Dois bons motivos pra ler o Vida de Frila neste 8 de 8 de 8: uma bela carta-homenagem a Betinho, tirada do baú pelo Maurício Oliveira na véspera dos 11 anos da morte do Homem; e a explicação, pra quem ainda não sabe, de por que a capital de Santa Catarina tem o vexaminoso e ensanguentado nome de Florianópolis.
Conheço gente daqui que só escreve Nossa Senhora do Desterro em cheques ou documentos. Era o antigo nome da cidade antes de ser rebatizada na ponta do fuzil. Um tanto macambúzio, convenhamos. Outros preferem Meiembipe, o nome indígena, que quer dizer "lugar acima do rio" ou "ilha dos patos" ou "lugar pra trepar no norte da Ilha". Quanto a mim, ilhéu recém-adotado (só há 23 anos), chamo a cidade informalmente de Floripa, escrevo FLN nos cheques e, em último caso, uso a grafia oficial em documentos formais.
Ao contrário do que houve na potiguar Parnamirim, onde o bom senso fez retornar o nome original da cidade depois da aberração de ter sido rebatizada Eduardo Gomes, acho difícil isso ocorrer aqui. A mudança traumática foi há mais de um século, falta consenso sobre o melhor nome substituto e os ocupantes da Câmara dos Vereadores estão mais preocupados com outras cousas.
p.s.: Maurício, irmão de frilas, se lhe serve de consolo, também vou dar umas remadas neste fim de semana do dia dos pais.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Betinho e Florianópolis
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