quinta-feira, 31 de outubro de 2002

E o prêmio Paranoid News de hoje vai para o jornal canadense National Post:
Brazil's leader pledges to build nuclear arsenal

Bela crônica do amigo Marques Casara:

Os bodes do presidente

Domingo à noite eu estava sentado numa fileira de cadeiras dispostas em um dos auditórios do hotel Intercontinental, no centro financeiro de São Paulo. Umas 200 pessoas esperavam o presidente eleito, a maioria formada por representantes de governos estrangeiros. À direita eu tinha um gringo que não conseguia ficar sentado. Nervoso, olhava o relógio e perguntava o tempo todo:
- Viene el presidente?
- Si, si, viene el presidente, eu respondia.
Meu pensamento estava longe. Pensava: Ele vai levar os bodes? Será que vai mesmo levar os bodes?
Lá na frente tinha um telão retransmitindo a Globo: comentaristas informavam sobre a apuração. Na minha esquerda estava minha mulher, enrolada numa bandeira vermelha e branca. Ao lado dela, uma senhora chorava com abundância. Uns 60 anos de idade, bem vestida, advogada. Repetiu dezenas de vezes a seguinte frase: “fomos muito discriminados, fomos muito discriminados”. Depois contou que é uma pessoa rica e que há 15 anos ficou amiga de Marisa da Silva. Tudo mudou a partir de então. Decidiu abraçar a causa operária. Virou motivo de chacota e preconceito no bairro de elite onde vive.
- Todas as minhas amigas me abandonaram, mas agora nós vencemos.
E chorava lagrimas que contivera durante décadas.
Duas fileiras adiante estava a mulher da América Central, corpo todo marcado pelos combates na selva. Guerra química aplicada pelos americanos, segundo disse, e que deixou sua pele como a de um crocodilo. Ao lado dela tinha um homem muito velho com um desenho estranho no braço.
- O que é esse desenho?
- Não é desenho, filho. É um número. Um dia fui um número no campo de concentração....
Pensei: tem aqui uma turminha bem heterogênea.
Mais a frente tava o Zé Dirceu, o Mercadante, a Marta. Quando a Benedita entrou o auditório quase veio abaixo. Poucos minutos antes,na TV, Lula havia dito que Benedita era a primeira negra a assumir um cargo de governadora, e que isso era tão importante quanto a abolição da escravatura. Disse com as palavras dele, carregadas de emoção e que não consigo reproduzir.
- Viene el presidente? Si, viene!!
E eu com a idéia fixa: será que vai levar os bodes?
Os pasteizinhos haviam terminado e só restavam farelos nas bandejas quando o Lula entrou no auditório. Seus olhos brilhavam de um jeito que nunca vou esquecer. Todos levantaram, bateram palmas, cantaram, gritaram e deram graças. Falou 15 minutos. Não consegui prestar atenção. Pensava nos bodes. Passei o segundo turno inteiro pensando nos bodes do Lula.
Faltava um mês para a eleição quando ele tocou no tema. Estava na chácara que tem São Bernardo, sentado numa grande mesa de madeira ao ar livre, a espera do almoço dominical. Fazia um sol de rachar e era um dos poucos dias de folga do candidato. As 10 da manhã Marisa havia decretado: é proibido falar de trabalho. E ai, é claro, todos ficaram sem assunto. As crianças jogavam bola no quintal, as mulheres preparavam a salada, os homens ajudavam no fogão. Música caipira no 3 em 1. Fiquei pensando se era o mesmo 3 em 1 que o Collor havia dito que era melhor que o dele. Deveria ser, pois a sonoridade era péssima.
O Lula tava sentado na grande mesa. Dia de folga, nem pra cozinha foi.
- Sabe, tem uma coisa que às vezes eu fico imaginando – disse ele.
- São esses meus bodes que eu tenho aqui na chácara, essa meia dúzia de bodes que tão ali naquele cercadinho.
Abriu os braços e fez um movimento amplo, como a libertar os bodes do pequeno curral.
- Eu fico pensando nesses bodes todos pastando naquele gramado que tem em volta do Palácio do Planalto, aquela graminha verde e tenra que tem em volta da casa do presidente.
E riu da própria piada. Pegou um violão que tinha em cima da mesa e caminhou até a rede. Pediu para o filho trazer o outro violão e ficaram lá, ensaiando uma moda.
Segunda feira passada falou na televisão ao meio dia, na condição de presidente eleito. São Paulo parou. As pessoas que caminhavam no centro se amontoaram em frente aos bares para assistir o pronunciamento. Os funcionários deixaram de lado o que faziam e ligaram a televisão, o rádio de pilhas. Os taxistas do ponto deixaram a conversa de lado e aumentaram o volume do rádio.
O que está acontecendo?
É o Lula, o presidente. Está fazendo o pronunciamento.
Não era a final da copa do mundo. Era o presidente agradecendo ao povo. Não falou dos bodes. Mas falou de união, de respeito, de dignidade. Falou de esperança.
Sinto-me um bode libertado.
(por Marques Casara)

segunda-feira, 28 de outubro de 2002

Power to the people: o dia seguinte a um dia histórico
Ontem de noite fui comemorar na rua. E vi a festa cívica mais bonita da minha vida, talvez só igualada aos comícios do movimento Diretas Já. Logo depois que Lula fez seu pronunciamento como presidente eleito, o povão cantou junto o hino nacional. Foi lindo olhar as pessoas nos olhos, falar com elas sem precisar de palavras. De arrepiar! Um personagem, entre tantos, me chamou a atenção: um sujeito vestido com uma roupa engraçada verde colante, com capa e óculos grandes. Na roupa tava escrito: Super-cidadão. Essa fé coletiva numa vida mais justa, por mais ingênua que possa parecer, é poderosa. É energia em estado puro, água jorrando em comportas abertas de milhões de Itaipus. A mudança é inevitável.
*
Hoje vi muita gente rindo "à toa". Ressaca de festa boa que lavou a alma. De tarde, li a notícia que Lula pretende criar uma Secretaria Emergencial de Combate à Fome, já no dia primeiro de janeiro. Prioridade acertadíssima: um país não vai pra frente com suas crianças de barriga vazia. No Jornal Nacional ele enfatizou essa obsessão: fazer com que todo brasileiro possa ter direito a três refeições por dia. Um dia vou poder mostrar ao meu menino os jornais de hoje e dizer: "Filho, você nasceu num tempo difícil, mas maravilhoso, porque as pessoas não tinham vergonha de sonhar".

sábado, 26 de outubro de 2002

Serviço de xarjincasa

Frank Maia

Tudo pronto pra goleada
Bela capa do Página 12, da Argentina:


Pagina 12

quinta-feira, 24 de outubro de 2002

Feliz
Contagens regressivas. Três dias pra eleição de Lula. Três semanas pro nascimento de Miguel. Hoje fizemos o último ultra-som. O garotão tá saudável e já pesa 3,2 kg. Que emoção ouvir seu coração batendo, vê-lo se mexer na barriga de Laura! Tenho a maravilhosa certeza de que este nascimento vai ser o grande marco das nossas vidas. A.M. e D.M. - Antes de Miguel e Depois de Miguel.

Tá chegando a hora
Estive no comício de Lula ontem no Largo da Alfândega. Foi o último de sua campanha. Da parte dele, não senti clima de sapato alto, e sim a consciência aguda de viver um momento histórico. O PT vai assumir o poder com uma enorme responsabilidade, a de saciar a sede de justiça de milhões de brasileiros. Lula sabe muito bem: pode até cometer alguns erros nesse caminho - e provavelmente o fará. Mas não pode se dar ao luxo de falhar nesse compromisso. O Brasil é um dos países mais injustos do mundo e PRECISA mudar. Tou muito otimista. Não haveria momento melhor pra ter um filho.

quarta-feira, 23 de outubro de 2002

Serviço de Xarjincasa do Frank

Frank Maia

terça-feira, 22 de outubro de 2002

Lula sem barba no blog de Mário AV

An open letter to the president of the United States of America
A íntegra da carta de Sean Penn

domingo, 20 de outubro de 2002

Isso é cinema
Vi hoje o excelente Janela da Alma, documentário de João Jardim e Walter Carvalho. O filme reflete sobre a importância do olhar pra quem tem problemas de visão. Traz 19 depoimentos, entre eles os de Wim Wenders, José Saramago, Hermeto Paschoal, Marieta Severo, João Ubaldo Ribeiro, Manoel de Barros. Tem um final lindo que me fez chorar.

Carta aberta contra a guerra
Um dos melhores atores americanos da nova geração, Sean Penn, publicou na sexta-feira em anúncio no Washington Post uma carta aberta a George Bush, criticando a postura belicista do presidente americano, a manipulação do debate e as ameaças às liberdades civis. Penn, que é um dos meus atores favoritos, ganhou também minha admiração como homem de coragem e princípios.
[via Nando]

Vídeos catarinas
Um toque do Silvio que vale conferir:
O Museu da Imagem e do Som (MIS/SC) e a Cinemateca Catarinense realizam entre 21 e 26 de outubro o 4º Catavídeo - Mostra de Vídeos Catarinenses. O evento acontece no Espaço Multimídia, Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. A edição desse ano conta com 46 vídeos inscritos, dos mais variados estilos e sobre os mais variados temas. Todos os trabalhos inscritos são exibidos, o que torna a Mostra uma das mais ecléticas do país. Este ano haverá apresentação de vídeos de surf, skate, clips de bandas, filmes trash, documentários e outros de caráter experimental.

Serviço de Xarjincasa

Frank Maia

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Humor nordestino
Pra ler, ouvir e gargalhar: site do Mução

Frase lúcida pinçada de um editorial
"Se José Serra está em dificuldade, não é porque a nação virou petista. Em primeiro lugar, é porque o governo fracassou. Agora, pergunto: por que o bom cabrito não teria de berrar?"
Mino Carta, editor de Carta Capital e um dos melhores jornalistas do Brasil

Nos labirintos da tradução
A Carta Capital desta semana traz uma ótima matéria sobre casos de traição ao texto original das obras. Na primeira edição de Uma breve história do tempo, de Stephen Hawking, por exemplo, foram identificados 714 erros crassos de tradução - uma média de 2,7 por página. Coisas como o sobrenatural "diretamente do além" em vez de "verticalmente" (directly overhead). A polêmica rendeu até duas teses de pós-graduação. No romance O jogo de amarelinha, de Julio Cortázar, o tradutor confundiu lechuza (coruja) com lechuga (alface) e produziu uma alface empalhada em cima de uma escrivaninha. Em Rebeldes Primitivos, outra pérola: um tal de General Will, militar citado freqüentemente no texto, na verdade era "vontade geral". Seria engraçado se não fosse um atentado à cultura. Pra economizar, as editoras contratam profissionais pouco qualificados e prestam um desserviço aos leitores.

sábado, 19 de outubro de 2002

Café do BraZil: o sabor amargo da crise

Foto Sérgio Vignes


Já está na web a reportagem que fiz com a colega jornalista Débora Lerrer e o repórter fotográfico Sérgio Vignes sobre a crise social na cafeicultura brasileira. A versão impressa foi publicada no dia 18 de setembro em São Paulo durante o lançamento de uma campanha mundial da Oxfam, O que tem no seu café?. A publicação foi editada pelo Observatório Social em parceria com CUT, Contag e Oxfam Internacional.

Versão html

Versão pdf

Mídia, eleições e propaganda subliminar
Excelente a nota de Mário AV: "Operação Portugal" ou A mídia que não assume o que pensa. Até o momento ela já tem 29 comentários. Traz um debate de qualidade rara no meio blogueiro. Acrescento um detalhe curioso sobre cores e propaganda subliminar que uma amiga me chamou a atenção: recentemente a Veja publicou reportagem com o tema "Mentira" em cor vermelha na capa (leia-se Lula). Pouco depois, na semana da eleição, ela veio com a manchete "Você decide" e cor azul na capa (leia-se Serra). Coincidência tem limite.

sexta-feira, 18 de outubro de 2002

"A fantasia do medo é aquele perverso simiesco duende que pula sobre as costas do homem quando ele carrega justamente o fardo mais pesado."
Friedrich Nietzsche, filósofo alemão ("Humano, Demasiado Humano. Um Livro para Espíritos Livres")

quinta-feira, 17 de outubro de 2002

Contagem regressiva
Faltam quatro semanas pra Miguel chegar.

Cegonha
Zé Dassilva vai ser papai! Thaís vai ser mamãe! Tou muito feliz pelos amigos.

Cidade dos Homens (2)
Comentário lúcido do brodinho Marques Casara sobre a nova minissérie da Globo:
"Muita gente não gostou. Também quero dar minha opinião. Não acho que a série seja ruim. Acho até muito boa, bem escrita e bem dirigida. Esteticamente requintada e muito bem fotografada. Tem poucos efeitos especiais e usa muito a câmera na mão, o que dá esse efeito realista. Acho também que a TV Globo deixou para trás boa parte daquela mania de retratar um Brasil irreal, inclusive no Jornal Nacional. Na linha de show, as telenovelas há muito se tornaram um produto de grande valor cultural. Têm um papel central no processo de formação do imaginário brasileiro, o que é maravilhoso. Temos a mania de ver a cultura popular por uma perspectiva elitista e extremamente conservadora, baseada em modelos lineares. Conhecemos um pouco mais do que nosso próprio bairro e gostamos de palpitar a partir de valores preconcebidos. Numa perspectiva teórica, acho que a base da transformação social não está no emissor (TV Globo), mas no receptor (nós e as donas de casa). Cidade dos homens retrata o dia-a-dia a partir do receptor das mensagens e dos excluídos socialmente. Por isso achamos uma merda. Pertencemos a uma classe média que não gosta de ser esquecida na programação. Quando acontece, nos apavoramos. Estão de parabéns a TV Globo e a produtora O2."
Concordo 100%.


Candidato que apela ao terror não merece a presidência
Depoimento que a atriz Paloma Duarte deu no programa eleitoral desta quarta-feira:
"Eu estava ontem à noite na minha casa, com meu marido Marcos, e a gente estava assistindo ao programa eleitoral do José Serra. Há muito tempo eu não me sentia tão revoltada. Eu me senti desresepeitada, me senti violentada como cidadã brasileira, como eleitora. Veja bem, eu não estou aqui para falar mal de ninguém. Eu vim aqui registrar o meu protesto. Eu procurei o pessoal do Lula e pedi para vir aqui fazer esse depoimento. Para dizer o quanto eu estou chocada com o uso do terrorismo, com o uso do medo numa campanha para presidente da República do meu país. Será que já não basta o medo que o Brasil vive no seu dia-a-dia? O medo de você sair na rua e ser assaltado, o medo de milhões de brasileiros desempregados que não sabem como sustentar suas famílias, o medo de você morrer doente na fila de um hospital público. A eleição vai passar. O Brasil continua. E eu quero dizer que um candidato que precisa aterrorizar a população brasileira em vez de se calcar às suas próprias virtudes para tentar se eleger não merece meu respeito. Não merece minha confiança, e, no meu entender, não mereceria jamais ser Presidente da República."

quarta-feira, 16 de outubro de 2002

Cidade dos homens
E pra não falar só de lixo na TV: que coisa BOA essa minissérie da Globo com os meninos atores de Cidade de Deus! O primeiro episódio mostrou os amigos Acerola e Laranjinha tentando descolar dinheiro pra ir ao passeio da escola em Petrópolis. Roteiro muito bem bolado. Enquanto a professora ensinava sobre as guerras napoleônicas e a vinda da família real pro Brasil, eles viam de perto a guerra de quadrilhas na favela. As gravações foram no Morro Dona Marta, pertim de onde morei em Botafogo. Não perca os próximos capítulos.

terça-feira, 15 de outubro de 2002

Baixaria
E a Regina Duarte, hein? Que coisa asquerosa a participação dela na propaganda de Serra. Apelar pro medo do caos é golpe baixo.

Zé Simão: "Entendi a mão aberta do FHC: dólar a R$5!!!"

segunda-feira, 14 de outubro de 2002

Lendo
Cidade de Deus
No aeroporto de SP comprei Cidade de Deus, de Paulo Lins. Porrada! Tão bom quanto o filme. Em duas horas devorei 50 páginas. Também andei folheando um livro maravilhoso na casa do Blue e da Cris: Shantala, um manual que ensina a técnica de massagem indiana pra bebês. Pretendo comprar e manter na cabeceira da cama. Outros dois companheiros de leituras aleatórias nas últimas semanas: A arte da felicidade, do Dalai Lama (simplicidade+profundidade+bom humor); e Zen e a arte da manutenção de motocicletas - uma investigação sobre valores, de Robert Pirsig (bela viagem filosófica).

Domingão de praia
Dia gostoso com Laura & Miguel no Campeche, bem no visual da foto aí do banner. Silvio também tava lá, surfando. Almoçamos juntos no Canto da Lagoa. Camarão frito no alho e óleo e postas de anchova. Hmmm...

Pesquisa
Datafolha de sexta: Lula 58%, Serra 32%. Pra virar esse jogo, Serra teria que ganhar mais de um milhão de votos por dia até a data da eleição. Mas não quero cantar vitória antes do tempo...

Bali
Fiquei chocado com o atentado na Indonésia. Que loucura! Como as pessoas podem ser tão cruéis e fanáticas?

sábado, 12 de outubro de 2002

Serviço de Xarjincasa
Em Santa Catarina (56% Lula) tá tudo paziamô, bicho!


Frank Maia
por Frank Maia


Diário de bordo: Chile

Santiago


Cheguei ontem de Santiago, onde passei três dias cobrindo um seminário sindical sobre a Alca. Já estive outras três vezes na capital chilena, e sempre há coisas novas a descobrir. Santiago tem uma mistura peculiar de herança européia e indígena. É um ótimo lugar pra conhecer caminhando. Nesses dias de primavera, se destacam o verde brilhante das árvores e o pôr-do-sol dourado na neve dos Andes, que dominam a paisagem. Vivi dois momentos especiais: o primeiro foi uma partida de xadrez que joguei contra um rapaz tetraplégico. Ele vende bijuterias na feira de artesanato de Santa Lucía. Curtimos uma boa hora de comunicação não-verbal. Dei trabalho, mas ao final ele me ganhou e ficou contentíssimo. O segundo momento foi no próprio seminário. Os líderes sindicais do Cone Sul estão eufóricos e em grande expectativa quanto às eleições brasileiras. Todos se dão conta do que a vitória de Lula pode significar em mudança pra todo o continente. Alguns se referiram com emoção a Simón Bolívar e ao ideal de união latino-americana. Fiquei tocado com o sentimento de irmandade em torno desse sonho.

terça-feira, 8 de outubro de 2002

Pausa pra uma rápida viagem de trabalho. Volto em alguns dias. Ah: espero que você não precise, mas esse site um dia pode lhe ser útil: Como dar nós em gravatas

Expectativa
Mais três semanas de suspense. No meu caso a expectativa é dupla: Miguel deve chegar por volta de 10 de novembro. Sinto que vai tudo correr bem e a alegria também vai ser em dobro.

domingo, 6 de outubro de 2002

sexta-feira, 4 de outubro de 2002

Eleição brasileira repercute na Europa
The Economist
A revista britânica The Economist traz reportagem de capa sobre a ascensão de Lula e o pavor que a eleição dele - tida como praticamente garantida - provoca nos mercados financeiros. Em mim e em milhões de brasileiros isso tá é lavando a alma. Na noite de 6 de outubro, espero soltar um grito de alegria que tá preso na garganta desde 1989.

quarta-feira, 2 de outubro de 2002

Seria pelos lindos olhos azuis?

Frank Maia
Serviço de Xarjincasa por Frank Maia

terça-feira, 1 de outubro de 2002

Reta final

Vote 13


Laura, Miguel e eu fomos ontem à noite ao comício de Lula em Floripa. Emocionante! Apesar da chuva, o Largo da Alfândega tava cheio de gente disposta a ouvir o futuro presidente. Lula falou sobre o aprendizado com as derrotas anteriores. Sobre sua luta pra que as pessoas possam ter dignidade e educação. E disse que está de bem com a vida. Havia no ar um sentimento geral de euforia por compartilhar um momento histórico. Fiquei emocionado de estar lá com meu filho por nascer, fazendo parte desse sonho coletivo. O Brasil vai mudar.