quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Anotação de leitura: Leminski e a impermanência

Levantei os olhos devagar para o carnaval de luzes em minha volta. Tudo parecia idêntico. As mesmas pessoas. As mesmas gargalhadas. Os gestos todos certos. A certeza.

Só que tinha uma coisa errada. TUDO tinha mudado.

Por segundos girei numa vertigem, sem saber o quê, em quê, por quê. Ah, por quês?, como atingir a sabedoria sem vocês, porquês, por quês, porquês, diabólica máquina das causas e efeitos. O que tinha mudado? Nenhum POR QUÊ?, por favor. TUDO.
Paulo Leminski, Agora é que são elas.