sexta-feira, 1 de junho de 2007

Operação Moeda Verde: novos nomes podem surgir

Uma série de reportagens de João Cavallazzi e Felipe Pereira que começou nesta quinta do Diário Catarinense traz os bastidores da investigação da PF para deflagrar a Operação Moeda Verde, sobre tráfico de influência na liberação de licenças ambientais em Floripa.

A transcrição das conversas telefônicas interceptadas com autorização judicial é de dar ânsia de vômito. Negociação de dinheiro e automóveis em troca de favores do poder público, na maior cara-de-pau. Será que esses sujeitos conseguem olhar nos olhos dos filhos depois disso tudo?

A reportagem de hoje informa que a investigação da Polícia Federal "pode incriminar pessoas cujos nomes não foram citados". Os novos nomes surgiram nas conversas de um dos investigados, notório falastrão. O juiz Zenildo Bodnar afirmou que há investigações sobre funcionários do "alto escalão do Executivo municipal" e empresários "do ramo hoteleiro".

Dizem por aí que dispararam as vendas em Floripa de um telefone celular de fabricação israelense, equipado com misturador de voz. Ainda tem muita moeda verde debaixo do tapete.

A grande questão que está na cabeça de muita gente é sobre o papel da Justiça. A corja vai ser julgada pela Justiça Federal e todos podem recorrer a instâncias superiores. No ritmo em que o Judiciário brasileiro caminha, a sentença final pode levar uns dez anos, já pensou?