No episódio da prisão e agressão de Sarará pela polícia, o Diário Catarinense / RBS agiu de forma asquerosa! Fiquei enojado com tamanha subserviência ao poder, com a adulteração de uma reportagem assinada, o silêncio covarde diante da violação da liberdade de expressão / integridade física e a traiçoeira demissão por justa causa. Nos quase vinte anos em que atuou no jornal, Sarará acumulou prêmios e arriscou a vida incontáveis vezes pra trazer a informação aos leitores. Recebeu como paga uma rasteira de quem coloca o business acima do ser humano. Espero que as pessoas decentes que têm algum poder de pressão ou de decisão não deixem passar barato essa história.
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Destaco a análise lúcida de César Valente no Diarinho do Litoral e seu comentário à minha nota anterior aqui no blog:
Ontem, antes de saber a história do bafômetro, escrevi uma nota (que saiu no jornal de hoje) avisando que provavelmente a polícia o acusaria de desacato ou arranjaria outra explicação estúpida.Hoje, além de ver que de fato encontraram uma forma covarde de encobrir a tortura a que submeteram o Sarará, ele foi sumariamente demitido pela rbs (nenhuma surpresa).Não podemos é aceitar a história de que o fotógrafo bêbado se feriu (ele está todo machucado) jogando-se contra cassetetes e punhos dos policiais. O fotógrafo Glaicon Covre, do DC, também foi agredido pela polícia, que quebrou o seu flash.Ainda há pouco o próprio Sarará disse que a informação do bafômetro entrou na matéria depois que o repórter foi pra casa. Ele estava preocupado porque tinha gente dizendo que ia "dar uma porrada" no rapaz. Ou seja, não é só a polícia que acha esse método de "diálogo" aceitável.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006
A covardia do Diário Catarinense
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