É uma missão impossível apontar os três "melhores" livros que li em 2009. Qualquer que fosse a lista, ela seria injusta com alguns que ficam de fora. Este foi um ano em que li, por exemplo, três excelentes biografias - as de Paulo Coelho, Rubem Braga e (com atraso de uma década e meia, mas sempre em tempo) Nelson Rodrigues. Então tá, não tem essa de melhor. Vou apontar "três livros marcantes" e dizer por que vão para o pódio.
3. Travessuras da menina má, de Mario Vargas Llosa.
Linda e triste história de amor entre um homem romântico e uma mulher ambiciosa, situada ao longo de vários anos em diversas cidades do mundo. Vargas Llosa tem domínio pleno da arte da narrativa. O romance mergulha com intensidade e fluidez, mas sem pieguismo, nas contradições insanas do bem-querer. Delícia.
2. Os homens que não amavam as mulheres, de Stieg Larsson.
O primeiro livro da trilogia de suspense escrita pelo jornalista sueco (que morreu pouco antes da publicação) é de arrebatar. Uma página puxa outra. Na curiosidade de saber mais sobre a punk-hacker Lisbeth Salander, a gente devora 600 e tantas páginas brincando. E em seguida pula pro segundo e pro terceiro volume. Vai que é coisa de primeira (aliás o Vargas Llosa escreveu artigo no El Pais dizendo isso).
E na categoria Livros, o DVeras Awards 2009 vai para...
1. O filho eterno, de Cristovão Tezza.
Esse romance lindo (e multipremiado) de inspiração autobiográfica que li em janeiro evocou tantas referências da minha memória afetiva... Uma obra-prima, lapidada com arte e coragem. Recomendo.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
DVeras Awards 2009: livros
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