Tou lendo Os filmes de minha vida, do chileno Alberto Fuguet, uma das grandes revelações da literatura chilena - pelo menos pra este semi-analfa em teorias literárias. É uma história meio autobiográfica em que o protagonista, um sismólogo, se recorda da infância e juventude por meio de 50 filmes que assistiu. Minha identificação com o personagem é imediata, por ele também ser migrante: passou a infância em Los Angeles e depois retornou ao Chile, mas se sente meio outsider em ambos os lugares.
Descobri Fuguet numa livraria no Chile, com Mala onda e Sobredosis, que lembram um pouco o espírito adolescente de O apanhador no campo de centeio (Salinger). As histórias revelam muito das contradições desse país encantador e fraturado - no sentido geológico e social - pelo ponto de vista de um jovem da classe média alta, às voltas com crises existenciais e a descoberta da vida.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006
Cinema e vida
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