Tou há 35 horas em Natal e três amigos já me convidaram pra caminhar no calçadão da praia de Ponta Negra. Ok, adoro caminhar, mas não deixa de ser engraçada essa preocupação dos quarentões com a saúde: nos velhos tempos, me chamavam era pra tomar cana :)
Pensando bem, a gente suava. Dançando forró (no meu caso, tentando, pelo menos), correndo pra pegar ônibus, fazendo trilhas pra chegar em praias desertas e acampar... As histórias de empurrar carro quebrado dariam um capítulo inteiro da minha fase natalense.
Ontem andei no calçadão com Flávio, amigo-irmão, um dos caras mais zenerosos e desapegados que conheço. Tomamos açaí e falamos de tudo um pouco. Nem parecia que nosso último encontro tinha sido há cinco anos. Com Marcello, no domingo à noite, o mesmo.
Voltar a Natal é um reencontro com minha juventude, com tempos risonhos em que a gente se sentia imortal, em que as amizades eram absolutamente desinteressadas. Tanto é que alguns amigos daquele tempo são os grandes Amigos com letra maiúscula.
A gente olha uns pros outros, se sacaneia ("E aí, gordo? Fala, careca!" "Digaí, tiozinho!"), comenta do colesterol e triglicerídeos, se congratula por sobreviver. E pela alegria do reencontro, sem a ilusão de que vai ser a mesma coisa. Tudo muda o tempo todo.
Hoje mais um queridão, João Augusto, passa aqui. Ontem ao telefone foi engraçado, ele me confundiu com outra pessoa e queria me vender mel. Depois me ligou de volta e rimos. João tá criando abelha no sítio dele, o CDB (Cu de Burro).
Esses são da turma do bairro. Compas de festas e velórios, viagens e carnavais. Os três cruzaram o Brasil pra me visitar em Floripa. Nos próximos dias vou encontrar a turma da escola e da universidade. Alguns não vejo há 23 anos. Mas vamos dar um tempo de calçadão, tá?
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Amigos
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