domingo, 4 de maio de 2008

Eu e o paradoxo do futebol

Você pode me considerar um E.T., mas não dou a mínima pros resultados dos campeonatos de futebol. Se numa roda de bate-papo o assunto for este, minha participação vai ser próxima de zero. De qualquer forma, vivo um paradoxo. Apesar de raramente ver uma partida na tevê e muito menos em estádio, de achar um saco os debates futebolísticos e ter habilidade comparável a um jogador da seleção de Vanuatu, sou admirador desse esporte naquilo em que ele se transforma em arte, em parangolé. Até torço pra um time, mais por hábito que por paixão. Enfim, quando se trata de futebol sou uma contradição ambulante. Prova disso é a Copa do Mundo, quando subitamente renasce em mim um interesse compulsivo e temporário pelo jogo - até preencho tabelas e assisto a partidas como Marrocos x Irã.

Neste domingo quebrei jejum de mais de um ano e joguei uma partida com a rapaziada da Átimo, empresa de software dos meus cunhados. Campinho soçaite com grama boa e todos mais ou menos nivelados por várias cervejas. Fui de lateral esquerdo, com presença assídua na banheira e recuadas lentas pra apoiar a zaga. Resultado irregular. Levei dribles vexaminosos e perdi bolas incríveis que fariam a festa dos editores de esportes se o jogo fosse televisionado. Mas deixei minha marca: dois passes bonitos que resultaram em gols. Quase no final, quando o placar era 4 a 4, meu gás acabou e pedi pra sair. Pouco depois a partida foi suspensa porque um dos jogadores adversários machucou o dedo. Foi uma tarde divertida, mas devo demorar mais um ano pra voltar ao campo, e certamente não haverá fãs fazendo passeatas nesse sentido. Alguém aí vai uma partidinha de xadrez?