sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Sua resposta vale um bilhão

Terminei de ler Sua resposta vale um bilhão, livro que inspirou o filme ganhador de vários Oscars. Comentei no Leiturama.

Novo blog: Marcos Donizetti

Doni, autor do Hedonismos e um dos grandes textos da blogolândia, acaba de inaugurar um novo blog, Marcos Donizetti, voltado pra assuntos mais "sérios" - embora não sisudos, ele lembra - como psicologia, psicanálise e literatura. Hedonismos vai se dedicar mais a "entretenimento". Como leitor, fico curioso pra ver como ele vai se equilibrar nas áreas cinzentas dessa linha divisória. Longa vida ao novo blog.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Brunitezas e o processo civilizatório

No dia 10 o Bruno fez a estreia no universo escolar (e eu hoje tou estreando estreia sem acento). O primeiro dia foi aparentemente tranquilo, mas em todos os seguintes ele chorou na despedida - a cada dia um tiquinho menos. A vó perguntou o que ele tinha gostado mais na escola. E ele:
- Quando o pai vai me buscar.

O caminho do dragão e o céu que nos protege

Neste carnaval vi pela primeira vez um filme de Bruce Lee: Way of the dragon, filmado em 1972, um ano antes de sua morte precoce aos 32. É uma comédia de ação que se passa em Roma - escrita, dirigida e protagonizada pelo próprio -, com roteiro tosco, mas belas coreografias de luta. Uma curiosidade é que o antagonista do filme é interpretado por Chuck Norris, que foi discípulo de Lee. A história desse ator, filósofo e lutador de artes marciais que se tornou um símbolo da cultura pop nos anos setenta é fascinante, como conta a Laura sobre a biografia dele, Bruce Lee - Definitivo (Marco Antonio Lopes, editora Conrad). Por exemplo, ele já foi exímio dançarino de cha-cha-cha.

Fui atrás de mais informações na Wikipedia e um link foi me levando a outro. Em 1993 o filho dele, o também ator Brandon Lee, morreu num acidente bizarro, atingido por um tiro que era pra ser de festim durante as filmagens de O corvo. Pouco antes de sua morte, Brandon Lee havia incluído no convite de seu casamento uma citação do escritor Paul Bowles (autor de The Sheltering Sky - O céu que nos protege, que foi adaptado pro cinema por Bertolucci). A citação está gravada no seu túmulo, o que levou muitos fãs a atribuírem-na ao ator:

"Because we don't know when we will die, we get to think of life as an inexhaustible well. And yet everything happens only a certain number of times, and a very small number really. How many more times will you remember a certain afternoon of your childhood, an afternoon that is so deeply a part of your being that you can't even conceive of your life without it? Perhaps four, or five times more? Perhaps not even that. How many more times will you watch the full moon rise? Perhaps twenty. And yet it all seems limitless..."

[Minha tradução fast-food:

Por não sabermos quando vamos morrer, tendemos a pensar na vida como um bem inesgotável. Mas cada coisa acontece apenas um certo número de vezes, na verdade um pequeno número. Quantas vezes mais você vai lembrar de uma certa tarde da sua infância, uma tarde que pertence tão profundamente ao seu ser que você não consegue conceber sua vida sem ela? Talvez quatro ou cinco vezes mais? Talvez nem mesmo isso. Quantas vezes mais você vai ver a lua cheia nascer? Talvez vinte. E ainda assim tudo parece sem limites..." ]
p.s.: Se este post tivesse trilha sonora, seria Um Índio, de Caetano.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A política do rebelde

Do baú, uma resenha que escrevi para a Rocco em 2001 sobre A política do rebelde - tratado de resistência e insubmissão, de Michel Onfray:

A veia anarquista que originou A política do rebelde lhe surgiu na infância, conta o filósofo francês Michel Onfray. Sua experiência de humilhações em um colégio interno e, na adolescência, o trabalho insalubre numa fábrica de queijos forjaram-lhe um visceral espírito libertário: "A autoridade me é insuportável, a dependência, intolerável, a submissão, impossível", deixa claro no início do livro. Seu texto celebra a busca do prazer como filosofia de combate. Uma filosofia pela plenitude da vida, contrária à armadilha do ascetismo e atenta ao fato de que tudo irá desaparecer. (...)

Frase da vez, hoje e sempre: wasted time

Esta aqui bem que podia ser um mantra pra mim. Peguei no blog zenhabits:

“The time you enjoy wasting is not wasted time.” - Bertrand Russell

Bunda, bunda, bunda...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Recordações de Quarta-Feira de Cinzas

Já fui bastante ligado em Carnaval. Não em clubes ou em de escolas de samba, e sim na festa de rua. Tenho belas lembranças dos blocos de sujos de Recife e Olinda da minha infância. Meus pais eram carnavalescos ativos e aqueles dias eram de uma deliciosa alegria ingênua. Primeiro, o "esquenta" em casa, com amigos e agregados. Depois saíamos atrás da muvuca nos bairros e no centro histórico. À noite os adultos deixavam as crianças em casa e iam pros bailes a fantasia, então dessa parte não tenho o que contar. Uma brincadeira comum naquele tempo era jogar água nos motoristas que passavam, usando uma espécie de "seringa" feita com um cano de PVC, um cabo de vassoura como êmbolo e um pedaço de borracha (depois foi proibida porque começaram a usar água de sarjeta e mijo, o que às vezes resultava em facadas e tiros, mas isso foi bem depois). O ritmo das bandas de frevo percorrendo a pé as ladeiras de Olinda reverberava em cada célula do corpo. As fantasias impressionavam pela criatividade. Lembro que o número de brigas era mínimo, considerando a quantidade de gente circulando.

Depois, na adolescência, descobri outros carnavais e já preferia me divertir com os amigos. Em fevereiro de 1982, aos 16 anos, fui acampar com meu irmão André e os amigos Marcello, João Augusto e Atamir em Barra de Maxaranguape, uma vila de pescadores no litoral potiguar, a uma hora de Natal. O lugar tradicionalmente pacato virava uma ferveção, tinha até trio elétrico. Andávamos descalços nas ruas de areia branca da vila, tomávamos banho de mar e misturávamos bebidas, pulando de festa em festa, dia e noite. Pra dormir, nos dividíamos: uns numa barraca no acampamento que montamos na praia, outros dentro duma Variant velha e quem sobrasse deitava numa rede no chão fofo ou ia dançar mais um pouco. Ali pertinho, a foz de um rio ladeado de coqueiros. Todos éramos lisos e desajeitados nas artes da paquera, mas tínhamos fígados novinhos e tamanha fome de viver que aquela folia entrou pra nossa história. Rolou até um diário coletivo em que íamos registrando as loucuras e piadas. Até hoje sou amigo desses caras. A gente raramente se vê, mas quando se encontra, é quase como se aquele carnaval tivesse sido ontem.

Depois disso houve vários carnavais, nenhum tão lindo, mas tiveram seu valor (destaques pra Olinda, Floripa e Laguna, em que a alegria caótica das ruas me ajudou a lidar melhor com pequenas e grandes tristezas). Aí o tempo foi passando, vieram os filhos, a preguiça aumentou exponencialmente. O fato de viver no Sul, há mais de duas décadas longe das minhas raízes carnavalescas nordestinas, talvez tenha contribuído pra esse afastamento gradativo. Agora deixo a folia passar ao largo e aproveito pra descansar, pegar praia, botar as leituras em dia. Com uma pontinha de saudosismo pelos meus velhos carnavais, mas sem a ranzinice de achar que "antigamente era melhor". Como diz mestre Paulinho da Viola, meu tempo é hoje. Sem esquecer que o tempo passado "foi um rio que passou em minha vida/e meu coração se deixou levar".

Blogue da Bia

A Bia resolveu entrar na blogolândia pra compartilhar suas receitas e dicas de gastronomia com a gente. Benvinda!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Blog em modo offline pro feriado momesco. Até mais!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A TIM vai pensar no meu caso e talvez me atenda

Pedi pra TIM parar de me mandar SMS promocionais. Na segunda tentativa, depois de um tempão esperando na linha, recebi resposta da atendente (sem gerundismo!):

- Em 5 dias úteis a TIM vai entrar em contato com o sr. para lhe informar se sua solicitação foi atendida ou não.

Eita vontade de acionar a tal da portabilidade...

PMDB e lama


Genial a charge do Frank sobre a entrevista do senador peemedebista Jarbas Vasconcellos na Veja, associando seu partido a corrupção. Apesar de não ser novidade, tem o peso de vir de um conceituado membro do PMDB. Mesmo assim, foi olimpicamente ignorada pelos políticos.

p.s.: Mais sobre PMDB e lama no blog De Olho na Capital. O Cesar Valente tem pinçado cada coisa no Diário Oficial do Estado que vai dar trabalho danado ao Ministério Público.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Brunitezas: desenvolvimento sustentável

Uma pergunta inesperada do Bruno:
- Mãe, você é reciclável?

De volta à piscina

Voltei à natação, depois de uma longa temporada afastado. No primeiro dia nadei mil metros e fiquei todo contente. Na saída da piscina, um homem com uma perna só comentava: "Nadei 2.100 metros". Tenho um longo caminho pela frente, pensei, entrando no chuveiro.

Anotação de leitura: "tempo livre"

Alex Castro, no blog Liberal, Libertário, Libertino, cita Adorno:

As pessoas realmente livres não têm "tempo livre" porque não têm "tempo preso": estão sempre trabalhando em seus próprios projetos pessoais.
São preciosas essas reflexões do filósofo alemão sobre tempo livre e, por extensão, à servidão voluntária à qual a maioria das pessoas se submete. A existência do sábado e do domingo como oposição prazerosa a cinco dias "úteis", e de um mês de férias a cada ano "produtivo", às vezes chega a parecer tão natural que nem lembramos disso como invenção humana.

Admiro quem consegue romper com essa lógica e valoriza o próprio tempo de maneira a lhe dar sentido. Alguns com mais equilíbrio, combinando diversão e trabalho com arte e engenho. Outros de maneira atabalhoada ou instintiva, em que a simples negação do sistema os livra de um fardo insuportável, mas os coloca em situação vulnerável, tendo de bater de frente com a sociedade que abomina os "losers".

Esse assunto me lembra um livro de Somerset Maugham, O fio da navalha. Larry, o protagonista, resolveu viver a vida conforme seu desejo de realização plena, e não a vida que estava moldada pra ele pelo seu meio social. O tema da impermanência também se faz presente:
Mesmo que ao meio-dia a rosa perca a beleza que teve na madrugada, sua beleza naquele momento foi real. Nada no mundo é permanente, e somos tolos em desejar que uma coisa perdure, mas mais tolos ainda seríamos se não a apreciássemos enquanto a temos. Se a mutabilidade é da essência da existência, nada mais natural do que fazer dela a premissa da nossa filosofia.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Três boas ferramentas online pra jornalistas

Três? Há dezenas, claro, mas vou me limitar às que mais achei interessantes na navegada que acabo de fazer. Antes vou mostrar o mapa do percurso, que também vale cada clique.

  1. Qipit. Ferramenta pra copiar, arquivar e compartilhar documentos com a câmera do celular ou câmera digital. É o que o agente 007 interpretado por Sean Connery adoraria ter nas suas missões pela Alemanha Oriental nos anos sessenta. Você fotografa uma página de anotações manuscritas, apontamentos num quadro-negro ou um documento impresso e envia a foto por e-mail pro site, que a transforma em um pdf legível. O Qipit dispõe do recurso de tags pra facilitar a organização do material.
  2. Jott. Você manda notas, lembretes e recados por voz pelo celular e eles são enviados aos destinatários na forma de e-mails ou mensagens de texto.
  3. Google Calendar. Já uso há algum tempo e abandonei de vez a agenda de papel. Uma grande vantagem é que pode ser facilmente programada pra enviar um SMS pro seu celular e/ou um e-mail pra sua conta, com a antecedência marcada pra cada compromisso - uma hora, duas horas, dois dias... Também dá pra criar várias agendas e compartilhar itens com outras pessoas.
p.s.: A pesquisa pra redigir este post foi feita exatamente na hora ganha com o fim do horário de verão.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Taxista venezuelano vota NO em referendo


HÉlio Matosinho compartilha esta conversa que gravou com um motorista de táxi em Caracas sobre o referendo de domingo, 15/2, sobre o direito do presidente Hugo Chávez de concorrer à presidência da Venezuela.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009


"Sony Releases New Stupid Piece Of Shit That Doesn't Fucking Work". Vídeo produzido pelo site humorístico The Onion. In English.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Pacata


O violonista americano Tony Clef interpreta o instrumentista, compositor e arranjador carioca Arthur Verocai.

Blog da vez: Falando russo

O blog da vez se chama Falando russo e é escrito pelo amigo virtual Fabrício Yuri Vitorino, que conheço há alguns anos via lista de e-mails Hostelling. Fabrício é jornalista, com pós-graduação em letras português-russo e morou um tempo em Moscou, cidade que visita com certa frequência. Seu blog aborda diversos temas ligados à cultura e ao cotidiano russo, sempre com observações argutas sobre os detalhes que importam. Os temas vão de poesia a literatura, televisão a música pop, turismo a comportamento, e muito mais. Vale a visita.

Onze Margens

Mais gente amiga lançando livro nesta quinta às 20h - Adriane Canan e Cris Cardoso:

O SESC convida ao lançamento da coletânea de contos ONZE MARGENS, quinta, 12, às 20 horas, na Biblioteca do Sesc/Prainha, reunindo os onze novos autores do CURSO DE FORMAÇÃO DE ESCRITORES ministrado em Florianópolis por Dennis Radünz. O CURSO DE FORMAÇÃO é um projeto do Sesc/SC, criado em 2004, e conta com 15 publicações em todas as regiões de SC. ONZE MARGENS, organizado por Radünz, é a 16a. edição do projeto e a primeira de Florianópolis.
Não vou poder ir ao lançamento delas nem ao da Vanessa Schultz e da Kátia Klock (Óvulos de Eli). Beijão pras autoras.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Generalista x especialista e três blogs sobre frila

O Fabrício, leitor de DVeras em Rede e profissional free-lancer, colocou um comentário no blog do Vida de frila em que faz a mesma ressalva que eu quanto a ser generalista versus especialista. Na área dele, desenvolvimento de sistemas, ajuda ter experiência aprofundada em um tema específico.

Reconheço que ser "pau pra toda obra" pode ser um diferencial importante, pois o profissional se mostra disponível e, se trabalhar bem, logo passa a ser reconhecido como resolvedor de problemas aleatórios. Mas conforme a circunstância - prazo, verba, demanda etc. -, o cliente pode preferir um "cardiologista" em vez de um "clínico geral". Há espaço no mercado pros dois perfis, desde que o trabalho seja bem feito.

A capacidade de improvisação e o repertório do profissional também contam pontos. Assim, espera-se que um "cardiologista" saiba fazer um parto de emergência. E que um "clínico geral" possa identificar uma doença cardíaca e encaminhar o paciente a um colega. Detalhe: o "cardiologista" tende a ter menos clientes, mas pode cobrar mais.

Outra dica me ocorre agora é até um tanto óbvia: pra um jornalista frila, dominar o inglês (ou espanhol ou francês, mas principalmente o inglês) pode fazer a diferença entre pegar ou não um trabalho, entre se restringir ao mundo lusofalante ou abrir o leque pra possibilidades de viagem, entrevistas com estrangeiros etc. Sem falar na ampliação da visão de mundo.

Mas voltando ao Fabrício, ele deu a dica de três blogs sobre o trabalho de frila - todos em inglês - e compartilho:

http://freelanceswitch.com

http://www.flyingsolo.com.au

http://freelancefolder.com

Algumas considerações sobre a vida de frila

Maurício Oliveira escreveu um excelente texto em seu blog Vila de frila, com dicas pra quem quer enfrentar os ônus e bônus do jornalismo profissional sem as amarras da carteira assinada. Destaco dois itens:

...
- A diversidade e solidez dos meus contatos atuais me dão segurança suficiente para um privilégio: se alguém com o qual nunca trabalhei me procura, só aceito o frila se for divertido ou bem remunerado - ou, melhor ainda, as duas coisas ao mesmo tempo. Trabalho chato e mal pago só topo fazer, e ainda assim muito de vez em quando, para os camaradas de longa data.
- O que escrevi acima tem a ver com a necessidade que sinto hoje de selecionar os frilas, por limitação de tempo, mas aprendi na prática que o trabalho chato ou mal remunerado de hoje pode propiciar o trabalho legal e bem pago de amanhã. Já tive provas disso inúmeras vezes.
...
Hoje faço frilas em período parcial, mas já passei um bom tempo vivendo profissionalmente assim como o Maurício e asseguro que suas orientações são preciosas. Entre as vantagens da vida de frila estão a deliciosa liberdade, conquistada com tempo e suor, de dizer não aos trabalhos chatos e mal pagos (com a ressalva que ele bem faz), gerir os seus próprios horários e - importante - se pautar em projetos próprios, autorais.

O outro lado da moeda é o que Maurício destaca no título do post: a insegurança. Sim, às vezes a vida de profissional liberal pode ser uma montanha-russa que alterna meses de altos rendimentos com outros de vacas magras. Reflexão zen: vida de frila é pra quem tem estômago forte pra aceitar o fato de que a estabilidade é uma ilusão (quem lhe garante que, num emprego fixo, amanhã o seu chefe não acorde de mau humor e lhe dê um pé na bunda?)

Se, mesmo sabendo da "instável" vida de frila, você quer entrar nessa, posso acrescentar alguns pitacos, sem a menor pretensão de achar que estou ensinando regras pétreas. São constatações sobre coisas que valem pra mim (ou deveriam, pois nem sempre consigo abraçar todas como gostaria) e talvez possam servir pra você:

- Faça uma poupança com uma parte da renda, o seu "Fundo de Garantia". Assim dá pra atravessar as entressafras sem muito estresse.
- Inclua na sua remuneração um valor que cubra o que você teria de rendimento com férias, décimo-terceiro, participação nos resultados etc.
- Separe o dinheiro dos impostos. Gastá-lo como se fosse seu pode ser doloroso depois.
- Os três itens anteriores (fáceis de falar, difíceis de pôr em prática) levam a este: aprenda a cobrar o valor justo. Nem demais que afaste clientes, nem aviltante com o seu trabalho.
- Regue a network. Uma boa rede de contatos, alimentada pelo interesse genuíno nas pessoas e não por intenções imediatistas, é meio caminho andado.
- Desconcordando em parte com o Maurício: reconheço que ser generalista pode ser vantajoso, pois abre o leque de opções. Mas ter uma ou mais especialidades pode ser útil pra atingir certos nichos.
- Amplie o horizonte. O teletrabalho chegou pra ficar. Talvez a oportunidade que não aparece na sua cidade ou estado esteja logo ali, e você nem precise se mudar pra São Paulo pra chegar lá.
- Desenvolva a disciplina. Este é um dos mais valiosos atributos do bom frila. Não só pra levar a bom termo os trabalhos espinhosos, que exigem dedicação em madrugadas, domingos e feriados, como pra administrar com sabedoria o tempo e os rendimentos.
- Continuação do anterior: cumpra os prazos e compromissos. Claro que, com os imprevistos, os deadlines podem ser repactuados com o cliente, mas essa relação precisa ser clara e transparente desde o princípio: o que fazer, como, por quanto, data da entrega e data de pagamento.
- Juntou grana suficiente pras férias? Agende-se e tire férias!
- Crie um "dia desplugado". Ainda preciso me esforçar nesse ponto, mas tenho tentado dedicar o sábado exclusivamente a assuntos não-profissionais. A ideia básica é que, se você não consegue parar nem um único dia da semana, está faltado algum planejamento.

Fico aqui por enquanto, mas adoraria continuar esse papo com outros profissionais frilas, que certamente têm boas ideias pra compartilhar. Quais são as suas dicas?


Mais uma selecionada do Frank.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Anotação de leitura: contradição do ateísmo

"A descrença é uma jogada num jogo cujas regras são estabelecidas pelos que crêem. Negar a existência de Deus é aceitar as categorias do monoteísmo. Quando essas categorias caem em desuso, a descrença torna-se desinteressante e, em pouco tempo, sem sentido. ... O ateísmo é um fruto tardio da paixão cristã pela verdade. Nenhum pagão está pronto para sacrificar o prazer da vida em troca da mera verdade. Prezam a ilusão artificial, não a realidade despida de enfeites. Entre os gregos, a meta da filosofia era a felicidade ou a salvação, não a verdade. A adoração da verdade é um culto cristão". ...

John Gray, citado por Carlos Magalhães em Imaginação Sociológica.
Eu tava justamente pensando nisso outro dia, em outros termos: pra ser ateu é preciso ter muita fé.

O Fabuloso Mundo de Amanda

Filha de blogueira, blogueirinha é. Agora é a vez do Fabuloso Mundo de Amanda. A Amandinha Canan, de oito anos (filha da Adri 'Gato e Passarinho' Canan), ilustrou o blog com uma foto que tirei dela com o palhaço Borboleta. Ela criou o blog com ajuda do Laurinho, que escreve o Meleca Verde (filho do Maurício 'Vida de Frila' Oliveira e da Cristiane Fontinha).

Pedra




Fotos: Dauro Veras com design e produção do Miguel

Posted by Picasa

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A primeira vez de Bruno

Primeiro dia de aula do Bruno. Não pude acompanhá-lo, ele foi com Laura, Miguel e Lu. Ficou na boa, sem chorar. No começo um pouco tímido, mas logo já tinha se sentado e tava brincando.

Fotojornalismo

O melhor do fotojornalismo brasileiro em 2008. Dica do Adauri.

Augusto Tuyama, um ano de saudade

Ontem fez um ano que Augusto Tuyama nos deixou. Quase tudo o que eu tinha a dizer sobre essa tragédia familiar já está aqui no blog - provavelmente o meu desabafo tenha sido fundamental pra que eu conservasse o equilíbrio. O tempo vai transformando a dor em saudade suave.

Nos primeiros meses eu acordava de madrugada revivendo o acidente e as horas intermináveis do resgate. Cheguei a pensar que iria precisar de ajuda profissional - confesso que ainda não afastei essa ideia de vez, mas tou tentando me curar de outras formas.

Nas horas angustiantes, procuro o sossego das árvores, das plantas que o meu sogro tanto amava. Lembro dele dando risada, contando histórias divertidas ou escutando com gentileza. A maneira livre, desapegada, aventureira e generosa com que Augusto Tuyama viveu é um exemplo que vou guardar pra sempre. Tê-lo conhecido foi uma experiência transformadora.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Nani Humor






Duas amostras do blog do Nani, um dos maiores cartunistas brasileiros.

Óvulos de Eli

As amigas Kátia Klock e Vanessa Schultz lançam na próxima quinta, 12, pela Contraponto, o livro Óvulos de Eli - a expulsão dos seres de Eli Heil, sobre a obra da artista plástica catarinense. Mil exemplares vão ser distribuídos pra escolas, bibliotecas, faculdades de arte e comunicação, centros culturais, museus, arte-educadores, pesquisadores, críticos de arte e imprensa. Noite de autógrafos pra convidados às 20h na Barca dos Livros.

O fim das revistas também?

Parece que não são só os jornais que vão acabar... Olha só esse baita infográfico interativo do NYTimes sobre a queda de circulação das revistas americanas.

[via Felipe Lenhart]

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Criançada

Essa é do Josemar Sehnem, em seu recém-criado blog Ajornalando. Ri muito!

Laura com um ferimento no dedo
- Pai, tem um adesivo?
- Adesivo?
- É, um Bandido
p.s.: No meme 6 coisas, Josema desfaz um antigo mito: não, ele nunca esteve em coma.

Google Latitude e a invasão da privacidade

Mais uma inovação do Google: Latitude, uma ferramenta para que você, por meio de GPS e triangulações de sinal de celular, "veja onde estão seus amigos em tempo real!". E, é claro, seja visto no mapa por seus "amigos". Embora a gente possa pensar em várias aplicações práticas interessantes, o potencial intrusivo é preocupante, como bem escreve o Doni no blog Hedonismos.

Brunitezas: natação

For the record: primeiro dia do Bruno na natação. As voltas que o mundo dá: ele é coleguinha de turma do Theo, filho dos amigões Joca Wolff e Val. Os dois ainda estão tímidos, agarrados na professora, mas logo logo vão virar uns golfinhos.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A despedida de Mino Carta

Mino Carta, um ícone do jornalismo brasileiro, em texto no qual faz um balanço ácido desses seis anos de governo Lula e anuncia que vai pendurar as chuteiras:

"A política econômica privilegiou os mais ricos e deu aos mais pobres uma esmola. Há quem diga: já é alguma coisa. Respondo: é pouco, é uma migalha a cair da mesa de um banquete farto além da conta. O desequilíbrio é monstruoso. ...

A política social pela enésima vez sequer esboçou um plano de reforma agrária e enfraqueceu os sindicatos. E quanto ao poder político? O Congresso acaba de eleger para a presidência do Senado José Sarney, senhor feudal ...

Enquanto isso, o Brasil ainda divide com Serra Leoa e Nigéria a primazia mundial da má distribuição de renda, exporta commodities, 55 mil brasileiros morrem assassinados todo ano, 5% ganham de 800 reais pra cima. E 2009 promete ser bem pior que pretendiam os economistas do governo ...

...minha crença no jornalismo faliu.

... despeço-me deste blog e, por ora, de Cartacapital".
Nos comentários há o coro dos que dizem "volta, Mino" e os que consideraram a atitude do jornalista "patética e melancólica".

Bambu


Bambu, originally uploaded by dveras.

Advertência do editor: comentários com rimas óbvias serão sumariamente deletados.

Amadou e Mariam


O casal de músicos cegos Amadou e Mariam mostra uma música de seu disco mais recente, Welcome to Mali. Só sonzera.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Eu leio De Olho na Capital

Você é eleitor em Santa Catarina e ainda não conhece o blog De Olho na Capital, do jornalista Cesar Valente? Acompanhe em primeira mão as negociatas e maracutaias que estão sendo feitas com o dinheiro público, entre outros temas que revelam os escabrosos ou no mínimo curiosos bastidores da política local e estadual. Jornalismo de primeira qualidade, bem humorado, daquele tipo que é uma pedra no sapato dos governantes da vez.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Novidades no Google Earth

A versão 5 do Google Earth - um dos meus softwares favoritos, empatado com o Photoshop - traz informações detalhadas sobre os oceanos: relevo, localização de naufrágios, temperatura da água, pontos de mergulho e de surfe, rotas de espécies monitoradas pelos cientistas... E mais: imagens históricas, que permitem acompanhar uma mesma região ao longo de anos. E mais: exportação de dados de GPS, que antes só era possível nas versões pagas. Pra quem se cansar de explorar a Terra, o novo Google Earth traz outra novidade matadora: navegação em Marte, com base em informações das sondas que estiveram por lá. O brinquedinho tá ficando cada vez melhor. É uma ferramenta fantástica pros professores de geografia, história, biologia, astronomia e outras áreas levarem a ciência aos estudantes de forma divertida.
[via InfoExame]

Vai um felino pra viagem?


Antes que eu seja apedrejado pela Associação Catarinense de Criadores de Gatos Preto & Branco, esclareço que a foto não é um raio-X de uma mala fechada que a PF flagrou num aeroporto, e sim o instantâneo do Branquito deitado sobre a tampa da mala, no meu quarto. A imagem não mostra, mas à esquerda dele há um ventilador ligado. É ou não é um baita folgato?

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Doações à Biblioteca Leia o Mundo

Utilidade pública: mudou o endereço para a remessa de doações à Biblioteca Leia o Mundo, de Rondônia. Agora é

Av. Florianópolis, 4882 Centro, Rolim de Moura-RO
CEP 76940-000
Para Valdete Silveira Baldo ou Ivone de Moraes Kerber

43 verões

Curti o aniversário ontem no sossego de casa, com a amada, os filhotes e a sogra querida. Na hora do almoço demos um pulinho ao Pântano do Sul pra comer peixe frito no restaurante Ana Maria, olhando os barquinhos na enseada. Depois, banho de mangueira no quintal com os meninos, rede, leituras. À noite um cineminha com a Laura. Aliás, cinemão: O curioso caso de Benjamin Button, com Brad Pitt e Cate Blanchett (magníficos), bela fábula sobre um homem que nasce velho e vai ficando jovem à medida que o tempo passa. Não rolou cerveja nem festa - só uma rápida visita do Frank e da Anninha voltando cansados da praia (Frank, abri o vinho hoje, tá o bicho!) -, mas foi tudibom, um dia suave, quente e preguiçoso. Os melhores presentes foram os telefonemas e as mensagens que recebi de um monte de gente boa. Palavras de encher os olhos dágua. Valeu, pessoal! A amizade de vocês é preciosa.