A nova diretoria do Sindicato dos Jornalistas de SC, que toma posse hoje, decidiu demitir a Luciana Simas, que há 15 anos desempenha a função de secretária com dedicação, gentileza e competência - é praticamente uma unanimidade entre os colegas. Recebi ontem uma carta de despedida dela, dirigida aos jornalistas sindicalizados. Emocionada, sem ressentimento, ela se diz esperançosa no futuro. Não questiono o direito que a nova gestão tem de contratar ou mandar empregados embora. Mas quanto à conveniência ou sabedoria dessa decisão, é outra história.
Minha visão sobre demissão foge do senso comum: acho que, mesmo quando injusta, deve ser considerada um presente na vida. Ensina desapego, abre horizontes pra novos ambientes e pessoas. Sob esse aspecto vai ser muito bom pra ela. Por outro lado, com certeza a entidade perde muito, e não só no aspecto administrativo. Em 22 anos de profissão, me habituei a lidar com a Luciana nas mais diferentes circunstâncias - de emissão de carteira internacional a rescisões de contratos de trabalho, de lutas sindicais a confraternizações festivas. Só tenho elogios à sua honestidade e dedicação. Ela ama o que faz.
Um ciclo se encerra no Sindicato. A diretoria que assume agora enfrentou uma desgastante polêmica pré-eleitoral que rendeu manifesto advertindo para o risco da transformação da entidade em braço de partido político (não assinei, mas comentei o racha aqui); teve também contra-manifesto. Somando A + B, tudo leva a crer que esse é o contexto que levou à demissão da Lu. Mas por quê? Cá de minha rede, com limitado ângulo de visão dos bastidores, observo ressabiado e aguardo transparência.
sábado, 27 de setembro de 2008
Demissão e posse
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