domingo, 7 de junho de 2009

Impressões do Ceará


Meninos brincando com camaleão no distrito de Flores, em Russas (CE). No centro do rio Jaguaribe, uma carnaúba está coberta quase até a copa. Imagem atípica pra quem tá acostumado com o chão rachado da caatinga. Clique na foto pra vê-la ampliada.

Trinta graus num dia (Ceará), dez graus no outro (Santa Catarina). Castanha acolá, pinhão aqui. Contrastes do Brasilzão continente.
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Criança é de uma espontaneidade comovedora. Bruno, no embarque de volta pra casa: "Pai, o avião vai cair?" Segurei a mão dele: "Vai não, filho".
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Mesmo com todo o estrago provocado pelas chuvas e pelos políticos (esse é antigo), o Ceará ainda é um dos estados mais lindos do Brasil.
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Na sexta fomos ao belo e enorme Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza. É de fazer o acanhado CIC de Floripa corar de vergonha.
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No Dragão do Mar encontrei um livro que procurava há anos: uma reedição do hilário Glosa Glosarum, do poeta potiguar Celso da Silveira. Aguardem trechos.
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Amigos de Natal: não foi desta vez que matamos a saudade. A semana passou voando, não deu mesmo pra ir até aí.
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Na ida pro Castanhão - um açude monumental - cruzamos um rio de balsa no distrito de Flores, em Russas. Paisagem amazônica no sertão.
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Eu tinha um nojinho de Canoa Quebrada, a ex-meca dos hippies, hoje "disneylândia dos gringos". Mas passei um dia lá e mudei de ideia.
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Russas tem uma pracinha deliciosa. Igreja, barzinhos, lan-houses, pipoqueiros, camas elásticas, casais paquerando...
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Impressões contraditórias sobre Fortaleza, que conheço desde a infância. Cultura exuberante, gente boa, caos urbano, cercas eletrificadas.
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Dizem que, em Fortaleza, o calçamento das ruas é feito com a parte lisa das pedras virada pra baixo. Que maldade! :)
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Amostra do humor cearense em dois nomes de restaurantes em Fortaleza: De frente para o futuro (diante de um cemitério) e Casa do Cará (peixaria).
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Seu Lunga estava na beira da estrada e um homem o cutucou: "A BR é aqui?". E ele, com sua gentileza proverbial: "É não, aqui é o meu ombro!"
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O mais duro de voltar pro Sul não é nem encarar o frio, vou sentir falta mesmo é da sesta depois do almoço.