Fiquei de cara com o racha pré-eleitoral no Sindicato dos Jornalistas de SC, explicitado neste manifesto no blog do Rogério Christofoletti. Que o Sindicato está distante de parte significativa da base e defasado quanto a várias questões de nosso tempo, eu já sabia (digo isso com a tranqüilidade de sindicalizado há duas décadas e, portanto, com direito de dar pitaco). Mas não imaginava que a coisa chegasse ao que está descrito no documento.
A grande novidade desta eleição, marcada pra 6 de agosto, é que pela primeira vez em muitos anos a chapa única não resulta de consenso. Em resumo, os colegas insatisfeitos alertam que o processo eleitoral está sendo conduzido de forma autoritária e com interesses político-partidários, o que inviabilizou a construção de uma chapa que representasse a diversidade de pensamento dos profissionais (e já esgotou o prazo pra criação de uma chapa 2).
Prefiro não subscrever o manifesto porque estou afastado do dia-a-dia da entidade e não acompanhei o caso desde o início. Mas os nomes dos que assinam são gente de credibilidade. Ex-dirigentes sindicais com um histórico de lutas importantes pro fortalecimento da profissão, como Ayrton Kanitz, Celso Vicenzi, Francisco Karam, Gastão Cassel, Luis Fernando Assunção, Maria José Baldessar, Samuel Pantoja Lima, Valdir Cachoeira e outros.
Conheço alguns integrantes da chapa 1 e são gente boa. Mas se o povo todo que assinou o manifesto adverte pro risco da transformação do sindicato em braço de partido político, então fico com os dois pés atrás. Cá de minha rede no quintal, aguardo os desdobramentos, concordando com o que diz o Cesar Valente: eleição com chapa única é uma chatice. Ao que parece, é o que teremos no dia 6. Espero que a crise sirva pra sacudir os ânimos e recolocar o SJSC no papel que lhe cabe.
terça-feira, 29 de julho de 2008
O racha no Sindicato dos Jornalistas de SC
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