seu próprio filho!

O autor do conto (que é bem melhor que meu resumo) é Mário Benedetti, grande poeta e dramaturgo uruguaio. Li há seis anos, durante uma longa viagem de ônibus à Patagônia, e fiquei bastante impressionado.

sábado, 6 de janeiro de 2007

There´s no shelf

(...) One reason Google was adopted so quickly when it came along is that Google understood there is no shelf, and that there is no file system. Google can decide what goes with what after hearing from the user, rather than trying to predict in advance what it is you need to know. (...)



Hierarquia



Com links


Com muitos links



Somente links (não há sistema de arquivos)

Bom artigo sobre o novo paradigma de organização de informações. Saem de campo os mapas hierárquicos, entram com tudo os links e tags. Não por acaso, a maneira Yahoo de organizar arquivos por diretórios foi logo sucedida pelo modo Google. "Não há mais estante". Isso interessa não só aos bibliotecários. Tem tudo a ver com colaboração, inteligência coletiva e modos mais produtivos de construir conhecimento.

Ontology is Overrated: Categories, Links, and Tags.
Clay Shirky

Quintal news

A horta já está produzindo.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Fotografia: entrevista com Tatiana Cardeal


"Sometimes I call my photography “social photography,” not only because of the social documentation issues, but because of the consequences and possible social changes that evolve from this use of communication. It happens on different levels; my photos can be interpreted as a denunciation, a call for action, a protest, a petition, a campaign, or just as educational information. But the intention of my projects, and probably the most important aspect of what I seek, is focused on social development by opening minds, hearts and eyes and sensitize them to social inequalities and human spirituality".
Sou fã da Tatiana Cardeal e me sinto honrado em ser seu amigo. Gente boníssima, de grande sensibilidade, ela coloca a alma em tudo o que faz. E assim tem feito com a fotografia social, à qual se dedica desde 2003, em especial documentando os indígenas brasileiros - já mostrei várias fotos dela aqui. Nesta ótima entrevista (em inglês) ao site Living in Peru, Tati conta sobre seus projetos, motivações e experiências.
~
I´m a fan of Tatiana Cardeal, and honoured to be her friend. Excellent person, gifted with great sensibility, she puts her soul in everything she does. So she´s been doing with social photography, her métier since 2003, with enphasis in documenting Brazilian indigenous people - I´ve shown some of her pictures here. In this nice interview (in English) to the site Living in Peru, Tati tells about her projects, motivations and experiences.

A espuma dos dias


ferias311206-013, originally uploaded by dveras.

O título deste post é pra eu não esquecer que preciso devolver o livro de Bóris Vian pro Dorva. Foto na face leste da Ilha do Campeche, Floripa, no último dia de 2006.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

O que as crianças vêem elas fazem

A ong australiana Napcam lançou uma linda campanha pelo bom exemplo dos adultos em relação às crianças. O vídeo Children see, children do, de um minuto e meio, pode ser visto aqui.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Catálogo de livros



Librarything.com é uma ferramenta online onde você pode catalogar os seus livros, escrever comentários ou resenhas, dar ranking e trocar informações com outras pessoas que têm gostos parecidos. Muito legal! Já incluí uns vinte e poucos livros que li - boa parte, ausentes da minha estante. Eles aparecem por palavra-chave numa tagcloud aí do lado (LIDOS).

[dica da Carol]

Nove meses, semana 1

Hoje Bruno completa nove meses. Come bem, ensaia as primeiras engatinhadas e de vez em quando ganha umas marcas de aprendizado - há poucos dias caiu de cara no chão e arranhou o nariz. Ele é bastante afetivo com a gente, adora o irmão e dá muita gargalhada. Quando vê algum estranho, às vezes chora. Muito curioso, pega tudo e leva pra boca, o que exige da gente um cuidado redobrado com os objetos perigosos. Semana passada tava num tapete no jardim e comeu terra preta. Outro dia puxou o rabo do gato, que por sorte é muito manso. Babycenter conta mais sobre essa fase:

Your baby may be the most sociable young creature around — until somebody unfamiliar comes near. Many babies this age have begun to show signs of fear or shyness around strangers. Some even start withdrawing from familiar relatives and friends, and want to be close to no one but you. This phase can be so brief you barely notice it, or it may last for months, depending on your child's temperament.

Help your baby learn to be comfortable in the company of strangers by increasing her exposure to people she doesn't know. Caution these folks not to inject themselves into her space too forcefully: They're apt to be better accepted if they proceed slowly, not even seeming to pay her too much attention at first. Then they can smile at your baby from a distance or offer an interesting toy, while she is seated in the familiar safe harbor of your lap. As your baby becomes accustomed to a stranger's presence, she may very well warm up and start acting like her usual charming self again.

Ainda em obras



Se você fez comentários recentes aqui no blog e eles desapareceram, sossegue, não é boicote não. É que voltei a adotar o Haloscan, onde já tenho arquivadas mais de 400 contribuições. Fica bem mais fácil de gerenciar e mostrar na barra lateral que a ferramenta disponível no Blogger. Recuperando o que sumiu: Sonia disse que não gosta de melancia, eu concordei, Raul me convidou pra ir ao Rio.

Hoje é o dia

"Existen dos días en los cuales nadie puede hacer nada: ayer y mañana..."
[por e-mail]

Lista pra 2007

Tenho uma só resolução para esse período que convencionamos chamar de ano novo: me tornar uma pessoa melhor. Isso garante tudo o mais. A lista abaixo não é de resoluções, e sim de modestas intenções.

  1. Brincar mais com Miguel e Bruno.
  2. Colocar Miguel na natação.
  3. Voltar a nadar.
  4. Fotografar mais.
  5. Estudar Photoshop.
  6. Plantar mais árvores.
  7. Fazer mais trilhas.
  8. Reencontrar mais amigos.
  9. Ler no mínimo 50 bons livros.
  10. Concluir pendências de 2006.

Adeus 2006

2006 é página virada. Assim como cada dia de ontem, bem ou mal vivido. Bem vivido é melhor, procuro lembrar disso todas as manhãs. Tive grandes alegrias no ano que passou - a maior delas, ver meu segundo filho nascer. Houve pequenas decepções e uma grande dor familiar, mas o tempo continuou fluindo pra colocar tudo em perspectiva e ensinar sobre aceitação do que não pode ser mudado. Amei, fui amado e sempre que pude, dei boas risadas. A roda da vida prossegue. E este despretensioso blog vai registrando algumas impressões da superfície, em gostosa conexão com a gente boníssima que passa por aqui de vez em quando. Bola pra frente!

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Água encarnada


Água encarnada, originally uploaded by dveras.

Janela no ar


Janela no ar, originally uploaded by dveras.

Trilha na Ilha do Campeche, Floripa. Último dia de 2006.

Terceira visão


Terceira visão, originally uploaded by dveras.

Inscrição rupestre pré-histórica na Ilha do Campeche, Floripa.

Mar e terra


Mar e terra, originally uploaded by dveras.

Ilha do Campeche, Floripa, último dia de 2006.

Fogo do tempo


fogo 2006, originally uploaded by dveras.

Floripa, Natal de 2006.