Encontrei Hermínio no CIC e ele me deu a notícia triste: o Lamas morreu hoje de manhã em sua casa em Garopaba. Pessoa extraordinária e um dos melhores repórteres fotográficos que já conheci. Há meses lutava contra o câncer. Este texto do colega Celso Martins, publicado na revista Mural, de março de 2007, dá a dimensão da estatura do homem.
Convivi pouco com ele, sou de uma geração mais nova - ou menos velha. Mas há tempos já o conhecia de nome e fama. Repórter fotográfico de olhar sensível e atento, sempre pronto a aproveitar as oportunidades para registrar os dramas humanos, as injustiças, os ângulos inusitados dos fatos relevantes e cotidianos. Não por acaso juntou um monte de prêmios na trajetória profissional.
Uma vez, numa festa beneficente, comprei uma foto do Lamas. Um barquinho ancorado na água tranqüila da Lagoa de Ibiraquera - onde ele morava - sob uma luz maravilhosa. Minha intenção era emoldurar e botar na parede da sala, mas as constantes mudanças de casa adiaram o plano. A foto está guardada em alguma caixa, esperando o dia em que eu remexa os papéis e a reencontre. Sempre que eu avistar um barquinho com aquela luz, vou lembrar dele.
Desinformação e crise de confiança
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Participo amanhã do programa CIDAD Convida para falar sobre desinformação e
crise de confiança. Este é um projeto de extensão da Udesc e da Biblioteca
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