sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Pílulas brasilienses
Na entrada do hotel onde tou hospedado tem uma Rural que pertenceu a JK. Conservadíssima, linda. Tenho vagas lembranças de infância de uma Rural na família, do pai ou de um tio.
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Hoje vi um cachorro preto passear de lancha e depois de jet-ski no lago Paranoá.
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Pitomba, nosso taxista cearense, contou que tem sucuri no lago. Gugleei "sucuri + paranoá" e encontrei uma matéria legal do Correio Braziliense, de 2003, sobre o que essas águas escondem.
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Semana passada o Botelho, catarinense radicado em Brasília, me contou uma história engraçada que presenciou em Salvador. Ontem ele botou no blog: Emplacamento baiano.
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Comida goiana é boa demais. Tem muita semelhança com a mineira. Mas não me arrisco no pequi, aquela armadilha espinhenta com jeitinho inocente.
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Lendo: Em águas profundas: criatividade e meditação, de David Lynch, o diretor de Veludo Azul e Mullholand Drive - Cidade dos Sonhos, dois dos filmes mais oníricos que já vi.
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O tuiteiro @tiagomx dá a dica: http://twtip.com, saite com dicas sobre Google, Photoshop, writing, life etc. In English.
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O designer João Zanatta dá esta outra: The 100 Most Popular Photoshop Tutorials 2008. Saiba como transformar uma mocréia numa sereia.
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Ei, Ana Paula, conheci uma cerveja nova hoje: Teresópolis, uma lager que vem numa garrafa gordinha. Boa. (curti o som da Amy Winehouse que você blogou; e fui atrás de outros).
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Contando as horas pra voltar pra Floripa.
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(pensando alto, depois de dois adiamentos: trilha da Lagoinha do Leste no carnaval?)
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
UFSC vai ao Pará com o Projeto Rondon
Estudantes de jornalismo, medicina e serviço social da UFSC começaram esta semana a Operação Centro-Norte - nome com o qual foi batizada a missão do Projeto Rondon no município de Monte Alegre, no Pará. O projeto, coordenado pelos professores Sérgio Mattos e Clóvis Geyer, prevê uma série de ações sociais envolvendo crianças, adolescentes, idosos, mulheres em amamentação, educadores, agentes comunitários e a população em geral. É a primeira vez que uma turma do jornalismo da UFSC participa dessa experiência transformadora de conhecer e informar sobre um Brasil que a maioria dos brasileiros desconhece. Tiro o chapéu pro Projeto Rondon, uma das raras iniciativas em que a universidade pública é colocada a serviço do povão. Dá pra acompanhar de perto o trabalho da moçada pela internet, em textos, fotos e, em breve, também em vídeo. Monte Alegre fica perto de Santarém, a 623 km em linha reta de Belém. O Projeto Rondon é promovido pelo Ministério da Defesa com apoio da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação.
p.s.: O professor @clovisgeyer é tuiteiro. Se tiver tempo, vai enviar alguns dropes de viagem em 140 caracteres.
Por Dauro Veras às 19:54 |
Tags: amazônia, ativismo, aventura, blogosfera, brasil, comunicação, jornalismo, lugares, viagem
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Seis fatos aleatórios sobre mim
Quem me passou este meme foi a Marie. Como sou um rebelde sem causa, vou ignorar quase todas as regras, como citar as regras, indicar cinco blogueiros pra continuar, etc. Fica só o miolo: uma lista com seis fatos aleatórios sobre mim. Meu toque pessoal pra quem tá chegando agora ou perdeu algum capítulo do folhetim: todos os fatos já foram citados neste blog.
- Quase embarquei em um avião que caiu.
- Tenho mania de escrever listas.
- Uma vez joguei por engano um balde de água na minha avó.
- Já grudei moeda em calçada com cola extra-forte.
- Já aluguei um apê depois que tive uma intuição e segui um velhinho por várias quadras.
- Já enviei um postal de Cingapura pro Maine enquanto meu amigo do Maine, no mesmo dia e sem que soubéssemos um do outro, me mandava um postal de Cingapura pra Floripa.
Canal da Barra da Lagoa
Um dos lugares mais charmosos de Floripa, na minha opinião. Mas acho que o New York Times não daria matéria de destaque. Tem cheiro de peixe e não tem champanhe nos bares.
domingo, 25 de janeiro de 2009
O filho eterno
Terminei na sexta-feira, voando entre Brasília e Floripa, O filho eterno, de Cristovão Tezza. Melhor livro que li no ano. Ok, ainda estamos em janeiro, mas vai ser preciso outro muito bom pra mudar minha opinião até dezembro. A história, contada na terceira pessoa, tem fundo autobiográfico: um escritor tem um filho com síndrome de Down e narra a dificuldade que enfrentou pra aceitar a criança. É um relato corajoso, pois ele conta coisas que dificilmente um pai confessaria em público. Por exemplo, que no começo desejou que o bebê morresse, e que por muito tempo teve vergonha de comentar sobre o filho com os amigos. Aos poucos ele vai aprendendo com as dificuldades e se conhecendo melhor enquanto educa o menino e o vínculo entre eles vai aumentando.
Tezza é catarinense, amigo da querida Regininha Carvalho - foi no blog dela, atualmente desativado, que li a primeira resenha sobre o livro - e vive em Curitiba. Seu texto é muito bom. Conta uma história forte, emocionalmente envolvente, sem ser piegas em nenhum momento. Chorei ao ler o livro, pois me identifico muito com o que o escritor conta ali. Tive um irmão com síndrome de Down que morreu em 1999, aos 46 anos de idade, de pneumonia. Leopoldo foi uma bênção divina com quem nossa família teve o privilégio de conviver. Ainda tenho dificuldade em falar ou escrever sobre isso, por isso recomendo que leiam quem conseguiu colocar as emoções em palavras com tamanha beleza e arte.
p.s.: O filho eterno já recebeu três prêmios: Portugal Telecom, o da Associação Paulista de Críticos de Arte e o Jabuti.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Nota rápida sobre gastronomia nordestina
Almocei hoje no Mangai, restaurante de comida sertaneja que começou como uma bodega em João Pessoa e hoje tem filiais em Natal e em Brasília, onde tou agora. Dica do natalense-globetrotter Julio Gurgel. Diliça!, como dizem na Ilha. Vasta variedade de comida e sucos da terrinha (tomei um de siriguela, minha fruta favorita) que me deram até um pouquim de banzo. O suco é caro, mas a comida - a quilo - não é nada exorbitante. Na saída tem umas redes no alpendre - o detalhe me conquistou de vez.
De tarde ganhei duas rapaduras do Pitomba, motorista de táxi cearense que presta serviços pra mim e pros colegas aqui. Confesso que nunca fui muito fã de rapadura, aquela que "é doce mas não é mole", mas me senti honrado com o simbólico tijolo da amizade. Agradeci e disse que tinha medo de quebrar um dente, mas ele deu logo a dica infalível: "Raspe e coma com farinha!" Caba bom. Como se diz lá no Ceará, respeite!
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Notícias do Caribe
O amigo Marcelo Spina, que já foi correspondente de guerra e ultimamente trabalhava nas Nações Unidas, me manda e-mail com uma bela notícia. Depois de um tempo na Coreia do Norte e em Uganda, pediu demissão da ONU e saiu velejando com a mulher, Marina. No momento eles estão em St. Thomas, no Caribe, recém-grávidos e felizes da vida com a visita da mãe dele e da mãe dela. O veleiro se chama MarMar e eles mantêm um blog em inglês. A próxima parada será Cuba e, em breve, algum porto seguro na América Central para a chegada do bebê.
O mapa das mulheres bonitas de Floripa
Vi agora no blog do Alexandre Gonçalves um vídeo bem-humorado da MTV, o Reggae de Jurerê Internacional, sobre esse "universo paralelo" de Florianópolis que ganhou destaque em matéria do New York Times, pra alegria de muitos nativos deslumbrados. Sobre isso, tem também uma crônica muito boa de Felipe Lenhart no Diário Catarinense. A teoria dele é a seguinte:
... As mulheres realmente bonitas desta cidade tão incensada por causa da beleza feminina estão concentradas é no Centro, enfiadas em lojas, escritórios, repartições e consultórios, cercadas por muito concreto e muita argamassa, e é provável que a sua figura cheia de atributos esteja sendo tratada agora mesmo com lufadas agradáveis de ar refrigerado. ...
Lendo: ganhador do Jabuti e biografia de Braga
Quase um ano depois da sugestão do Felipe Lenhart, no fim de semana comecei a ler Rubem Braga: um cigano fazendeiro no ar, biografia de um dos meus escritores favoritos, de autoria de Marco Antonio de Carvalho (que morreu em 2007, pouco antes do lançamento do livro). Em paralelo, segue a leitura do excelente O filho eterno, de Cristovão Tezza, que a @ticiani me emprestou.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Japoneses suspeitos
Do meu irmão Camillo, assessor especial do blog para assuntos piadísticos:
A polícia estava fazendo a maior blitz por conta de um assalto a um banco nas imediações de Carapicuíba. Interceptaram uma kombi considerada suspeita, lotada de japoneses. A polícia foi logo gritando: 'Desce todo mundo!!!!!!!!!!!' A japonesada obedeceu em silêncio. 'Agora um por um, vai dizendo seu nome!!!!!' E eles, obedientes, foram se apresentando: Sartamo Obanko, Matamo Okasha, Kontiro Nosako, Katamo Osnique, Saimo Koreno, Fugimo Nakombi, Osguarda Pararo, Tomamo Noku.
Teatro: "Fico assim sem você"
Ator Raul Franco interpreta a música "Fico Assim Sem Você", de Claudinho e Buchecha, na versão da Adriana Calcanhoto.
O Carrasco do Amor
A Laura comenta no Leiturama um livro que li o ano passado:
Acabei de ler ontem "O Carrasco do Amor", de Irvin Yalom. O autor relata dez experiências em psicoterapia, numa abordagem vívida, humana, emocionante. Nos deparamos com dez desafios que os pacientes enfrentam com coragem, em busca da cura para um sofrimento, seja um abandono, uma doença fatal, a aposentadoria, a necessidade de ser amado, a morte. O autor explica que cada caso é único e que isso descarta as fórmulas prontas de terapia. O mais interessante é ver como o médico está presente, como um companheiro de caminhada. Ele se envolve, se sente atraído, inseguro e até repelido por seus pacientes. Em alguns pontos, parece o relato de um detetive, que vai investigando as várias camadas que encobrem o verdadeiro problema. Vale muito a leitura.
Célula na sexta
Reverberando o Clube da Luta:
Salve clubistas!
A luta continua em 2009 cada vez mais forte e divertida nas noites quentes de verão. E o bom combate será realizado na Célula nesta sexta 16 de janeiro por Kratera, Maltines e Coletivo Operante.
A noite marca a despedida de Lígia Estriga dos Maltines. Mas o afastamento será temporário. Ela retorna à banda no final do ano acompanhada de uma filhinha linda!
Sejam benvindas e benvindos
"Não há santos nessa guerra"
Recebi do Geraldo Hoffmann, da Suíça, um comentário sobre meu post em que reproduzi as regras da grande mídia internacional quando o assunto é Oriente Médio:
Trabalho num veículo de comunicação internacional e não acredito que as "regras" acima sejam regra geral na grande imprensa internacional. Acredito que, apesar das dificuldades impostas à imprensa nessa e em outras guerras, há colegas que fazem um trabalho na medida do possível honesto, equilibrado. Do contrário, provavelmente as atrocidades cometidas pelas partes conflitantes seriam ainda maiores.
Um fato que pode parecer marginal, mas que me chamou a atenção: a Agência France Presse divulgou ontem uma nota informando que o governo dinamarquês estuda a possibilidade de pedir ressarcimento a Israel por danos causados pela ofensiva militar a projetos humanitários apoiados pela Dinamarca em Gaza. Numa busca rápida no Google, notei que essa informação não foi muito aproveitada pelas redações. Algumas exceções: o jornal dinamarquês Politike.dk (versão inglesa - http://politiken.dk/newsinenglis...icle628230.ece) , a revista Focus - versão alemã da Epoca (http://www.focus.de/politik/weitere-meldungen/ gaza-daenemark-prueft-schadensersatzansprueche-an- israel-wegen-gaza-offensive_aid_361821.html) e o DCI, no Brasil (http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=2& id_noticia=269165). Acredito que essa questão deve estar sendo levantada também em outros países que prestam ajuda aos palestinos, mas, como admite o próprio governo dinamarquês, pedir um ressarcimento desses é uma questão delicada e juridicamente complicada.
O triste disso tudo é que a população que deveria ser beneficiada com a ajuda humanitária, no fim, acaba ficando de mãos vazias - independentemente de quem seja a culpa pela destruição dos projetos. Hoje vi também na TV alemã uma mulher palestina, em Gaza, que criticou abertamente o Hamas. "Eles escondem as armas em nossas casas, mas não nos defendem. Os líderes do Hamas somem e nos deixam entregues ao caos", reclamou. Segundo o repórter, essa foi uma das primeiras críticas em público ao Hamas. Na minha opinião, não há santos nessa guerra próxima à Terra Santa.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
De como uma boa trilha sonora dá vida a um filme
Semana passada vi Dan in Real Life (Peter Hedges, 2007), comédia romântica que aqui no Brasil foi traduzida com o abobado título Eu, meu irmão e nossa namorada. Um viúvo com três filhas (Steve Carell) fica caído por uma mulher (Juliette Binoche, linda e competente como sempre) que - ele descobre em seguida - é a namorada que seu irmão levou pra reunião na casa de praia da família. Filminho simpático com as trapalhadas e desencontros de praxe. Seria até descartável, se não fosse a belíssima trilha de Sondre Lerche, norueguês nascido em Bergen. Do pop ao jazz melódico, passando pelo rock, Lerche manda ver com canções que tenho ouvido e reouvido. A Rolling Stone fez uma boa crítica do segundo disco dele, de 2004, mas ressalvou que o ponto fraco do norueguês são as letras. Sabe que nem prestei atenção? Vale conferir Dan in Real Life, nem que seja só pela música e pela Binoche.
p.s.: Bergen é uma das cidades mais lindas do mundo. Mas isso fica pra outro post.
Máscara Âmbar
Meu amigo Joca Wolff, junto com Ricardo Corona, acaba de traduzir o livro de poesia do escritor argentino Arturo Carrera, Máscara Âmbar - sua primeira obra publicada no Brasil. O livro sai pela Lumme, tem ensaio crítico de Raul Antelo e pode ser encontrado na Livraria Cultura. Trecho da biografia do autor:
Arturo Carrera nasceu em Pringles, província de Buenos Aires (Argentina) em 1948 e é uma das vozes máximas da poesia hispano-americana atual. Sua obra possui mais de vinte livros de poesia, ensaio e tradução; entre eles: Escrito con un nictógrafo (1972); Momento de simetría (1973); Oro (1975); La partera canta (1982); Ciudad del colibrí (1982); Arturo y yo (1984); Mi padre (1985); Animaciones suspendidas (1986); Ticket para Edgardo Russo (1986); Children’s corner (1989); Negritos (1993); Nacen los otros (1993); La banda oscura de Alejandro (1994); El vespertillo de las parcas (1997); Palacio de los aplausos (com Osvaldo Lamborghini, 2002); Tratado de las sensaciones (2002); Carpe diem (2003), Potlatch (2004), El coco (2004), Noche y Día (2005) e La inocencia (2005). Cursou na Universidade de Buenos Aires estudos de medicina e letras e psicanálise com Oscar Masotta. Traduziu textos de Agamben, Haroldo de Campos, Pasolini, Mallarmé, Bonnefoy, Michaux, entre outros. Realizou leituras e leituras críticas de seus poemas nas Universidades de Nova York e Princeton (USA), no Centro de Estudos Leopardianos de Recanati e na Universidade de Macerata (Itália); em Trois Rivières (Canadá), e em Santiago e Valparaíso (Chile), em Santa Catarina e São Paulo (Brasil), no Paraguai e no México. Como professor de Literatura e Poética, trabalhou no Abroad Program das Universidades de Illinois e Carolina do Norte e na Fundação Antorchas. [...] Editou na Internet, sob os auspícios do ICI, uma antologia de 37 poetas argentinos de menos de 37 anos: Monstruos, publicada pelo Fondo de Cultura Económica.
Momento Serendipity: Klip
A Klip Collective, empresa baseada em Filadélfia, faz um trabalho sensacional de instalações de vídeo permanentes e temporárias, desde ambientes internos até fachadas de prédios. As projeções são usadas em instalações de arte, campanhas publicitárias e instalações interativas. Muito criativo o trabalho.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Song around the world: Stand By Me
Recebi da Cristina Gallo e passo adiante este vídeo em que cantores de vários países interpretam a música de John Lennon. É de arrepiar.
Assistir em alta qualidade
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Vicky Cristina Barcelona, humor e charme
Primeiro cinema do ano: semana passada vi Vicky Cristina Barcelona (na sala de cinema do CIC, que já teve seus dias de glória e agora tá mofada e com o ar-condicionado quebrado). A partir de um argumento aparentemente banal, Woody Allen constroi um filme leve, sensual e engraçado sem ser hilário. Duas turistas americanas vão passar o verão em Barcelona e ficam caídas por um pintor catalão, recém-separado de uma artista passional. As aventuras e desventuras desse "quadrilátero amoroso" são contadas por um narrador em off - recurso que muitas vezes empobrece a dramaturgia, mas nesse caso, achei que deu um ar folhetinesco interessante.
Javier Bardem, no papel de "artista latino sexy-casual", está perfeito. Os sentimentos contraditórios que ele provoca nas três mulheres - e a maneira como elas lidam com isso - são o motor da história (a versão brasileira podia se chamar "elas pintam como eu pinto"; ia fazer sucesso nas das locadoras de vídeo). As atrizes estão muito bem. Rebecca Hall faz Vicky, pra quem as emoções de Barcelona fazem questionar os planos de noivado e vida tranquila. Scarlett Johansson, a nova musa de Woody Allen, interpreta com competência, embora sem muito brilho, a mulher volúvel em busca do autoconhecimento como artista. Penélope Cruz está fantástica como Elena, a instável ex-mulher do pintor Juan Antonio. Ela acrescenta o toque de humor na pitada certa.
Retratada com a magia intensa das suas cores, sons e formas, Barcelona é uma personagem essencial à trama (não dá pra imaginar, por exemplo, Vicky e Cristina curtindo adoidado em Bruxelas). O governo da Catalunha fez um investimento rentável ao financiar o projeto. Saí do cinema louco de vontade de pegar um avião e conhecer a cidade tomando vinho tinto, coisa que os protagonistas fazem no filme inteiro (sou tão influenciável que cheguei em casa e entornei uma taça de Merlot). Enfim, Vicky Cristina Barcelona possivelmente não é o melhor de Woody Allen, mas está longe de ser dos piores e sem dúvida fica acima da média. O filme me conquistou pelo seu charme despretensioso.
p.s.: O jornalista Cláudio Versiani escreveu para Congresso em Foco suas impressões sobre Barcelona. Vale conferir.
Mídia e pluralidade
Recomendo a leitura do post Viva a pluralidade, escrito pelo Maurício Oliveira em seu blog. Ele critica o lastimável oligopólio do grupo RBS que se formou na mídia catarinense e cita a ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal contra a aquisição do jornal A Notícia.
domingo, 11 de janeiro de 2009
A grande mídia internacional e o Oriente Médio
Recebi de um colega jornalista e passo adiante.
Doze Regras de Redação da Grande Mídia Internacional Quando a Notícia é do Oriente Médio
Regra Um - No Oriente Médio, são sempre os árabes que atacam primeiro e sempre Israel que se defende. Esta defesa chama-se represália.
Regra Dois - Os árabes, palestinos ou libaneses não têm o direito de matar civil. Isso se chama "Terrorismo".
Regra Três -Israel tem o direito de matar civil. Isso se chama "Legítima Defesa".
Regra Quatro - Quando Israel mata civis em massa, as potências ocidentais pedem que seja mais comedida. Isso se chama "Reação da Comunidade Internacional".
Regra Cinco - Os palestinos e os libaneses não têm o direito de capturar soldados de Israel dentro de instalações militares com sentinelas e postos de combate. Isso se chama "Sequestro de Pessoas Indefesas".
Regra Seis - Israel tem o direito de sequestrar a qualquer hora e em qualquer lugar quantos palestinos e libaneses desejar. Atualmente, são mais de 10.000, dos quais 300 são crianças e 1000 são mulheres. Não é necessária qualquer prova de culpabilidade. Israel tem o direito de manter os seqüestrados presos indefinidamente, mesmo que sejam autoridades democraticamente eleitas pelos Palestinos. Isso se chama "Prisão de Terroristas".
Regra Sete - Quando se menciona a palavra "Hezbollah", é obrigatório a mesma frase conter a expressão "apoiado e financiado pela Síria e pelo Irã".
Regra Oito - Quando se menciona "Israel", é proibida qualquer menção à expressão "apoiada e financiada pelos Estados Unidos". Isso pode dar a impressão de que o conflito é desigual e que Israel não está em perigo existencial.
Regra Nove - Quando se referir a Israel, são proibidas as expressões "Territórios Ocupados", "Resoluções da ONU", "Violações de Direitos Humanos" ou "Convenção de Genebra".
Regra Dez - Tanto os palestinos quanto os libaneses são sempre "covardes" que se escondem entre a população civil, a qual "não os quer". Se eles dormem em suas casas com as sua famílias, a isso se dá o nome de "Covardia". Israel tem o direito de aniquilar com bombas e mísseis os bairros onde eles estão dormindo. Isso chama "Ações Cirúrgica de Alta Precisão".
Regra Onze - Os israelenses falam melhor o inglês, o francês, o espanhol e o português que os árabes. Por isso eles e os que os apoiam devem ser mais entrevistados e ter mais oportunidade do que os árabes para explicar as presentes Regras de Redação (de 1 a 10) ao grande público. Isso se chama de "Neutralidade Jornalística".
Regra Doze - Todas as pessoas que não estão de acordo com as Regras de Redação acima expostas são "Terroristas Anti-Semitas de Alta Periculosidade".
Quero ler: biografia de García Márquez
Do New York Times, via UOL: a biografia de García Márquez acaba de ser publicada na Inglaterra. Tem 664 páginas e mais de 300 entrevistas. Seu autor, Gerald Martin, é um acadêmico inglês, especialista em literatura latino-americana. Passou 15 anos escrevendo o livro. Na América Latina deve chegar só no segundo semestre.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Extra! Trilha adiada
Galera caminhante, a trilha pra Lagoinha do Leste vai ser adiada de novo. Previsão do tempo pra este sábado: tempestade, granizo e descargas elétricas.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Robert Fisk: "Atrocidade é pouco para descrever"
Em artigo no jornal The Independent ("Why Do They Hate The West So Much, we will ask") [em inglês], o jornalista inglês radicado no Líbano Robert Fisk, um dos maiores especialistas em Oriente Médio, desvenda as reiteradas mentiras do governo de Israel quanto à morte de palestinos inocentes. Atrocidade é pouco para descrever o que aconteceu, ele escreve:
“O que surpreende é que tantos líderes ocidentais, tantos presidentes e primeiros-ministros e, temo, tantos editores e jornalistas tenham acreditado na mesma velha mentira: que os israelenses algum dia tenham se preocupado em poupar civis. Todos os presidentes e primeiros-ministros que repetiram a mesma mentira, como pretexto para não impor o cessar-fogo, têm as mãos sujas do sangue da carnificina de ontem. O que aconteceu não foi apenas vergonhoso. O que aconteceu foi uma desgraça. ‘Atrocidade’ é pouco para descrever o que aconteceu. Falaríamos de ‘atrocidade’ se o que Israel fez aos palestinos tivesse sido feito pelo Hamas. Israel fez muito pior. Temos de falar de ‘crime de guerra’, de matança, de assassinato em massa”.Um resumo em português está na revista digital Carta Maior.
Preparativos pra trilha da Lagoinha do Leste
Previsão do tempo pros próximos dias em Santa Catarina, segundo a Epagri-Ciram. Não é muito animadora a perspectiva pro fim de semana, mas acho que dá pra rolar a trilha no sábado de manhã.
Quinta-feira (08/01): O sol predomina em todas as regiões na maior parte do dia...
Sexta-feira (09/01): Permanece o predomínio de sol na maior parte das regiões, principalmente na parte da manhã. ...
Sábado e domingo (10 e 11/01): Uma nova frente fria passa a atuar em SC, com a formação e intensificação de um ciclone extratropical no Litoral do RS. O tempo fica instável em SC. No oeste, chuvas persistentes no sábado, melhorando a partir de domingo. No litoral e norte de SC, chuvas a partir da tarde de sábado (com granizo), persistindo no domingo. As temperaturas declinam um pouco por causa da cobertura de nuvens, mas fica a sensação de ar abafado. Ventos de norte, moderado com fortes rajadas, especialmente no sul do estado.
Segunda-feira (12/01): A frente fria afasta-se para o oceano e o tempo começa a melhorar no estado...
Miguelices: bringadeiras
No meio de uma correria barulhenta pela casa:
- Miguel, cês tão brincando ou brigando?
- Bringando.
"Israel já perdeu a guerra da propaganda"
Uma contribuição do Geraldo Hoffmann sobre a guerra midiática que está por trás do conflito israelense-palestino:
Caro Dauro,
acabo de ler dois artigos interessantes sobre a “guerra da propaganda” ou “propaganda de guerra” no conflito do Oriente Médio.
Um é de Peter Philipp, chefe dos correspondentes da Deutsche Welle. Ele conclui que um noticiário confiável tornou-se inviável porque são as partes em conflito que informam – (ou seria desinformam – observação minha) – diretamente a opinião pública.
"Ainda antes da ofensiva terrestre em Gaza, o exército israelense iniciou uma ofensiva de informação na internet, que chegou ao ponto de Israel publicar videoclipes e entrevistas com soldados – supostos blogs – sob um endereço próprio no Youtube. Isso o porta-voz do exército, Benjamin Rutland, explica assim: "Além daquilo que se passa na terra, na água e no céu, consideramos a mídia como uma frente adicional e um local onde de muitas formas a guerra pode ser vencida ou perdida."
O segundo artigo, do jornal suíço Tagesanzeiger, considerado liberal, tem o título “Israel já perdeu a guerra da propaganda”. “O governo isralense recorre a modernos meios de comunicação, como o portal Youtube, na guerra da propaganda. Também os embaixadores do país em todo o mundo e a porta-voz das forças armadas, Avital Liebovich, incansalvemente dão declarações. Mas as imagens de vítimas desesperadas no território palestino deixam esses esforços ter a aparência de espadas sem corte”, escreve o jornal.
Paraquedistas do Google são diversão garantida
Escrevo este post só pra usar paraquedistas segundo as novas regras ortográficas - sem acento e sem hífen. Olha só o que três incautos digitaram no Google pra cair aqui no blog:
colar de tecidos com nozinhos passo a passo
soluções para abrir o apetite de crianças
como ouvir a musica nos somos dois passarinho de alan e aladim no google
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Em Gaza
Dois links pra entender o conflito e acompanhá-lo pelo ponto de vista de quem está preso no gueto:
http://ingaza.wordpress.com
Blog de um palestino que está em Gaza. Histórias e fotos fortes. Em inglês [dica do Yan].
O Biscoito Fino e a Massa
Blog de Idelber Avelar. Ele convida os interessados em acompanhar os testemunhos dos palestinos no Facebook a entrar em contato e pedir para ser adicionado na comunidade do Biscoito.
p.s.: G1 com agências, 11h17, atualizada 11h27:
Israel e palestinos aceitam proposta franco-egípcia de cessar-fogo
"Ataque a Gaza é crime contra a humanidade"
Reproduzo comentário de Geraldo Hoffmann, um dos autores de Coisas da Suíça, ao post que escrevi ontem sobre o horror em Gaza. Ele cita no blog a declaração de um ex-diplomata francês de que o ataque de Israel aos palestinos pode ser considerado um crime de guerra.
Caro Dauro,
também vi a foto na imprensa suíça e a sensação foi semelhante à tua. Não sei se é do conhecimento geral que, na Europa, criticar o governo ou a política de Israel é extremamente complicado. Político que sonha com carreira em qualquer partido conservador nem pensa em fazer isso. Em muitos meios de comunicação, o assunto é igualmente tabu. Mas alguns arriscam. Nem seja através de entrevistas com personalidades insuspeitas, como, por exemplo, a da Rádio Suisse Romande (parte francesa da Suíça) com o ex-diplomata francês Stéphane Hessel, cuja afirmação principal eu reproduzi no Blog Coisas da Suíça. Ele considera o ataque a Gaza um "típico crime de guerra" e "até mesmo um crime contra a humanidade". Com tanta clareza e contundência eu ainda não tinha ouvido ninguém criticar Israel. Hessel tem 91 anos, foi perseguido pelos nazistas e ajudou a escrever a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O homem é de tirar o chapéu.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Viva o ócio
Regininha Carvalho, no último post de seu blog. Fico com saudade dos seus textos cotidianos, mas ao mesmo tempo, orgulhoso pela corajosa decisão da querida de seguir seu sonho.
Tenho três livros à beira da publicação. Tenho mais três livros in progress, na velha prancheta de trabalho. Quero poder me dedicar só a eles, e aos outros que ainda são apenas projetos.
Para escrever um livro, vive repetindo o Tezza, precisamos de ócio. Precisamos de longas caminhadas, para burilar ideias e pensamentos; de longas, às vezes chatíssimas pesquisas; de descanso mental. E de não muita diversificação da atividade mental, pois o excesso dela acaba sendo muito fatigante e conduz - no meu caso, ao menos - a muitas noites de insônia e a dias improdutivos, na seqüência.
Assim, tou indo. Vou nidificar um pouco. Não foi fácil decidir, e não tenho a ilusão de que será fácil manter a decisão. Mas quero perseguir meu sonho, me dou este direito.
E FUI!
O horror e a esperança
Escrevo com o estômago embrulhado depois de ver, nesta matéria da Folha Online, a foto do palestino Samouni, que perdeu três filhos ao ter sua casa atingida por um tanque israelense em Gaza. É de chorar. Se você é pai ou mãe, entende bem o que digo. Fico impressionado com quem tenta justificar essa carnificina em que a maioria das vítimas é de inocentes. E com a cegueira criminosa dos que ordenam bombardeios numa das áreas mais densamente povoadas do mundo. Uma política assim não leva à paz, pelo contrário, planta sementes de vingança que, infelizmente, virão mais cedo ou mais tarde.
Dá pra fechar os olhos, fingindo que isso só acontece no noticiário da tevê. Ou acreditar que todos somos um e tentar influir no caminho do bem, por menor que seja o ato. Neste link você pode firmar um abaixo-assinado pelo cessar-fogo. E no escuro do quarto ou numa praça ou praia deserta, sempre se pode orar - pelos mortos e também pelos vivos, pra que sejam iluminados. No campo da política, uma pessoa em especial pode fazer profunda diferença e abreviar a tragédia: Barack Obama, pressionado pelo povo americano. Espero que as esperanças que tanta gente depositou nele possam se transformar em realidade. E que Obama possa entrar pra História como o estadista que levou paz ao Oriente Médio.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Nós e os livros
Li no blog do Maurício e copiei a ideia pra cá. São sete perguntas sobre leitura. As minhas respostas estão aí, mas me passei e contei bem mais do que foi pedido. Quer brincar também?
1. Livro que marcou sua infância
Tarzan, de Edgar Rice Burroughs. Li toda a coleção aos dez anos na biblioteca pública de Natal. Também adorei A chave do tamanho, de Monteiro Lobato; O pequeno Nicolau (Goscinny e Sempé); a coleção Para gostar de ler (Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Rubem Braga e Carlos Drummond de Andrade); e os quadrinhos de Asterix (Uderzo e Goscinny).
2. Livro que marcou sua adolescência
Muitos. Um dos inesquecíveis foi Nada de novo no front, de Erich Maria Remarque, sobre um soldado alemão na Primeira Guerra Mundial. Também guardo lembranças fortes de Histórias extraordinárias (Edgar Allan Poe); Huckleberry Finn (Mark Twain); toda a coleção de Sherlock Holmes (Conan Doyle) e dos livros de Agatha Christie - meus dois favoritos são O assassinato de Roger Ackroyd e Cai o pano. Um super marcante: O falecido Mattia Pascal, de Luigi Pirandello.
3. Autor que mais admira
Aí vão trinta, em diferentes gêneros e em ordem aleatória: Guimarães Rosa, García Márquez, Julio Cortázar, Jorge Luis Borges, John Fante, Raymond Carver, Charles Bukowski, Charles Baudelaire, Luis Fernando Verissimo, Machado de Assis, Isabel Allende, Ernest Hemingway, Dostoievski, Chekov, Manoel de Barros, Érico Verissimo, Mario Benedetti, Ítalo Calvino, Jack Kerouac, Henry Miller, Saint-Éxupery, Rubem Fonseca, Ignácio de Loyola Brandão, João Ubaldo Ribeiro, J.D. Salinger, Milton Hatoum, Oriana Falacci, Joseph Conrad, Gustave Flaubert, Rubem Braga. Quando eu crescer, quero escrever que nem o Braga.
4. Autor contemporâneo
Marçal Aquino.
5. Leu e não gostou
O Guarani, de José de Alencar. Talvez porque era leitura obrigatória.
6. Lê e relê
Vários. Gosto especialmente de voltar aos contos de Guimarães Rosa e de Poe.
7. Mania
Várias: escrever listas; fuçar velhas novidades em sebos; espalhar livros pela casa.
Analfahacker
Tá circulando na internet um e-mail daqueles maliciosos com link pra um possível vírus, com o sugestivo título: "Aviso de broqueio de conta".
domingo, 4 de janeiro de 2009
Leiturama
Criei ontem um blog coletivo da família Tuyama, o Leiturama. A ideia é que a gente comente com simplicidade o que leu, está lendo e pretende ler. Assim vamos criando um registro familiar dos livros que estão circulando entre nós e podemos fazer uns intercâmbios. Também é uma maneira de incentivar a galerinha mais nova a gostar de ler e a refletir sobre as leituras. A Ana, irmã da Laura, estreou ontem a participação com um comentário sobre Persépolis, uma história em quadrinhos da iraniana Marjana Satrapi que foi adaptada pro cinema. Escrevi sobre um ótimo livro que estou lendo agora, O Mago, biografia do escritor Paulo Coelho por Fernando Morais.
sábado, 3 de janeiro de 2009
Mãe de cachorro
Fui agraciado pela Ana Paula com o selo Mãe de Cachorro. Em nome da Tutu - e do Branquito, que é um gato-quase-cão pela convivência com ela -, muito obrigado.
p.s.: Ainda não vi Marley e Eu. A sobrinhada já assistiu e foi uma choradeira danada. Até os mais machinhos ficaram com cisco no olho e a garganta ardendo.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Trilha adiada
Galera trilheira, a caminhada pra Lagoinha do Leste não vai rolar neste sábado por causa da previsão de chuva no fim de semana. Vamos tentar no sábado, dia 10? Enquanto isso, cineminha e pipoca.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
DVeras Awards 2008: livros
Em 2008 li 26 livros. Uma média de 2,2 por mês. Metade do que eu pretendia, mas tá de bom tamanho. Os 5+ foram:
5) A incrível viagem de Shackleton (A. Lansing)
Aventura na Antártica. No começo do século 20, um navio ficou preso no gelo e o comandante precisou fazer uma marcha forçada de meses na tentativa de salvar a tripulação. História real e impressionante.
4) O carrasco do amor (Irvin D. Yalon)
Psicanálise, filosofia e ficção se combinam em sintonia fina no texto desse escritor. São várias histórias curtas em que ele relata alguns de seus casos, sem identificar os pacientes e misturando um pouco as histórias. Li num momento difícil e foi importante.
3) Os vagabundos do darma (J. Kerouac - releitura)
Tenho predileção especial por este livro. Há poucos dias o David Levin me enviou pelo correio uma revista New Yorker com um perfil de Gary Snyder (Zen Master, by Dana Goodyear), o poeta em quem Kerouac se inspirou ao criar o fascinante personagem Japhy Ryder. A vida de Snyder daria um livro - aliás, ele escreveu vários, de poesia e prosa, passando por temas como fauna selvagem, sexo, meio ambiente, lendas indígenas e zen-budismo.
2) Vale tudo (Nelson Motta)
A ultraextraordinária (com hífen ou sem hífen?) vida de Tim Maia contada de maneira acurada e divertida por alguém que foi seu amigo. Muito bom! Pra ler ouvindo Tim Maia.
1) 200 crônicas escolhidas (Rubem Braga)
O que dizer do texto de Rubem Braga? Quando eu crescer quero escrever como ele.