terça-feira, 21 de julho de 2009

Nicarágua, 30 anos



O amigo Lúcio Lambranho, repórter da publicação digital Congresso em Foco, recentemente esteve em Honduras cobrindo o golpe de Estado e está agora na vizinha Nicarágua. De lá, tem enviado uma série de reportagens sobres os 30 anos da revolução sandinista. Recebi um tocante e-mail dele e reproduzo uns trechos:

...Os dias aqui tem sido emociantes demais. ...Os hondurenhos, tomara que eu esteja errado, já estão a bordo de uma guerra civil de consequências totalmente imprevisíveis.

Já na Nicarágua, que também está nessa lista dos três mais pobres junto com a vizinha Honduras e o Haiti, as emoções têm sido muito à flor da pele. Já chorei várias vezes nesses dias. De tristeza por não poder fazer algo mais efetivo por eles e com suas histórias de sofrimento e muita coragem. Não é fácil chutar a bunda, como eles fizeram, ao mesmo tempo de um ditador genocida e dos Estados Unidos.

Mas espero que no Brasil, minhas matérias possam conscientizar pelo menos algumas pessoas sobre a dureza em que vivem os mais pobres na América Central. Pelo menos é essa minha missão e estou trabalhando duro pra cumpri-la.

E chorei de alegria também. É como a realização de um sonho estar esses dez dias aqui e nessa data tão marcante. Era algo que buscava desde a faculdade e no dia que ganhei o Veias Abertas da América Latina da minha querida mãe há mais de 20 anos.
Parafraseando Bukowski sobre os escritos de John Fante, finalmente um repórter que não tem medo da emoção.