domingo, 10 de agosto de 2008

Dia dos Pais

Domingo trivial e aconchegante junto com os meninos, a amada e a sogra. Eles me acordaram com uma lembrancinha - caneca de café e um pão de mel. Arranquei mato, plantei, bebi vinho, comemos, brincamos, rimos, dormimos, tomei banho com eles, vimos a chuva pela janela. Vida.
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Passamos ao largo do aspecto consumista da data e nos concentramos no melhor da festa: o imenso prazer da convivência cotidiana num dia dedicado ao ócio amoroso - às vezes até o ócio criativo cansa. Saí de casa só uma vez, rapidinho, pra pegar um DVD do Bob Esponja.
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Miguel, Bruno e eu conversamos bastante com papai por telefone. Papo à toa sobre sapos, cachorros, gatos, natação e fisioterapia, revistas ruins e livros bons, comida, temperaturas no Sul e no Nordeste. Esqueci de lhe perguntar sobre as Olimpíadas. Pra que esgotar o assunto?
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Ando de coração mole. O texto dela sobre o pai me encheu os olhos d'água. O dele, sobre o dia em que chegou seu filho, me lembrou os nascimentos de meus dois meninos e a mudança radical que isso representou ao dar sentido a tudo.
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Há duas semanas, a perda que eles tiveram me apertou o coração. Em Il Morto e Lo Straniero, meu amigo lamenta o sogro recém-partido, e como isso o tornou ainda mais estrangeiro em terras italianas. Sofro junto, mesmo que nunca tenha encontrado esse homem especial.
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Falar em sogros especiais: saudade imensa de meu segundo pai, morto há seis meses. Hoje, debaixo de chuvinha miúda, cavoquei buracos no jardim e no quintal pra plantar palmeiras. Com certeza ele estaria me ajudando e tomaríamos cerveja depois. Estava bem perto, senti.