Uma contribuição do Geraldo Hoffmann sobre a guerra midiática que está por trás do conflito israelense-palestino:
Caro Dauro,
acabo de ler dois artigos interessantes sobre a “guerra da propaganda” ou “propaganda de guerra” no conflito do Oriente Médio.
Um é de Peter Philipp, chefe dos correspondentes da Deutsche Welle. Ele conclui que um noticiário confiável tornou-se inviável porque são as partes em conflito que informam – (ou seria desinformam – observação minha) – diretamente a opinião pública.
"Ainda antes da ofensiva terrestre em Gaza, o exército israelense iniciou uma ofensiva de informação na internet, que chegou ao ponto de Israel publicar videoclipes e entrevistas com soldados – supostos blogs – sob um endereço próprio no Youtube. Isso o porta-voz do exército, Benjamin Rutland, explica assim: "Além daquilo que se passa na terra, na água e no céu, consideramos a mídia como uma frente adicional e um local onde de muitas formas a guerra pode ser vencida ou perdida."
O segundo artigo, do jornal suíço Tagesanzeiger, considerado liberal, tem o título “Israel já perdeu a guerra da propaganda”. “O governo isralense recorre a modernos meios de comunicação, como o portal Youtube, na guerra da propaganda. Também os embaixadores do país em todo o mundo e a porta-voz das forças armadas, Avital Liebovich, incansalvemente dão declarações. Mas as imagens de vítimas desesperadas no território palestino deixam esses esforços ter a aparência de espadas sem corte”, escreve o jornal.
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