quinta-feira, 30 de julho de 2009

Alasca de carro

Gabi Veras e Mike Smele se preparam pra ir de Calgary (Canadá) ao Alasca de carro. Minhas partidas de xadrez online com o Mike (e minhas sucessivas derrotas) vão ter um intervalo por um tempo. No retorno eles trocam a petrolífera Calgary - onde passaram os últimos dois anos - pela cosmopolita Toronto, onde viviam antes. Ela vai registrar a aventura num blog. O cartaz acima foi feito pelo irmão dela, Juca, nosso vizinho de bairro no Campeche. Só pra ver os pinguins é que eles vão precisar dirigir beem mais. Boa viagem!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Humanity Photo Awards

A amiga Tatiana Cardeal é uma das ganhadoras do prêmio Humanity Photo Awards, concedido pela CFPA (China Folklore Photographic Association), com a chancela da Unesco, aos fotógrafos que se destacam pelo registro e proteção da herança cultural e folclórica do planeta. O maravilhoso trabalho da Tati com indígenas, quilombolas, comunidades extrativistas etc. dispensa maiores apresentações, já fiz outras referências aqui no blog. A premiação vai ser no começo de setembro em Guangzhou, no sul da China. Será que vão deixar ela falar ao microfone?

terça-feira, 28 de julho de 2009

Há piadas e piadas

Dia desses contei uma piada pro Miguel e ele ficou me olhando. Perguntei: - Gostou? E ele, sério: - Gostei. Agora conta uma engraçada. :)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Banho


Banho, originally uploaded by dveras.

Esta foto foi tirada em 1970 nos arredores de Manaus, que na época tinha uns 100 mil habitantes (hoje tem 1,7 milhão). Um passeio frequente que fazíamos era ir aos "banhos", lugares onde passam igarapés, pra assar peixe e curtir o mato. Boa parte desses riachos cor de mel se transformaram em esgotos fétidos no entorno da metrópole inchada. Mas no momento em que esse instantâneo foi tirado, tudo isso era só o futuro imprevisível.

Tenho quatro anos e estou sentado ao lado de minha mãe Sara. Meu mano André, com dois anos, está no colo da nossa babá Inês - cearense que ajudou a nos criar e, encantada com Manaus, terminou ficando por lá, onde vive até hoje, trabalhando para uma congregação de padres (um dia conto mais sobre as histórias fantásticas que ela contava pra gente dormir). No fundo, de pé, à esquerda está meu pai Camillo e à direita meu cunhado Pedrão, que na época ainda era namorado da minha irmã Lubélia - provavelmente ela é a autora da foto.

domingo, 26 de julho de 2009

Girafa


Girafa, originally uploaded by dveras.

Começo hoje uma nova série no blog: fotos de infância. Talvez algumas tenham interesse pra você, possivelmente a maioria não. Isso é irrelevante pra mim (se você me conhece ou acompanha DVeras em Rede há tempo, sabe que não se trata de descaso com o leitor, e sim o compromisso primeiro com o que me importa publicar, antes de qualquer consideração com o que os outros querem que eu publique). Encaro esse material como uma espécie de terapia empírica de autoconhecimento (sou só um grande curioso; meu amigo Ayres Marques, que trabalha com fototerapia na Itália, sabe bem como isso funciona).

Um prólogo com idas e vindas no tempo e no espaço pra explicar como recuperei essas fotos: minha mãe Sara era aficcionada por fotografia. Durante os dois anos em que vivemos em Manaus ela tirou centenas de slides em suas viagens como enfermeira num navio-hospital que atendia as comunidades ribeirinhas no estado. No meio dessas, muitos flagrantes familiares. Ela também clicou muita coisa antes (Recife) e depois da nossa temporada amazonense (Recife e Natal). Com sua morte em 1990, os slides ficaram com meu irmão André. No ano passado estive em Natal e levei alguns, guardando-os na gaveta com a vaga intenção de um dia escaneá-los.

Esse dia chegou na semana passada, quando recebi a visita do Michel e da Cecília, amigos e vizinhos de bairro aqui no Sul da Ilha de SC. Michel é um francês que conheci no Thorn Tree, fórum de viajantes do saite Lonely Planet, e que hospedamos em 2001 no apartamento que morávamos na Serrinha. Ele fazia uma escala na viagem de bicicleta do Alasca à Terra do Fogo. Em Floripa apaixonou-se - coincidentemente, por uma amiga minha, colega de Aliança Francesa -, largou a vélo e fixou residência.

Passaram-se oito anos. Há poucos dias, recorri ao serviço profissional dele pra consertar um computador (aliás, recomendo: twi.web [arroba] gmail [ponto] com). Ao tomarmos um café, comentei dos slides guardados na gaveta e ele se ofereceu pra digitalizá-las, como retribuição àquela longínqua hospedagem. Enfim, o material está na mão em forma de bits e bytes. São quase 800 fotos, muitas delas em mau estado de conservação, outras com as cores já meio desbotadas ou alteradas. E elas são só o começo, meu irmão tem muito mais no baú de tesouros dele. Tenho me divertido em doses homeopáticas com a restauração caseira desse material no fotoxópi e com as evocações que essas imagens trazem.

Esta foto, por exemplo, foi tirada em Recife em 1968, quando eu tinha dois anos de idade. O mais importante dela aparece no canto direito: a girafinha, o brinquedo preferido da minha primeira infância. Já contei aqui: o bichim apitava quando a gente apertava a barriga. Meu irmão André detestava o barulho do apito. Um dia a girafa sumiu. Passou um tempão até que alguém, limpando o alto do guarda-roupa, achou o brinquedo escondido. Depois disso a girafa ainda durou um tempão, até que sumiu pra sempre, numa das trinta e tantas mudanças que já fiz. Que bom revê-la.

sábado, 25 de julho de 2009

Música pra escutar no útero


Miguel, você ouviu esta música de Bach muitas vezes quando estava na barriga da mãe. E até hoje gosta, antes de dormir. Lindos, né? O som e você.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Mon Chinois


Melhor curta-metragem segundo o júri popular (RJ) do Anima Mundi. Em francês com legendas em português.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Futebol divino


As freiras franciscanas missionárias, conhecidas em Loreto, na Itália, como Freiras do Lírio, praticam uma modalidade estranha de futebol para se manter em boa forma. O fotógrafo brasileiro Ayres Marques Pinto conseguiu, secretamente, filmar uma sessão de treino dentro do convento de Loreto. Quem pensa que a vida das freiras seja feita somente de oração e trabalho deve assistir este raro documento histórico.
[via Ponteblu]
~
Perguntei pro Ayres como ele tinha conseguido as imagens - se foi difícil obter a autorização das irmãzinhas. "Elas nem perceberam, entrei disfarçado de freira", disse. :) Brincadeira. "Estamos fazendo um trabalho de fototerapia e autobiografia, além de um montao de presepada", conta.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Almost Blue


Sobre esta música não há o que comentar. É ouvir e sentir.

Nicarágua, 30 anos



O amigo Lúcio Lambranho, repórter da publicação digital Congresso em Foco, recentemente esteve em Honduras cobrindo o golpe de Estado e está agora na vizinha Nicarágua. De lá, tem enviado uma série de reportagens sobres os 30 anos da revolução sandinista. Recebi um tocante e-mail dele e reproduzo uns trechos:

...Os dias aqui tem sido emociantes demais. ...Os hondurenhos, tomara que eu esteja errado, já estão a bordo de uma guerra civil de consequências totalmente imprevisíveis.

Já na Nicarágua, que também está nessa lista dos três mais pobres junto com a vizinha Honduras e o Haiti, as emoções têm sido muito à flor da pele. Já chorei várias vezes nesses dias. De tristeza por não poder fazer algo mais efetivo por eles e com suas histórias de sofrimento e muita coragem. Não é fácil chutar a bunda, como eles fizeram, ao mesmo tempo de um ditador genocida e dos Estados Unidos.

Mas espero que no Brasil, minhas matérias possam conscientizar pelo menos algumas pessoas sobre a dureza em que vivem os mais pobres na América Central. Pelo menos é essa minha missão e estou trabalhando duro pra cumpri-la.

E chorei de alegria também. É como a realização de um sonho estar esses dez dias aqui e nessa data tão marcante. Era algo que buscava desde a faculdade e no dia que ganhei o Veias Abertas da América Latina da minha querida mãe há mais de 20 anos.
Parafraseando Bukowski sobre os escritos de John Fante, finalmente um repórter que não tem medo da emoção.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

S.O.S. Ilhabela


Trailer do documentário S.O.S. Ilhabela, que estreia em agosto em São Paulo. A produção é da Papel Social Comunicação.

Primeiras impressões musicais

Bruno, ouvindo Hermeto Pascoal pela primeira vez:
- Parece um monte de abelha chorando.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Do fundo do baú, serestas de Seu Edmilson


Seu Edmilson foi um talentoso seresteiro do Rio Grande do Norte, boêmio de alma generosa e grande amigo da minha família, falecido há muitos anos. Estas músicas foram gravadas em fita cassete no início da década de 1980, na nossa casa em Ponta Negra, Natal, e digitalizadas de forma caseira em 2009 por meu irmão André. Evocam um tempo doce e mais ingênuo, lua cheia, cheiro de mar trazido pela brisa. Destaco a bela canção 'Praieira' (composição de Eduardo Medeiros sobre poema de Otoniel Menezes, 1922) espécie de hino da cidade do Natal. Fica aqui esta pequena homenagem a um homem bom, apaixonado pela música e pelas alegrias simples da vida.

p.s.: Apreciaria se algum voluntário com conhecimento e equipamento disponíveis pudesse "limpar" o som.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Usos criativos e inovadores do vídeo online

Os dois vídeos abaixo são exemplos de inovações que vêm sendo experimentadas na linguagem audiovisual na internet. O primeiro é uma demonstração de uma câmera que grava imagens de alta resolução em velocidade lentíssima. O outro, uma forma simples e criativa de explicar o que é "energia vampira", aquela que os aparelhos eletrodomésticos consomem em modo standby. Pesquei-os no 10000 words, site sobre as conexões entre jornalismo e tecnologia. Há outros muito interessantes, como o mashup duma imagem com um mapa: num canto do quadro, vemos um carro rodando por uma cidade europeia (visão do motorista) e no lado esquerdo, um mapa indicando simultaneamente o percurso. Há também outro que ajuda a aprender a tabela periódica de elementos de um jeito bem lúdico. Dá pra pensar em aplicações interessantes no jornalismo, na educação e em outras áreas.

SprintCam v3 NAB 2009 showreel from David Coiffier on Vimeo.



Barca dos Livros, agora com lanche e buscador

Vai passar pela Lagoa da Conceição (#floripa)? Uma opção legal é dar uma paradinha na biblioteca Barca dos Livros, onde agora funciona também um café com petiscos mineiros. Antes de sair de casa, dá pra fazer a busca de livros aqui. Já são 8.267 obras cadastradas. A Barca fica perto da pontezinha da Lagoa, perto do atracadouro.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Brunitezas: preferência de peixe

Ele: -Pai, pede pra mãe trazer peixe montado.
Eu: - O que é isso, Bruno?
Ele: - Peixe com cabeça e rabo.
Eu: - Por que você quer peixe montado?
Ele: - Pra comer o olho do peixe.

(e no almoço, realmente ele comeu).

domingo, 12 de julho de 2009

Os premiados na 8a. Mostra de Cinema Infantil

Recebi da assessoria de comunicação da Mostra e passo adiante.

As férias do Lord Lucas, de Tatiana Nequete, foi eleito melhor curta-metragem da 8ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis. Em segundo e terceiro lugar, respectivamente, ficaram os filmes Kata, de Márcio Schoenardie, também do Rio Grande do Sul, e A menina espantalho, de Cássio Pereira dos Santos, do Distrito Federal. Participaram da Mostra Competitiva deste ano 68 filmes de todo país.

O vencedor recebe o prêmio de R$ 1.000,00. “Nesta edição, além do júri mirim, composto por dez crianças de 7 a 12 anos, tivemos sete adultos participando da avaliação para ampliar o olhar”, apontou Melina Curi, curadora e coordenadora audiovisual da Mostra.

Tatiana Naquete, diretora de As férias do Lord Lucas, conta que o filme surgiu a partir de uma série de memórias de sua própria infância. “Toda a equipe trabalhou muito sintonizada, é um trabalho do qual me orgulho muito e sou grata a todos por isso”, afirmou. Para ela, participar da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis é um privilégio. “É uma chance que temos de levar o nosso trabalho para diferentes públicos”, enfatizou.

Mostra seleciona dois projetos de longa-metragem

Dois projetos venceram o pitching da 8ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis: o brasileiro Tainá 3, da Sincrocine/Tiete (RJ) e o argentino El Inventor de Juegos, da Pampa Filmes. Nesta segunda edição do pitching concorreram seis projetos do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Argentina.

El Inventor de Juegos participará do Cinekid (Festival Internacional de Filme, Televisão e Novas Mídias para Crianças), em Amsterdã, na Holanda, em outubro de 2009. Tainá 3 irá ao fórum de financiamento no BUFF (Festival de Cinema para Crianças e Jovens de Malmö), na Suécia, em março de 2010.

O objetivo do pitching é ampliar a coprodução brasileira e latino-americana, estimular as coproduções internacionais e o intercâmbio de ideias para o cinema infanto-juvenil.“Já é o segundo ano que fazemos o pitching, pois percebemos a necessidade de incentivar o desenvolvimento do cinema para este publico”, afirma Luiza Lins, diretora da Mostra.

Juan Pablo Buscarini, diretor de El Inventor de Juegos, acredita que o pitching dá legitimidade aos produtores no exterior. “Participar desses eventos na Europa, a partir desta seleção em Florianópolis, faz com que a gente tenha o respaldo de organizações internacionais. É uma oportunidade privilegiada e eficaz. Daqui vamos com categoria, ser ouvidos com mais atenção”.

O representante do projeto do longa Tainá 3, Ralf Tambke, entende que o pitching realizado em Florianópolis é uma troca de ideias que desperta para o potencial que o cinema brasileiro tem no mercado internacional. “O cinema é uma ferramenta para aproximar o Brasil de outras culturas e, até mesmo, gerar negócios. Com essa oportunidade da Mostra de Cinema Infantil, podemos perceber as necessidades e as demandas. As histórias que estamos fazendo têm que ser originais e devem ter alcance mundial”.

Sannette Naeyé, diretora do Cinekid, o festival de cinema infantil mais importante da Europa, diz que agora os produtores precisam aproveitar a oportunidade para criar uma rede internacional e conhecer possibilidades de coprodução. Para os projetos que não foram selecionados, a holandesa deu alguns conselhos. “É preciso treinar mais para participar dos pitchings, a primeira impressão sempre é muito importante. As possibilidades são grandes no Brasil, mas isso não é suficiente. Trocar experiências aumenta a qualidade dos projetos, do trabalho, e isso está faltando”.

A experiência de participar de fóruns de coprodução fora do Brasil é muito rica para as produções brasileiras. “A iniciativa do pitching é muito positiva, dá força para a Mostra. Acredito que mais ações nesse sentido deveriam ser realizadas para que o cinema infanto-juvenil possa, definitivamente, deslanchar no Brasil”, diz Luiza Lins.

O projeto vencedor no 1º Pitching da Mostra de Florianópolis foi Eu e Meu Guarda-Chuva, longa-metragem do diretor Toni Vanzolini, que está sendo produzido pela Conspiração Filmes (RJ). Graças à participação do diretor no fórum de financiamento do Festival de Malmö, em 2008, Vanzolini fechou uma coprodução para a finalização de áudio na Suécia.

sábado, 11 de julho de 2009

Entrevista sobre o AI-5 Digital


Lúcida, contundente, libertária. Recomendo com ênfase esta entrevista que o professor Idelber Avelar, autor do blog O biscoito fino e a massa, concedeu à TV Assembleia de Minas Gerais. Ele denuncia o 'AI-5 Digital', projeto do senador tucano Eduardo Azeredo que criminaliza diversas práticas comuns na internet.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Kommbo Express Floripa


Amigos das antigas, agora tuitando. Da esquerda pra direita: @frankmaia, @rogeriomosimann, @esquerdafestiva (Ulysses Dutra) e eu. Foto de @danielguilhamet.
Mais fotos do Kommbo aqui.

Ontem à noite fui conferir o Kommbo Express, evento promovido na Art Chopp da Lagoa da Conceição pela ZeroTrack Inteligência Digital. A divulgação, feita basicamente via twitter, blogs, e-mails e boca-a-boca, garantiu casa lotada. Duas palestras rápidas sobre criatividade no meio digital abriram a noite, seguidas de música dançante e muita networking tuiteira - pululavam pessoas com crachás iniciando em @. Não usei crachá, mas foi engraçado ter sido reconhecido pelo @geraldoprotta, que, assim como outras pessoas, transmitiu imagens do evento ao vivo pelo qik. Pra molhar o bico, chope e cervejas da Eisenbahn, com preço salgado, mas deliciosas.

Gostei da minipalestra do @tiagomx ("Construindo o Digital"). Em 20 minutos ele resumiu ideias interessantes e casos de sucesso/fracasso em intervenções digitais, falou de amizades, sanduíches e rizomas de maneira informal e divertida (confesso que pouco captei da segunda palestra, exceto a observação de alguém de que não é bom negócio a profissão de barbeiro na Argentina, mas àquela altura já eram várias cervejas na cabeça). Mas senti falta da boa e velha interatividade, com perguntas, interrupções e questionamentos. Bom, essa é uma observação limitada ao presencial, pois enquanto as coisas aconteciam na choperia, um monte de gente participava de outras formas, tuitando, fotografando e filmando, o que permitiu ampla participação virtual. Depois das palestras rolou som com os DJs Ulysses Dutra (@esquerdafestiva), @fabiobianchini, Marquinhos Espíndola (@marquinhose), Jhon (@joaomdm), Tiago Franco (Blog da Devassa) e Victor A.

Conheci gente legal com quem só tinha trocado ideia virtualmente, como o próprio Tiago, o Marquinhos e o Alexandre Silva (@trektrek). E encontrei uma cambada de broders de longa data: Frank Maia (@frankmaia), Caio Cezar (@cambalhota), Rogério "Magrão" Mosimann (@rogeriomosimann), Ulysses Dutra (@esquerdafestiva), Zé Dassilva (@zedassilva, de passagem pela Ilha), Vincent Pasquier (@vinzbrazil, firme e forte, se recuperando de uma queda de moto), Alexandre Gonçalves (@agenteinforma) e o recente amigo Rodrigo Lóssio (@lossio). Cumprimentei a Dora (@dora_), o Felipe (@obrer) e outras pessoas de passagem, não deu tempo de conversar. Em resumo, foi uma noite bem divertida. Gosto dessa combinação informal de palestra+festa. Sugestões pros próximos: mais estímulo à participação das pessoas no debate; foco em temas menos genéricos e mais polêmicos; espaço físico maior e mais arejado. Fecho com comentário do amigo @johnniezanatta, que não pôde ir e foi conferir as fotos: "Nem só de nerds vive a rede social". :)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Fora Sarney - A queda do bigodão


Já vi outras adaptações desse trecho do filme A Queda, mas esta é a mais engraçada de todas. Dica do Frank.

Narração do Desenvolvimento de Florianópolis


Peguei emprestado esse vídeo sensacional no blog Pensamentos Públicos, da Aline. O cunhado dela (irmão do Gustavo), Marcelo Cabral, professor do Departamento de Arquitetura da UFSC, faz a narração do desenvolvimento de Floripa em ritmo de partida de futebol. Ele está acompanhado dos alunos da turma de Introdução ao Planejamento Urbano e Regional da Engenharia Sanitária, num boteco ao lado da universidade. Isso é que é aula!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Vozes do passado

Acabo de ouvir uma gravação preciosa de 23 minutos e 20 segundos que me transportou à infância. Foi feita em Recife em 1973, numa fita cassete, por minha mãe Sara. Participamos eu, com sete anos, meu irmão André, com cinco (ele digitalizou o material e me enviou hoje) e nosso então caçula Camillinho, com um ano e pouco. Minha mãe puxa conversa e registra nossas brincadeiras de bonecos, girafas fugindo de zoológico, homem de ferro mergulhando no mar com um campo de força pra não enferrujar, herói dando chinelada em bandido, balbucios do pequeno, dizendo "cumã" (comida), "bibi" (chave do carro), dando risadas gostosas... Ela diz que um dia, quando a gente crescer, vai gostar de ouvir isso. Julho de 2009. Tou aqui, aparentemente crescido. Ouço emocionado junto com Laura, Miguel e Bruno, que não chegaram a conhecer a sogra/avó Sarita - ela morreu aos 50 anos, em 1990. Os sons estão nítidos, bem preservados. Três meninos brincando e uma mãe feliz de 33 anos, pouco antes da hora do almoço num dia qualquer. Momento eterno.
~
Carpe diem (Odes, Horácio)
...
Colhe o dia, confia o mínimo no amanhã
Não perguntes, saber é proibido, o fim que os deuses
darão a mim ou a você, Leuconoe, com os adivinhos da Babilônia
não brinque. É melhor apenas lidar com o que se cruza no seu caminho
Se muitos invernos Júpiter te dará ou se este é o último,
que agora bate nas rochas da praia com as ondas do mar
Tirreno: seja sábio, beba o seu vinho e para o curto prazo
reescale as suas esperanças. Mesmo enquanto falamos, o tempo ciumento
está fugindo de nós. Colhe o dia, confia o mínimo no amanhã.

Recebi do Tiago Jaime Machado e passo adiante:

Kommbo debate criatividade no meio online em Florianópolis

Evento organizado Zerotrack Inteligência Digital irá abordar como a criatividade digital pode ser construída e descontruída, abordando o que há de mais recente em comunicação, web, novos meios e tendências. O Kommbo é um encontro para trocar ideias e conhecer os produtores de conteúdos das chamadas novas mídias. O evento procura ainda demonstrar algumas destas ferramentas, além de ser um bate-papo informal, com muita informação e diversão.

Esta é a quarta edição do evento, que desta vez realizará duas palestras envolvendo o mesmo tema: Criatividade. Tiago Jaime Machado, diretor de Criação da Zerotrack, falará sobre “Construindo o digital”. Machado atua há dez anos no mercado de comunicação digital.

Já Alberto Lung, antropólogo da TWR Americas, blogueiro e pesquisador de tendências e comportamentos juvenis na América Latina, abordará a outra face do digital, na palestra “Descontruindo o digital”. Após as palestras, os DJs Ulisses Dutra, Fabio Bianchini, Marquinhos Espíndola, Jhon, Tiago Franco e Victor A. farão apresentações.

O evento será às 21h do dia 9 de julho na Arte Chopp, chopperia e bruschetteria localizada na Lagoa da Conceição em Florianópolis - Rua Afonso Delambert Neto, 103/05. Inscrições e mais informações no site http://www.zerotrack.com.br/kommbo.

Frase da vez, bastante atual

'Blessed is the man who, having nothing to say, abstains from giving wordy evidence of the fact'.

George Eliot

Cinco coisas que não sou

Convocado pelo Maurício, faço mais uma famigerada listinha. Cinco coisas que não sou e gostaria de ser:

  1. Contador de piadas. Tenho profunda admiração por quem consegue captar o interesse das pessoas com boas anedotas e domina o timing de dizer coisas espirituosas reagindo a situações do momento. É uma arte dificílima. Sou fã dos comediantes stand-up e dos repentistas. Tenho uns amigos muito bons nisso, mas que ganham a vida com outras coisas.
  2. Mais independente da agenda dos outros. A fartura material até pode contribuir pra essa conquista, mas não necessariamente. Tem mais a ver com o domínio do própro tempo, a valorização do que realmente importa, certa dose de saudável individualismo e o aprendizado da arte de dizer não com um sorriso. Tenho feito alguns progressos.
  3. Poliglota. Com diferentes graus de domínio (do bom ao macarrônico), me viro em três idiomas estrangeiros, mas adoraria transitar com fluência oral e escrita por seis ou sete, assim como Tarzan e os agentes secretos da ficção (e por falar em ficção, a palavra "fluente" é uma das maiores mentiras dos currículos, né não?).
  4. Bom nadador. Sei nadar desde os sete anos e gosto muito, mas definitivamente não tenho vocação pra longas travessias ou testes de resistência. Me faltam disciplina pra treinar e espírito competitivo pra disputar milímetros de piscina com os outros.
  5. Mais disciplinado. Com esse atributo seria bem mais fácil alcançar os pontos 1 a 4. Tenho interesses muito diversos e sou multitarefa. Isso às vezes me prejudica, por desviar o foco da concentração indispensável no aprendizado de algumas coisas. Porrroutro lado... Provavelmente eu seria infeliz se fosse extremamente disciplinado. Não seria eu mesmo.
Não passo adiante a tarefa pra ninguém em especial, mas fique à vontade pra continuar a brincadeira. É um exercício legal de autoconhecimento.

Folhas de amendoeira


Folhas de amendoeira, originally uploaded by dveras.

Foto tirada com celular no Ribeirão da Ilha.

domingo, 5 de julho de 2009

A tragicomédia nossa de cada dia

Eu no notebook, na mesa da cozinha. Atrás de mim, Laura grita: 'Salva, salva!'. Rápido, salvei o doc pelo atalho do teclado. Ela: 'Aí não, no quintal! O gato tá com um passarinho na boca'. Era tarde.

sábado, 4 de julho de 2009

Ribeirão da Ilha

Sabadão lindo de inverno em Floripa. Foto com celular.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Espírito de Porco, ficha técnica


Foto: Chico Faganello

Assim como o jornalismo, cinema é trabalho coletivo. O filme é resultado do esforço dessa moçada toda:

FICHA TÉCNICA
Espírito de Porco [documentário, 52 min, HD, 2009]

Direção: Chico Faganello, Dauro Veras
Produção Executiva: Chico Faganello, Lícia Brancher
Roteiro: Chico Faganello, Dauro Veras, Eliane Faganello de Som
Pesquisa: Chico Faganello, Dauro Veras, Eliane Faganello de Som, Lícia Brancher
Fotografia e Câmera: Chico Faganello
Assistentes de Fotografia: Vinícius Lopes Muniz, Ivan Lohmann Soares, Tcharles Barbosa
Produção de Campo: Cássio Benatti, Ramirez Tapia
Edição: Cíntia Domit Bittar, Chico Faganello
Narração: Renato Turnes
Trilha Sonora: Chico Faganello
Produção Musical: Lícia Brancher
Pós Produção Som: Jorge Gómez – Studio 33; Douglas Narciso e Mateus Mira Bittencourt – Onda Sonora
Ilustração: Leandro Lopes
Designer Gráfica: Vanessa Schultz
Tradução: Regiane Capalbo; Jeffrey Hoff
Colorista: Lucas Barros

Variedades suínas


À direita, Renato Turnes, que faz a voz do porco; no centro, eu e à direita, Chico Faganello. Foto de Lucas Barros.

Espírito de Porco
rendeu entrevista do Chico Faganello hoje no Bom Dia Santa Catarina, da RBS TV, e foi capa do caderno Variedades, do Diário Catarinense.

Espírito de Porco estreia em Seara



É hoje. Como tenho compromisso inadiável aqui na Ilha, não posso ir à estreia em Seara - o Chico está lá. Devemos lançar o filme em setembro em Floripa. Segue release que enviei à imprensa.
~

Espírito de Porco estreia dia 1º de julho no Oeste de SC
Documentário de 52 minutos aborda os impactos da suinocultura industrial no meio ambiente por um ponto de vista ‘suinocêntrico’.

Espírito de Porco, documentário dirigido por Chico Faganello e Dauro Veras, estreia nesta quarta-feira, 1º de julho, em Seara, município do Oeste de Santa Catarina onde está uma das maiores concentrações de suínos do planeta. O filme aborda o impacto da suinocultura industrial no meio ambiente e no bem-estar animal, a partir de um ponto de vista inusitado: a história é narrada por um porco. Grande parte das cenas foi realizada em Seara, com ajuda da população e da prefeitura do município, que agora se empenha em debater o assunto com a comunidade.

O filme foi produzido com um prêmio de R$ 60 mil do edital de apoio à produção da Cinemateca Catarinense / Fundação Catarinense de Cultura. Uma equipe de 20 pessoas se envolveu na pesquisa e produção do média-metragem, que já estreia reconhecido pelo meio cinematográfico: foi selecionado entre 556 obras de 51 países para exibição no XI Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, realizado em junho na cidade de Goiás (GO). Renato Turnes, que faz a voz do porco-protagonista, recentemente ganhou o prêmio de melhor ator na edição 2009 do FAM – Florianópolis Audiovisual Mercosul (com o filme Ângelo, o coveiro).

O título do documentário se refere a um “espírito” suíno que volta ao mundo dos vivos para defender sua espécie das calúnias que sofre há milênios. O porco se irrita porque o acusam da poluição de rios, solo e ar. Com a participação franca de produtores, consumidores, pesquisadores e trabalhadores ligados à suinocultura industrial, o filme mostra, nestes tempos de gripe suína, que a relação entre os humanos e os animais da criação industrial tem que mudar, para o bem da saúde do planeta.

Sessões em escolas - Depois do lançamento no dia 1º, o filme será exibido em diversas sessões nos dias 2 e 3 para alunos da rede pública de ensino em Seara e para o público em geral. A temática desperta forte interesse no Oeste Catarinense, pois a criação de suínos faz parte da história e da cultura da região – gerou prosperidade e alavancou o crescimento de grandes agroindústrias, mas tem provocado graves desequilíbrios ambientais, como a poluição dos rios.

Nascido em Seara, Chico Faganello conhece a suinocultura desde criança. O cineasta espera contribuir para uma reflexão madura sobre o tema: “O porco do filme não pede que as pessoas vejam as coisas como ele vê, apenas quer que o seu ponto de vista seja respeitado”, diz. “Às vezes tentamos um tom de comédia, porque tanto humanos como porcos são bichos engraçados”. Dauro Veras, jornalista e roteirista em sua primeira experiência de co-direção, lembra que a cadeia de responsabilidades na atividade produtiva gera consequências: “O consumidor também faz parte da história, mesmo que não tenha consciência de seu papel e da sua força”.

Espírito de Porco tem estreia prevista em Florianópolis para o segundo semestre de 2009. Os diretores também pretendem exibi-lo na televisão e distribuí-lo para estimular o debate em escolas, universidades e centros de pesquisa.

Mais informações (projeto, fotos, trailer etc.): www.faganello.com