Eu tinha cinco anos e descíamos o rio Amazonas de navio, de Manaus a Belém. No porto de Santarém, meus pais compraram pra mim um lindo cavalinho de borracha de seringueira. De volta a bordo, brinquei brinquei brinquei. Aí larguei o cavalinho sobre um bote salva-vidas e fui fazer outra coisa. Quando voltei pra pegar, tinha virado uma gosma disforme. Derreteu no sol. E a correnteza do Amazonas já nos levava em direção ao mar, sem chance de marcha à ré. Foi minha primeira lição sobre a impermanência :)
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