segunda-feira, 23 de junho de 2008

Como se livrar de dívidas em três passos

Não sou muito chegado a dicas de auto-ajuda, mas este texto, publicado no Zen Habits, é bem interessante e talvez ajude o leitor que esteja com a incômoda sensação de ter perdido o controle da vida financeira: "Como paguei 35 mil dólares em dívidas - e como você pode também". Em resumo, são três os passos principais, que o autor, J.D. Roth, desenvolve no artigo (in English):

  1. Pare de contrair novas dívidas.
  2. Crie um fundo de emergência.
  3. Ataque a dívida existente.
No passo 1 ele enfatiza um ponto fundamental: para acabar com as dívidas é preciso interromper radicalmente o uso do crédito. Quando se está devendo, cartões de crédito são uma armadilha. O segundo passo é uma espécie de seguro pra enfrentar a batalha. Ele recomenda não deixar esse dinheiro disponível com muita facilidade.

O passo 3 permite abordagens distintas, conforme o perfil do devedor. Se você tem disciplina suficiente, pode escolher a técnica convencional de priorizar o pagamento dos débitos com juros mais altos. Matematicamente é o mais indicado para se pagar o que deve no menor prazo possível. No mundo perfeito seria o caminho mais indicado, acontece que é bem difícil de perseverar. Se você, como eu e a torcida do Flamengo, não tem muita disciplina pra lidar com dinheiro, pode considerar outra alternativa. Roth conta que com ele funcionou a abordagem "bola de neve da dívida", apresentada no livro The Total Money Makeover, de Dave Ramsey.

Aparentemente é um contra-senso, porque a proposta é ignorar os juros e listar as dívidas partindo do valor mais baixo para o mais alto. Mês a mês, o devedor paga o mínimo de todas as dívidas, exceto a de valor mais baixo, na qual deve concentrar todos os recursos possíveis pra quitar. Uma vez que esta é eliminada, passa-se à próxima dívida de menor valor e assim por diante. O que conta aí é o efeito de reforço psicológico dado pelos pequenos e perceptíveis avanços. A técnica é explicada com mais detalhes no blog de finanças pessoais de Roth, Get Rich Slowly.

Ele sugere ainda uma terceira abordagem, que também não se fundamenta na matemática, e sim na psicologia do comportamento: livre-se primeiro das dívidas que mais o/a incomodam. Assim fica cada vez mais fácil lidar com as demais.