Em 11 de de setembro de 2001, Adriane Canan trabalhava na Rádio FM Cultura, de Porto Alegre, e se preparava pra colocar no ar uma entrevista com Patrícia Verdugo, jornalista que escreveu o livro A caravana da morte. Esse livro foi um dos principais fundamentos usados pelo juiz espanhol Baltazar Garzón para abrir processo contra Pinochet. Patrícia teve o pai morto pela ditatura. Ela diz que não olharia Pinochet nos olhos, pois tem a sensação de que o terror das vítimas sempre fica preso nos olhos do assassino.
A matéria entraria ao meio-dia, como parte de uma programação pra marcar o aniversário do golpe militar no Chile. Com o choque dos aviões nas torres gêmeas e no Pentágono, toda a pauta foi derrubada e os jornalistas se concentraram na cobertura do atentado terrorista que mudou o século (a entrevista entrou mais tarde, no mesmo dia).
Adri tem uma ligação especial com o Chile, pois foi casada e tem uma filha com um chileno. Com a morte de Pinochet, ela resolveu compartilhar a entrevista na internet. Pra isso contou com a ajuda técnica de Alexandre Gonçalves. Você pode conferir no blog dela, Gato-e-Passarinho.
The Focus of a Monk
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By Leo Babauta As I write this, I’m on a long plane ride — I’ve written
many posts on planes and trains, and I find it actually much easier to
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Há 6 dias
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