quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

Dez mais caras

Pra quem gosta de viajar e de listas, esta pode ser útil. Depois de 14 anos no topo do ranking, Tóquio foi desbancada pela capital da Noruega como a cidade mais cara do mundo.

  1. Oslo, Noruega
  2. Tóquio, Japão
  3. Reykjavik, Islândia
  4. Osaka, Japão
  5. Paris, França
  6. Copenhague, Dinamarca
  7. Londres, Reino Unido
  8. Zurique, Suíça
  9. Genebra, Suíça
  10. Helsinque, Finlândia

Da BBC News, via Aidan Doyle, de Osaka.

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Laura e eu passamos duas semanas na Noruega em 97, metade do tempo em Oslo. Só conseguimos a façanha graças à generosidade dos amigos Eirik e Hélène - que nos hospedaram em sua simpática casinha à borda da floresta de Oslo, [tal como a de Sofia] e viajaram conosco pelo interior. E também à bondade de Kjersti - de quem fomos convidados especiais à sua festa de casamento -, Camilla, Kristian e Marianne, que nos mostraram a cidade e bancaram belos jantares.

Se você pensa em tomar um pilequinho por lá, melhor preparar o bolso. Um hábito comum dos noruegueses é servir água com limão aos visitantes. Isso se explica pelas severas restrições culturais/legais ao alcoolismo, que tem origens históricas no puritanismo e em questões de saúde pública. O preço da birita é proibitivo - um caneco de cerveja custa o equivalente a 7 dólares num bar, e a venda de bebidas fortes, incluindo vinho, é monopólio do Estado. Curiosamente, muita gente fabrica bebidas em casa, em alambiques clandestinos. E é possível comprar nos supermercados essências de bebidas como uísque e gim pra misturar no álcool de cereais.

A Noruega é um país de belezas naturais estonteantes e um grande choque cultural pra nós tupiniquins ( aliás encontramos lá dois índios tupiniquins de verdade, protestando contra a Aracruz Celulose). É uma sociedade materialmente resolvida. Lá os problemas são de outro tipo, mais existenciais e menos "sobrevivenciais". Tudo isso me dava uma certa tontura, uma sensação de irrealidade, que talvez eles também sintam quando vêm às latitudes tropicais. Lá tive também uma forte experiência de vertigem mística, no Preikestolen ("Pedra do Púlpito"), um paredão natural de 604 metros de altura no alto de um fiorde de Stavanger. Outra hora conto essa.