Edifício Master. Só agora consegui ver o precioso documentário de Eduardo Coutinho sobre os moradores de um prédio em Copacabana. Na aparente simplicidade das entrevistas com duas câmeras, entremeadas de vez em quando com cenas do edifício, vai-se desvendando um pouco das vidas e sonhos das pessoas que habitam aquele caos urbano. "É uma verdadeira aula lúdica de sociologia humana", diz um comentário que li. Mãe solteira, velho solitário, garota de programa, ex-jogador de futebol, banda de rock... Tem de tudo no Master. Recomendo também os comentários do diretor. 97/100.
Los lunes ao sol, de Fernando León de Aranoa. Premiado em San Sebastian e Gramado, conta a história de um grupo de amigos desempregados que se reúnem em um bar numa cidade do norte da Espanha. Eles trabalhavam para um estaleiro que fechou e perderam os empregos em meio a protestos de rua e repressão da polícia. Vivem um cotidiano tedioso (mas o filme não é), entre bicos e a difícil busca de um novo emprego. Javier Bardan dá um banho. 90/100.
Família Rodante. Doze pessoas de uma família embarcam num trailer em Buenos Aires e percorrem mil quilômetros para levar a matricarca a uma festa de casamento em Misiones, na fronteira com o Brasil. Tinha vários ingredientes potencialmente interessantes: road movie e realizado na Argentina, país que Laura e eu percorremos até o extremo sul em 1996, de ônibus e carona. É um dos piores filmes que vi este ano. Roteiro frouxo, uso abusivo de closes, personagens antipáticos e briguentos, ausência de humor. Un viaje muy aburrido para el espectador. 40/100, pela idéia original.
terça-feira, 25 de julho de 2006
No DVD estes dias
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