quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Meu testemunho sobre um acusado de plágio



Caro Sponholz,

Escrevo de espírito desarmado, sem a intenção de polemizar. Gostaria só de fazer uma reflexão sobre o episódio da charge do pódio, que você diz ter sido plagiada. Quero deixar um testemunho. Há duas décadas acompanho a trajetória do Frank Maia - mais que um artista gráfico e chargista brilhante, um cara generoso e íntegro, de quem tenho a honra de ser amigo. O Frank simplesmente não precisa plagiar ninguém. Ele é muito bom, uma usina de idéias. Claro que não lhe peço para acreditar na minha palavra: basta pesquisar, perguntar pros colegas do ramo, acompanhar as citações freqüentes na coluna do Zé Simão na Folha.

Lamento que você tenha tirado uma conclusão apressada. E mais ainda, que um jornalista-blogueiro de Santa Catarina a tenha endossado sem ao menos dar um telefonema para ouvir o outro lado, baseado só no horário de publicação no Charge Online - lugar bastante improvável pra se divulgar uma charge plagiada, convenhamos. Por incrível que possa lhe parecer, Sponholz, coincidências acontecem. Ainda mais se é com uma idéia que quicava de madura no imaginário coletivo dos criadores de piadas. Já vi várias sincronicidades incríveis. Mais uma vez não precisa acreditar em mim, pergunte aos colegas que estão há mais tempo na estrada.

Tenho admiração por seu trabalho e espero sinceramente que você tenha percebido o alcance do que disse - nem me refiro à carreira do Frank, consolidada há anos, mas no efeito que uma acusação injusta provoca numa pessoa honesta. Pense nisso, meu caro. E vamos em frente, que a vida passa ligeiro e temos mais o que fazer.

Abs

Dauro

p.s.: Como o caso se tornou público e envolve um amigo querido, tomo a liberdade de publicar esta carta em meu blog.